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Betel Adultos – 2 Trimestre 2022 – 17-04-2022 – Aula 3 – Apocalipse: uma mensagem de Cristo para a Sua Igreja

15/04/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Que dizia: O que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodiceia.” Apocalipse 1.11

TEXTOS DE REFERÊNCIA

APOCALIPSE 2 

1- Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.

APOCALIPSE 3 

19 – Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso, e arrepende-te. 

20 – Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo. 

21 – Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.

22 – Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar a necessidade de arrependimento. 
  • Ensinar que a promessa é para aquele que vencer. 
  • Incentivar o relacionamento com o Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

Como sempre temos dito, uma das coisas mais lindas em Deus é sua vontade em viver em comunhão com os seres humanos.

O livro de Gênesis nos mostra que o Senhor visitava Adão e Eva todos os dias (Gn 2.8) e, mesmo após o pecado ser deflagrado, Ele desejou se comunicar com eles.

Quando Caim havia matado seu irmão Abel (Gn 4.8,9) o Senhor o chamou e fez um pergunta intrigante com o mesmo propósito da que havia feito para Adão.

Isto nos demonstra que o Senhor estava dando a eles a oportunidade de arrependimento, porém, nenhum dos dois se arrependeu.

Quando o Senhor revelou-se a Noé (Gn 6.13-22), a comunicação mostrava que os seres humanos seriam destruídos e que o patriarca deveria construir uma arca para os guardar do dilúvio.

Isto demonstra o cuidado do Senhor para aqueles que ama.

Na chamada de Abrão (Gn 12), o Senhor o tirou de um lugar de idolatria e levou-lhe para um lugar onde poderia conhecer o Deus que o havia chamado.

Isto nos demonstra que o Senhor chamou um homem que não o conhecia para começar uma nação que seria conhecida como “povo de Deus”.

Isto nos mostra o cuidado do Senhor para fazer com que seu plano seja cumprido na íntegra, independentemente das circunstâncias.

Quando o Senhor desejava falar com o povo, comunicava com seus servos os profetas que eram um elo entre o Senhor e o povo (Am 3.7). Aleluia.

Os profetas eram a voz de Deus neste mundo e o escritor aos hebreus nos mostra algo bem interessante sobre a comunicação entre Deus e os seres humanos.

“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”. (Hb 1.1,2 – ARC)

Em outra tradução:

“HÁ MUITO TEMPO Deus falou de muitas maneiras diferentes aos nossos pais por intermédio dos profetas ( em visões, em sonhos e até face a face ), contando-lhes pouco a pouco os seus planos. Mas agora, nos dias atuais, Ele nos falou por intermédio do seu Filho a quem Ele deu todas as coisas e por meio de quem Ele fez o mundo e tudo quanto existe”. (BV) 

O livro do Apocalipse foi uma maneira utilizada por Deus para revelar seus últimos mistérios para o futuro da Igreja e dos judeus.

As cartas escritas para as 7 igrejas da Ásia demonstravam que o Senhor continuava desejoso de manter contato e comunhão com seu povo e que isto nunca pararia.

Estas cartas tinham como propósito principal demonstrar aos líderes das 7 igrejas mencionadas que o Senhor continuava no controle de todas as coisas e que do céu, continuava “de olho” em tudo o que acontecia.

Isto nos demonstra que verdadeiramente temos um Deus pessoal, que nos conhece na essência e sabe exatamente como estamos. Isto acontece não para nos acusar, porque quem acusa é o diabo, mas, para nos alcançar e nos abençoar.

Através da mensagem entregue ao apóstolo João, as 7 igrejas seriam impactadas pela mensagem do Senhor e não somente elas, pois, a história nos mostra que as cartas percorreram todas as igrejas que existiam e eram lidas em voz alta durante os cultos, trazendo edificação para o povo de Deus.

A história nos mostra que a atividade ligada à entrega de correspondências é bem antiga, datando do período egípcio.

A Wikipédia nos traz algumas informações muito importantes sobre este assunto.

No século XII a.C. os egípcios já dispunham de um eficiente sistema postal, sobretudo a partir da XXI dinastia, quando foi criado um serviço permanente de correios. Os mensageiros realizavam o percurso a pé – mesmo os mais longos, e repousavam em estações de pernoite distribuídas ao longo dos “caminhos postais”. Os encarregados das estações exerciam rigorosa vigilância durante o repouso para garantir a pontualidade.

O texto a seguir revela carta enviada pelo faraó Amenófis IV do Egito ao seu amigo Cadasmane-Enlil Irei da Babilônia“Meu irmão Possas tu estar bem. Tua casa, tuas mulheres, teus carros, tua terra, possam estar muito bem. Eu estou bem e minha casa, minhas mulheres, meus filhos, meus nobres, meus cavalos, meus carros, os guerreiros do meu exército estão bem e toda minha terra vai muito bem.”.

Em 1888, camponeses encontraram entre as ruínas da cidade de Amarna pranchetas de barro com inscrições hieroglíficas. Os egiptólogos concluíram tratar-se de “cartas” (gravadas em baixo-relevo sobre ladrilhos de cerâmica) que, geralmente, continham introduções demasiado corteses e bem elaboradas. Carta de um príncipe vassalo ao seu faraó: “Ao rei, meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, assim fala Yapakhi, o homem de Gazri, teu servo, pó de teus pés, servo de teus cavalos; aos dois pés do rei meu senhor, meu deus, meu sol, sol do céu, eu me prosterno sete vezes e sete vezes na verdade, com o ventre e as costas.”.[1]

Os persas aperfeiçoaram as normas postais do Egito. O historiador grego Xenofonte descreveu a organização do correio da Pérsia“Eis uma invenção utilíssima… Por meio dela, Ciro II é prontamente informado de tudo o que acontece nas regiões mais longínquas…”.

Os gregos, a despeito do grau de civilização atingido por eles, não conseguiram estruturar um sistema postal eficiente, entre outras razões, prejudicado pela falta de unidade política. Assim, nos moldes do correio persa, constituíram o angarion, cujos mensageiros eram chamados astandes. A correspondência era dividida em categorias: epistolai – constituída apenas por maços de cartas; e culistoi – incluíam comunicações governamentais. Os “carteiros” na antiga Grécia – funcionários responsáveis pela distribuição local, eram chamados bibliaforoi. Os fiscais de pontualidade eram denominados orógrafos e controlavam o horário dos funcionários. Além do zelo com a pontualidade, havia grande preocupação com a segurança, que era exercida pelos éfodos – encarregados de impedir extravios.

Os cretenses e fenícios também desenvolveram um sistema de comunicação postal e foram os primeiros a utilizar pombos e andorinhas como mensageiros.

Segundo alguns historiadores e relato do viajante veneziano Marco Polo (século XIII) os chineses foram pioneiros no serviço postal: “…por todas as estradas, o mensageiro que partisse de Cambalique e cavalgasse por 40 km, encontrava um belíssimo e enorme palácio destinado aos mensageiros, com magníficas camas guarnecidas de ricos lençóis de seda – adequado até mesmo a um rei.”. O modelo do serviço postal chinês permaneceu inigualável até à formação do Império Romano.

Desenvolvido pelo imperador Augusto, o sistema de correios dos romanos sobressaiu-se pela vasta rede de estradas. A infraestrutura que permitia aos soberanos governar a enorme extensão de territórios do império a partir de Roma, naturalmente ia além das rodovias. Os romanos denominavam Curso público o sistema que garantia a transmissão de notícias, a viagem dos funcionários e o transporte de bens em nome do Estado. Os mensageiros eram chamados tabelários (tabellarii) pelo fato de conduzirem as tabelas (tabellae) – pranchetas de madeira, em suas bolsas de couro. Além dos mensageiros, o Estado utilizava o císio (cisium) – espécie de biga puxada por cavalos velozes para despachos rápidos. As clábulas e birotas – puxadas por bois e mulas, eram usadas para serviços de menor urgência.

O correio romano era regulamentado por lei. O Estado mantinha as mutationes (postos de troca de animais) e as mansões ou estações (paradas com estalagens e instalações para viajantes). As estradas eram balizadas pelos miliários, que eram marcos colocados em intervalos de cerca de mil passos (1 480 metros). Em sua base estava escrito o número da milha relativo à estrada em questão.[1]

Com o tempo, o serviço postal passou a ser privilégio de poucos.

1 – A MENSAGEM PROFÉTICA

O apóstolo Paulo nos mostra que a profecia tem um tríplice propósito.

Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação”. (1 Co 14.3 – ARC)

Desta forma, a profecia tem o caráter coletivo e busca o crescimento do Corpo de Cristo integralmente.

O teólogo americano Norman Champlim nos traz um rico comentário sobre estas três importantes palavras.

EDIFICANDO: No original grego, essa palavra era usada para indicar a ereção  literal  de  edifícios,  conforme  se  vê em  Mat.  2:41  e  Marc.  13:1,2. Porém,  também  era  usada  metaforicamente,  no  sentido  de  edificação espiritual,  como  um  meio  de  desenvolvimento  espiritual.  (Ver  também  I Cor.  8:1,  onde essa  palavra  é explanada.  E  outras  referências  onde  essa palavra reaparece são I Cor.  10:23;  14:4,17; Rom.  15:20; Gál. 2:18 e I Tes. 5:11). Tal como um edifício qualquer é levado à sua totalidade e utilidade, mediante  um  processo  contínuo  de  edificação  e  aprimoramento,  assim também  se  dá  no  caso  da  alma  humana,  ou  mesmo  da  comunidade  de almas  remidas.  Torna-se  necessário  um  desenvolvimento  gradual; porquanto nenhum crente se aperfeiçoa imediatamente,  e nem de maneira fácil. EXORTANDO: No sentido de exercer a vontade, para que se faça o que é direito, e não para que se faça o que é mal.  Essa palavra pode significar «exortação» (ver Fil. 2:1), «consolo» (ver II Cor. 1:4-7), «súplica» (ver II Cor. 8:4), ou mesmo a combinação de exortação e consolo,  que também é «encorajamento» (ver Heb. 6:18). Está em pauta o despertamento da vontade para  que  se  faça o  que  é  correto  e  próprio.  A  maioria  dos intérpretes entende que aqui se deve compreender a «exortação» no sentido de «encorajamento». Assim sendo, mediante o dom da profecia, o indivíduo pode ser encorajado, exortado, consolado, sujeito a uma súplica, porquanto compreende  o  que  se  diz;  e  aquilo  que  ouve  tem  a  energia  do  poder  do Espírito de Deus.  Sem o acompanhamento da interpretação,  entretanto,  o dom  de línguas não pode conseguir tal efeito; por conseguinte,  as  línguas formam um dom inferior ao da profecia. CONSOLANDO: No original grego, um vocábulo diferente do anterior é usado aqui, embora essas duas palavras pudessem ser sinônimas, ambas as quais  dão  a entender  «consolo»,  embora  a palavra  que  ora consideramos significa especificamente isso.  Sua forma verbal,  «paramutheomai», significa  «animar»,  «encorajar»,  «consolar».  Por  conseguinte,  sua  forma nominal significa «encorajamento»,  «consolo».  Há uma  outra forma nominal dessa palavra que também significa «encorajamento», «consolo» ou «alívio».  (Ver  Sófocles,  El.  129;  Thu.  5,  103,  1;  Epigr.  Gre.  951,4;  Filo, Praem. 72; Josefo, Guerra dos Judeus 6,183; 7,392). Muitas são as aflições e as  tristezas  pelas  quais  devem  passar  todos  os  crentes.  Pode-se  observar facilmente,  na experiência humana,  que os crentes não são poupados,  em qualquer sentido,  da tristeza geral e das dores que afligem a  humanidade em  geral.  No  entanto,  em  Cristo,  mediante  o  dom  da profecia,  há  alívio para tais sofrimentos. Ouvimos falar acerca da providência de Deus,  de seu amor  e  cuidado,  de  seu  propósito,  e  a  mente  do  crente  é  levada  a compreender assim o propósito da agonia,  bem como a esperança relativa ao futuro,  quando toda a adversidade será finalmente eliminada, e quando a própria morte física (o pior dos  males físicos)  houver  de  ser  tragada  na vitória”.

A mensagem contida nas cartas tinha uma natureza profética, ou seja, de comunicar o que Jesus queria falar com os líderes das igrejas e com todos aqueles que congregavam naqueles lugares.

Desta forma, quando as cartas chegaram aos seus destinos, houve edificação, exortação e consolação.

É de suma importância lembrar os alunos do que Jesus disse aos discípulos antes de ir para o céu.

“…eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.20b – ARC) 

Aproveite e pergunte aos alunos se eles creem que o Senhor conhece tudo o que acontecesse conosco e os console diante de todas as situações ruins.

1.1 – Por que 7 igrejas da Ásia?

Como mencionamos, o número 7 traz uma idéia de plenitude ou de algo que é completo e é provável que o Senhor tenha escolhido estas igrejas para representar a Igreja de Jesus em todo o planeta e em todas as eras, até que tudo seja consumado.

Na primeira lição desta revista, fornecemos um resumo sobre este assunto e você pode acessá-la através do aplicativo Nutror, porém, vamos compartilhar as possíveis teorias a respeito do porque as cartas foram escritas para 7 igrejas, de acordo com Champlim.

“Este livro foi originalmente  enviado  às  sete comunidades cristãs locais da Ásia Menor (moderna Turquia).  Mui provavelmente, uma cópia foi enviada a cada comunidade local, ou então a . única cópia enviada deveria ser enviada à comunidade seguinte,  depois de lida.  Naturalmente,  havia muito mais do que  somente  sete  comunidades cristãs na Ásia Menor. Além dessas sete (enumeradas no décimo primeiro versículo  deste  capítulo),  sabemos  que,  naquela  mesma  região,  igrejas locais tinham sido fundadas nas localidades de Colossos (ver Col.  1:2 e 2:1), Hierápolis (ver Col. 4:13). Trôade (ver Atos 20:5 ess.). Magnésia (ver Inácio AdMagn. i.l). Trales (ver Inácio, Ad trail, i). Abaixo falamos sobre as sete igrejas e o significado das mesmas.1. Sendo elas em número de «sete», representam a igreja cristã universal, bem como a igreja cristã estabelecida na Ásia Menor. 2.  O  número  «sete»,  por  ser  um  número  místico,  foi  usado propositadamente  pelo vidente  João.  Assim  é  que,  neste  livro,  também temos sete selos,  sete julgamentos  por  trombetas,  sete personagens,  sete visões dos adoradores do Cordeiro e da besta, sete juízos de taças, sete visões sobre a queda de Babilônia,  sete visões de como Satanás será derrubado e como seu reino será destroçado. A  tradição profética nos  apresenta uma «completa» e instrutiva mensagem divina,  no tocante às questões com que ela  trata.  Parte  dessa tradição  visa  a  mensagem  divina enviada  à igreja universal, misticamente representada pelas sete igrejas da Ásia Menor. 3. É possível que as sete igrejas representem, profeticamente, sete estágios da história da igreja cristã, até ao tempo da segunda vinda de Cristo. 4.  Essas  sete  igrejas  representam  as condições  espirituais  das  igrejas cristãs, em qualquer época histórica. 5. Havia sete igrejas literais daquela época que precisavam instruções as quais estão contidas neste livro.  Portanto,  o Apocalipse,  pelo menos  em parte,  também é um livro histórico.  Supomos  que  muitas  das  suas profecias, a começar pelo capítulo quatro deste livro, também representam condições existentes nos fins do primeiro século de nossa era, bem como dos primórdios do segundo século, embora haverão de ter mais plena aplicação nos verdadeiros «últimos dias», dos quais aquela época era apenas preditiva. 6. Se determinarmos a localização dessas sete cidades, em um mapa,  na ordem em  que as igrejas são citadas no  décimo primeiro versículo, descobriremos que o desenho assim formado formará um «círculo», o que é, igualmente, um sinal de perfeição. É possível que o autor sagrado as tenha escolhido com o propósito de formar um círculo geográfico. Dessa maneira, simbolicamente, mas de outra maneira, ele escreveu para a igreja universal”.

As posições mais aceitas pelas igrejas pentecostais, em especial pelas Assembleias de Deus, é a de número 4 e a de número 5, lembrando que a interpretação do Apocalipse que tem mais sentido é a histórico futurista.

1.2 – Por que estas igrejas?

Talvez não tenhamos uma resposta plena para a pergunta deste subtópico, porém, o que sabemos é que cada igreja estava vivenciando situações que eram conhecidas por Deus e que Ele tratou cada assunto com muito cuidado e atenção.

As cartas têm um “tom pessoal” demonstrando que o Senhor continuava cuidando da sua Igreja como prometera enquanto estava com os discípulos e que o inferno não prevaleceria contra ela (Mt 16.18).

A carta para estas 7 igrejas representava a parte da profecia entregue ao apóstolo João como “as coisas que são”, haja vista, terem sido entregues de forma literal às igrejas escolhidas pelo Senhor.

A primeira coisa que precisa ficar clara é que o Senhor conhece TODAS as pessoas, circunstâncias e coisas e NADA pode passar desapercebido a seus olhos.

O Senhor disse algo marcante ao profeta Jeremias sobre este assunto.

“Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta”. (Jr 1.4,5 – ARC)

Antes do nascimento de Jeremias, o Senhor já sabia o que aconteceria.

Antes da palavra ser proferida, o Senhor já sabe o que será dito (Sl 139.4).

A segunda, é que o Senhor que havia se comunicado com os profetas no A.T. e com os judeus através da manifestação carnal de Jesus, continuava desejoso de se comunicar com seu povo.

As 7 igrejas representavam todo o povo de Deus com suas particularidades.

Cada igreja destas possuía condições que nem sempre eram conhecidas por todos, mas, o Senhor sabe de tudo e fez com que isto fosse claro para os pastores responsáveis por cada uma delas.

O termo “conheço as tuas obras” presente nas cartas, comprova que o Senhor sabe de tudo, ainda que esteja oculto aos homens.

Essas cartas expõem os erros, os triunfos e as condições morais que caracterizam a igreja em qualquer de suas épocas, em suas assembleias locais. São instruções «desligadas da passagem do tempo». Tais instruções são tanto eclesiásticas»  (aplicáveis à igreja local,  em suas necessidades e condições)  como pessoais (no que se aplica às necessidades dos crentes individuais).

1.3 – Uma advertência para nossos dias

Como aprendemos, a teoria mais aceita é que as cartas eram para aquelas igrejas, bem como para todos os crentes ao redor do mundo.

Sendo assim, a mensagem contida em cada uma das cartas nos é útil em todos os momentos de nossa vida, devendo ser lida e ensinada em qualquer época.

Cada uma das sete igrejas apresentava situações particulares que foram citadas por Jesus e receberam conselhos sobre o que deveriam fazer, sendo que somente Esmirna e Filadélfia receberam elogios.

Abaixo você tem a situação de cada uma delas.

  • Éfeso: A igreja que Abandonou seu Amor por Cristo e seus Ensinamentos (Apocalipse 2. 1-7); 
  • Esmirna: A igreja que permanece fiel em meio à perseguição (Apocalipse 2. 8-11); 
  • Pérgamo: A igreja que compromete suas crenças (Apocalipse 2. 12-17); 
  • Tiatira: A igreja que segue falsos profetas (Apocalipse 2. 18-29); 
  • Sardes: A igreja que está espiritualmente morta (Apocalipse 3. 1-6); 
  • Filadélfia: A igreja que perseverou pacientemente apesar das fraquezas (Apocalipse 3. 7-13);
  • Laodiceia: a Igreja com uma fé morna (Apocalipse 3: 14-22).

Os problemas enfrentados pelos pastores destas igrejas não diferem em nada com aquilo que acontece em muitas igrejas nos dias atuais.

Isto acontece porque os seres humanos são cíclicos e sempre erram da mesma forma. Isto acontece desde o momento em que foi deflagrado o pecado original.

A falta de temor, ausência de busca e interesse pelas coisas do Senhor, facilidade de ser influenciado por aqueles que não ensinam o que a Palavra de Deus nos ordena, mentiras, egoísmo e falsidade estão rondando os cristãos diuturnamente e infelizmente, muitos já foram “tragados” por estes problemas.

Tais situações tem duas causas primárias, a natureza pecaminosa e o diabo.

Se observarmos o que o apóstolo Paulo escreveu à igreja da cidade de Gálatas, veremos que a luta dos cristãos não termina enquanto estivermos vivos.

“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gl 5.16-24 – ARC)

Enquanto houver vida em cada cristão haverá luta entre a carne e o Espírito e, se dermos mais vazão à carne, não desfrutaremos de uma vida plena na presença do Senhor.

2 – A MENSAGEM DE CRISTO

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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