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Betel Adultos – 2 Trimestre 2022 – 19-06-2022 – Aula 12 – O Trono Branco e o juízo final

17/06/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.” Apocalipse 20.11

TEXTOS DE REFERÊNCIA

APOCALIPSE 20.7,8;12,14,15 

7- E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão. 

8- E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. 

12- E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros, e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 

14- E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte. 

15- E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Entender o que ocorrerá após Satanás ser solto. 
  • Mostrar quem estará no juízo final. 
  • Explicar como será o juízo final.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

A presente lição abordará um assunto muito complexo, haja vista, não existir referências bíblicas que respalde algumas posições sobre este.

Sendo assim, a melhor postura de um professor; seja de EBD ou de qualquer outra área, é ater-se ao que existe, pois, se não o fizer, correrá um sério risco de criar conjecturas.

Conforme aprendemos na lição passada, o Milênio será um período de paz mundial, onde o Cristo reinará e governará todo mundo, que terá como habitantes os judeus crentes de todas as épocas, a Igreja arrebatada na volta de Jesus, os mártires da tribulação e os judeus salvos durante o período da tribulação. Acreditamos que estes serão os 144 mil, descritos em Apocalipse 14.1.

A grande parte dos teólogos acredita que os mil anos são literais, ou seja, que serão vividos literalmente os mil anos.

Neste período, existirão nascimentos e consequentemente salvação, pois, ninguém é salvo por estar no meio de crentes, mas, por crer e confessar que Jesus é o filho de Deus, Senhor e salvador da humanidade.

De acordo com a revista Super Interessante, baseado em dados fornecidos pela ONU, nascem quase 3 pessoas por segundo ou 180 por minuto. Também é sabido que morrem 102 pessoas por minuto e, desta forma, temos um saldo positivo de 78 pessoas por minuto.

Se multiplicarmos 78 x 60 (1 hora) x 24 horas (1 dia), teremos 112.320  pessoas vivas a cada dia. Se multiplicarmos este número por 365, teremos 40.996.800 pessoas em um ano. Se multiplicarmos este número por 1000 anos, teremos quase 41 bilhões de pessoas vivas.

A Bíblia nos mostra que após os mil anos, satanás será solto para enganar as pessoas que estiverem no mundo e é de extrema importância mencionarmos que aqueles que farão parte dos mortos ressuscitados (Igreja) ou dos judeus que foram salvos, não podem ser enganados, haja vista, não estarem sujeitos ao engano e ao erro.

“E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha”. (Ap 20.7,8 – ARC)

Sendo assim, satanás terá 40 bilhões de judeus para enganar e a Bíblia diz que ele conseguirá enganar a muitos.

1 – SATANÁS É SOLTO

É provável que a pergunta que mais será ouvida é: Se o Senhor prendeu satanás, por que Ele será solto novamente?

A resposta para tal pergunta está no texto do capítulo 20 de Apocalipse, versículos 7 e 8, conforme mencionamos.

Existe propósito em tudo o que o Senhor faz e isto precisa ficar claro para os alunos, haja vista, muitos cristãos lutarem com “unhas e dentes” para compreender por que vivenciam determinadas situações.

O Senhor sempre soube o que fazer e continua sabendo, pois, Ele é onisciente, onipresente e onipotente.

Desde a criação do mundo, já havia um plano traçado para a remissão da humanidade e um destino específico para satanás e seus asseclas.

Isto é claramente mostrado na sentença que o Senhor deu a este anjo rebelde no Jardim do Éden.

“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gn 3.15 – ARC)

Em outra tradução:

“De agora em diante, você e a mulher serão inimigas, uma da outra. Também a sua descendência será inimiga do descendente da mulher. Ele ferirá você na cabeça, ao passo que você ferirá o calcanhar dele”. (BV)

Há milhares de anos, já existia uma sentença para o diabo e ela será colocada em prática em todos os aspectos.

O profeta Isaías nos mostra que ninguém pode fugir de Deus, nem mesmo o diabo.

“Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem impedirá?” (Is 43.13 – ARC)

O patriarca Jó nos mostra que os planos de Deus não podem ser impedidos, ainda que existam inúmeras pessoas ou seres trabalhando contra.

“Bem sei eu que tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos pode ser impedido”. (Jó 42.2 – ARC)

Ele será solto para que TODOS os planos de Deus a seu respeito sejam cumpridos na íntegra, ou seja, mostrar que não existe remissão para este ser, pois, ele é a essência do mal e que mesmo tendo experimentado milagres e maravilhas, ainda existirão pessoas que se rebelarão contra o Senhor.

1.1 – Sairá a enganar as nações

Um dos adjetivos mais marcantes a respeito do diabo é que ele é mentiroso.

A Bíblia o chama de diversos nomes e o próprio Jesus disse que este ser é o pai da mentira.

“Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”. (Jo 8.44 – ARC) 

O apóstolo Paulo nos mostra que o diabo pode se transfigurar de anjo de luz com o intuito de enganar.

“E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”. (2 Co 11.14 – ARC) 

Conforme mencionado, satanás é o criador do mal, ou seja, o mal teve origem nele e sua influência maligna nos seres humanos trouxe prejuízos incalculáveis.

Não sabemos quantos serão enganados e desejarão guerrear contra o Cristo, porém, a Bíblia nos mostra que serão inumeráveis.

“… e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha”. (Ap 20.8 – ARC)

A expressão “os quatro cantos da Terra” não está associada a algum tipo de pensamento sobre o planeta ser quadrado, como pensam alguns, mas, sobre o fato de que pessoas de TODO o mundo serão influenciadas.

O teólogo inglês Simon Kistemaker nos traz uma visão interessante sobre este texto.

“Ele mesmo não forçará  sua  própria  soltura  da  prisão,  porém   Deus  lhe  permitirá  enganar livrem ente as nações uma vez mais, como nos tempos anteriores à Era Cristã.  Isso  significa que  ele  pode passar em  revista  suas  forças para difundir a falsidade com  toda amplitude, desencaminhando as  massas  da  humanidade  e  deflagrando  guerra  contra  o  povo  de Deus.  Atualmente,  as  religiões  não  cristãs  unidas  ao  secularismo estão  marchando à frente da mentira,  levando  a humanidade a viver em  trevas espirituais e perseguindo ferozmente os cristãos em  todos os  continentes. João  escreve  que  Satanás  “sairá  a  enganar  as  nações  que  estão nos  quatro  cantos  desta  terra,  e  controla  as  massas  com  a  mentira. Suas  forças  são inumeráveis  e um vasto exército reflete  seu pavoroso poder. Todo o mundo não cristão, do oriente ao ocidente, de norte a sul, estará  sob  seu  comando”.

Podemos ver que os seres humanos continuarão suscetíveis a escolher errado, ainda que tenham experimentado poderosas experiências com o Senhor.

A natureza pecaminosa deflagrada com o pecado de Adão e Eva continuará evidenciada durante aquele período.

1.2 – Gogue e Magogue: a última rebelião

A expressão “Gogue e Magogue” aparece no livro do Apocalipse para descrever a última batalha que precederá o Juízo Final e a condenação eterna do diabo.

Não podemos associar cabalmente esta rebelião com aquele descrita por Ezequiel, porém, João utiliza esta expressão pelo fato de se assemelharem.

Precisamos reforçar o fato de que existem várias correntes teológicas sobre a escatologia bíblica e que devemos respeitar todas.

Satanás começou sua trajetória maléfica através de uma rebelião (Is 14; Ez 38) e terminará sua carreira da mesma forma.

Nos dias em que a Igreja está neste planeta, precisamos redobrar a vigilância, haja vista, o deus deste século trabalhar diuturnamente para enganar as pessoas e cegar-lhes o entendimento. (2 Co 4.4).

Kistemaker traz um rico comentário sobre este assunto.

“Essas  forças  se  assemelham  às  de Gogue e Magogue,  mencionadas em Ezequiel 38 e 39, as quais são precipitadas contra o fiel povo de Deus. Ezequiel predisse que um vasto exército, partindo do norte, viria e invadiria Israel.  A multidão de soldados seria tão imensa que cobriria o país de ponta a ponta, como a areia nas praias (Js  11.4; Jz 7.12; I Sm   13.5). A frase como a areia nas praias é  uma expressão  idiomática significando uma multidão inumerável. Segundo Ezequiel,  a invasão  ocorre durante  a era messiânica,  enquanto,  no  Apocalipse,  João, situa  a  guerra  de  Gogue  e  Magogue  na conclusão desta era evangélica. Gogue é o nome pessoal do príncipe de Meseque  e  Tubal,  na  Ásia  Menor  (Ez  39.1),  e  de  um  descendente  de Rúben ( l Cr  5.4), e nome em Magogue pode significar “terra de Gogue” (ver Gn  10.2).  Os  nomes  não  se  referem   a nações  em  particular,  porque nem Gogue nem Magogue pode ser identificada com qualquer grau de  certeza.  São  termos  simbólicos  que  aludem   às  extensas  forças congregadas  de  “os  quatro  cantos  da terra”,  não  de  uma nem  de  duas. Segundo Agostinho,  essas  nações  subirão  contra  a  Igreja  em protesto final e mundial”.

1.3 – A influência da natureza pecaminosa

Ao longo dos milhares de anos, o Senhor colocou os seres humanos sob uma ótica de provação, para que as verdadeiras intenções do coração da humanidade você revelada.

Isto não quer dizer que Deus não nos conhece, mas, que Ele quer que mostremos quem realmente somos.

Muitos cristãos trocam Deus por prazeres carnais em um “piscar de olhos” e isto acontece desde a criação do mundo.

Quando Adão e Eva pecaram contra o Senhor, a atitude deles demonstrou que o pecado havia deteriorado sua conduta.

“E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (Gn 3.8-13 – ARC) 

A terceirização da responsabilidade faz parte da natureza decaída dos seres humanos.

Aqueles que são verdadeiramente convertidos se lembrarão disto quando forem tentados e provados, lembrando que a tentação está envolvida com a natureza pecaminosa e a provação com uma ação de Deus para nos conhecer.

O apóstolo Tiago escreve sobre este assunto.

“Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. (Tg 1.13-15 – ARC)

Existem dois grandes inimigos dos cristãos, a natureza pecaminosa e o diabo.

Ao fim do Milênio, satanás utilizará as duas para enganar as nações para que estas o sigam na última batalha.

O teólogo alemão Fritz Grünzweig traz uma rica contribuição sobre este assunto.

“O primeiro estágio do caminho para o mal é “a própria cobiça”. Chama atenção que Tiago não cita o diabo. Não que o desconhecesse (cf. Tg 4.7s), mas ele nos diz: “Não se apresse em empurrar a culpa para o diabo; não o use para se livrar.” “A própria cobiça” representa o objeto ou situação específicos que, dependendo da constituição e situação da pessoa, lhe são sedutores aqui e agora: no caso de Caim, foi a possibilidade dar uma boa lição ao privilegiado Abel. No caso de Acã foram ricos despojos. Para Sansão, uma mulher dentre os filisteus. Para Absalão, a coroa real. Isso “atrai” e “fisga”. Ou seja: primeiramente chegamos perto e rodeamos, ao menos em pensamento, aquilo que nos tenta, como o peixe rodeia a isca. Enquanto o peixe apenas é atraído pela isca e nada em seu redor, ele ainda não foi fisgado. Também nós ainda podemos ser preservados, ainda podemos fugir do pecado (Sir 21.2; Tg 4.7s), refugiar-nos junto de nosso Senhor, o vitorioso do Calvário e da Páscoa, junto daquele que é capaz de tornar “verdadeiramente livre” (Jo 8.36). “O nome do Senhor é um castelo firme (uma fortaleza). O justo corre até lá e é abrigado” (Pv 18.10; “Castelo forte é nosso Deus” [Martim Lutero]). “Em seguida, depois de haver começado a cobiça”: aqui é descrito o segundo estágio. À semelhança de um bacilo que traz enfermidade, damos espaço ao desejo em nós, quando não buscamos ajuda junto do Senhor em oração. Acontece a “incubação”, ainda não manifesta exteriormente, e então a irrupção visível da “doença”: “Dá à luz o pecado.” Cobiça e pensamento geram, pois, ação. O peixe abocanha (a metáfora da isca e do peixe é a segunda utilizada por Tiago). Engoliu o anzol e passa a nadar com ele no corpo. Ainda está na água, mas fisgado pelo anzol. Quando toleramos uma idéia ou desejo por tempo suficiente em nós, ela (ou ele) finalmente se torna, com certa obrigatoriedade, uma ação. ) “O pecado, porém, uma vez consumado, dá à luz a morte.” O bacilo de enfermidade, multiplicado infinitamente, é capaz de finalmente sufocar a vida de um ser humano. Ou, ilustrando com a outra metáfora aqui utilizada, a da “isca”: na sequência acontece um puxão com a vara de pesca, e o peixe sai voando do ambiente de vida para o ambiente de morte. Isso não acontece apenas quando alguém passou da morte para a “segunda morte”, a morte após a morte, para a eterna consciente condição de ter morrido para Deus (Mc 9.44; Ap 20.14). Vale igualmente agora, quando alguém “está morto em pecados” (Ef 2.5). É bem possível que os outros ainda nos considerem cristãos: “Tens o nome de que vives, e estás morto” (Ap 3.1).O mais perigoso na realidade não seria o “abocanhar do peixe”, o ato maligno individual, mas o fato de que por meio dele o inimigo amarra o ser humano a si, afastando-o assim da comunhão de vida com Deus, com Jesus Cristo, seu ambiente de vida. Na desobediência concreta começamos a apostatar de Jesus”.

2 – É CHEGADO O JUÍZO FINAL

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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