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07/05/2022
“E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono.” Apocalipse 4.2
APOCALIPSE 4.3-6
3- E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e era semelhante à esmeralda.
4- E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentado sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.
5- E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus.
6- E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E, no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
A palavra trono está associada ao poder proporcionado pelo império ou reinado.
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra tem os seguintes significados.
O Senhor é chamado de “Todo poderoso”, por ser um rei que governa seu povo e existem vários versículos sobre Ele estar assentado em um trono, sendo que um dos mais conhecidos se encontra no livro do profeta Isaías.
“No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. (Is 6.1-3 – ARC)
Este texto fala sobre um rei que tem um local de onde governa seu reino e possui um conjunto de pessoas ou seres que fazem parte do governo de alguma forma.
No caso do texto do profeta Isaías, a Bíblia cita a palavra “séquito”, que é um grupo de seres que estavam juntos do rei com um propósito específico, no casos dos anjos, adorar o Senhor.
O modelo de governo do Senhor para com Israel era conhecido como Teocracia (Teo – Deus, Cracia – Governo) e os hebreus após saírem da escravidão egípcia foram governados por Deus até que o primeiro rei humano assumiu o trono, passando de uma Teocracia para uma Monarquia, onde um rei é responsável por governar um povo e todo o poder emana dele.
O povo judeu desejou ter um governo semelhante ao que existia nas nações vizinhas e pediu a Deus e ao profeta Samuel; que era a voz de Deus para eles; que queriam um rei.
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele”. (1 Sm 8.4-7 – ARC)
Isto trouxe problemas para eles e, dali para frente a monarquia foi instaurada.
A Wikipédia traz algumas informações importantes sobre o rei e o reino.
“Um rei é o segundo maior patamar nobiliárquico soberano, a seguir ao de imperador (título de nobreza supremo e maior status social que se pode ter) cuja dignidade normalmente abrangia territórios de maior extensão, chamados de império, por englobar mais que um reino. Um rei tem status de nobreza mais elevado que o de um príncipe, e dos títulos de nobreza que estão abaixo do de príncipe. Historicamente, o posição do “rei” deriva dos primeiros líderes tribais ou principais de diferentes povos tais como o (em sumério lugal, em semitico o sharrum, em latim rex, em grego o basileus, em sânscrito o rajá, em alemão o kuningaz) poderia ser também o tirano de uma cidade-Estado. Muitas vezes, o rei não tinha só uma função política mas, ao mesmo tempo, uma religiosa, atuando como sumo sacerdote ou divino rei, como foi o caso de certos reinos antigos”.
Voltando ao assunto sobre o Trono de Deus, a Bíblia mostra várias passagens sobre o Deus que tem um trono e o livro do Apocalipse revela muito sobre isto e este é o propósito desta lição.
Existem algumas palavras nas línguas bíblicas que precisam ser listadas e o teólogo americano Norman Champlim nos traz ricas informações sobre este assunto.
“Hebraico: kisse (kisseh), as duas formas alternativas nas traduções portuguesas, com cerca de’ 135 ocorrências no Antigo Testamento. Exemplos: Gên.41.40; Êxo. 11.5; Deu. 17.18; I Sam.2.8; II Sam.3.10; Nee.3.7; Est,1.2; Sal.9.4,7; Pro.16.12; Zac.6.13. Aramaico: Korse: Dan. 5.20; 7.9. Grego: I. thronos, com 59 ocorrências no Novo Testamento. Exemplos: Mat.5.24;19.28; Luc. 1.32, 52;22.30; Atos 2.30; Heb. 1.8;4.16; Apo. 1.4; 2.13;21; 4.2.2-6,9,10;5.1,6,7,11, 13;6.16;20.4,11, 12;21.3,5;22.1,3.2.bema,com os significados de trono e tribunal, com 12 ocorrências no Novo Testamento. Exemplos: Mat.27.19; João19.13; Atos 7.5;12.21; Rom,14.10; II Cor. 5.10. Latim: thronus, a cadeira do estado, a cadeira real, o local de exaltação de um rei, uma autoridade do estado ou um juiz ou magistrado local e, metaforicamente, o poder de tal autoridade”.
Em se tratando de simbologia, existem alguns assuntos muito importantes que precisam ser explicados.
O trono pode simbolizar a pessoa que senta nele, sua autoridade, a autoridade de seu reino ou de seu ofício, ou um grupo de poderes, terrestres ou celestiais.
Também pode ser símbolo de poder supremo e dignidade (Gn 41.40).
O ato de sentar no trono é o exercício de autoridade (Dt 17.18; 1 Rs16.11) e os tronos podem significar a sucessão de poderes terrestres ou, falando coletivamente, de poderes celestiais, como arcanjos (Cl 1.16).
Quando Isaías disse que o trono de Deus estava em um alto e sublime trono, estava demonstrando a superioridade absoluta do Senhor para com tudo e com todos.
A tradução utilizada pela Bíblia Viva traz uma percepção mais apurada.
“NO ANO EM QUE o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor! Ele estava sentado em um trono alto e majestoso; todo o templo estava cheio da sua glória”.
Esta visão que foi transcrita de forma textual utiliza uma linguagem conhecida como “antropomorfismo” que utiliza expressões humanas para a pessoa de Deus, para que seja possível compreender o assunto da visão.
Em casos extremados de governo, onde impera a dominação e os extremos em todas as áreas, a ideia de um trono é muito clara, pois, o que é importa é a vontade do supremo líder.
Ainda que não exista um trono especificado na China, as atitudes do governo são classificadas como ditatoriais e extremistas, diferente das “atitudes” de Deus em relação ao mundo e a seu povo.
O governo de Deus é baseado na justiça absoluta e no amor, atributos indissociáveis de Deus.
Sendo assim, seu governo é perfeito como perfeito Ele é.
Como falamos, a ideia de um trono alto e sublime demonstra o poderio, a glória, a majestade, a onipotência e está diretamente associado ao Senhor.
É muito interessante o conceito de compartilhamento de poder e governo que Jesus trouxe no N.T., especialmente no livro do Apocalipse.
“Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Ap 3.21,22 – ARC)
Um trono ou governo não é compartilhado por líderes que só buscam a auto promoção e só querem o poder, mas, como o poder é do Senhor, Ele dá a quem desejar.
Champlim contribui com nosso aprendizado no texto abaixo.
“Temos aqui um tradicional «símbolo» judaico-cristão, pois a «presença» e o «poder» de Deus é o trono, cena de algo «conhecido», no tocante à vida e à autoridade, ou seja, o «trono do rei», o «soberano» de todos. Não devemos pensar que os céus sejam um trono literal, onde Deus presida às atividades no universo. Ficamos reduzidos à necessidade de «simbolizar» o senhorio de Deus mediante coisas que nos são familiares; e é natural pintar o «Todo-poderoso» como quem está sobre um trono. Em Apo. 3:21 temos a tremenda promessa de que esse «poder» e «senhorio» será compartilhado com o Filho, mas também com os «filhos». Neste livro, esse símbolo de Deus em um trono figura em cada capítulo, exceto no décimo quinto, onde Deus é visto em seu «templo», e também exceto nos capítulos dois, nove e dez, cujo conteúdo não se presta à apresentação desse símbolo”.
Quando Jesus veio a este mundo (Jo 1), se fez carne e sofreu para que o mundo fosse salvo e, após ressuscitar, prometeu que voltaria para buscar seu povo.
Sabemos que Ele voltará para a Igreja e após 7 anos, voltará como Rei e não como Cordeiro e regerá durante mil anos todo o planeta.
Isto nos mostra que o Cordeiro de Deus virá como o Leão da Tribo de Judá para reger todas as nações de acordo com sua vontade.
O Jesus homem que preferiu nascer em uma estrebaria a um palácio, voltará para governar o mundo que é seu por criação.
O livro do Apocalipse nos mostra o Senhor como governante supremo.
João viu o Trono de Deus e nos mostrou que Ele governa a tudo e a todos e que faz isto de acordo com sua vontade.
O Apocalipse também nos fala a respeito do Trono branco de Deus e do julgamento que acontecerá perante ele.
Isto reforça a ideia de governo total e soberania do Senhor para com os seres humanos.
“E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. (Ap 20.11-15 – ARC)
TODOS os povos de TODAS as nações em TODOS os tempos que não forem achados no livro da vida serão julgados e lançados no lago de fogo, que é o inferno.
É interessante que a Bíblia nos mostra que TODOS deverão comparecer diante do Senhor e isto acontecerá para o salvos e também para os que não serão salvos.
Para os salvos, será o dia do grande Tribunal de Cristo (2 Co 5.10), para os ímpios, o dia do juízo de Deus.
Davi é o rei com maior significância para a nação de Israel, pois, foi escolhido por Deus e fez com que o povo mudasse sua história.
A promessa de Deus para Davi foi que o trono nunca se apartaria de sua descendência e isto se cumpriu cabalmente no Cristo que reinará eternamente sobre a nação de Israel e sobre todo o mundo.
“Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então, farei levantar depois de ti a tua semente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade se não apartará dele, como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre”. (2 Sm 7.12-16 – ARC)
Salomão construiu o Templo do Senhor e recebeu o reforço da promessa que Deus havia feito a seu pai, porém, como sabemos, Salomão pecou contra Deus e, por causa disto, o reino foi rasgado de sua mão e dividido em duas partes (1 Rs 11.34-36).
É necessário explicar aos alunos que a promessa se cumpriu de forma cabal com o Cristo e será colocada em prática quando Ele reinar sobre a casa de Israel, durante o Milênio.
Jesus é chamado de “Filho de Davi”, pois, é descendente dele (Rm 1.3).
O título “Filho de Davi” não está associado somente à descendência do rei Davi, mas, ao fato de Jesus ter sido escolhido por Deus para reinar eternamente sobre seu povo.
Desta forma, o trono de Jesus é infinitamente superior ao de Davi, que é considerado o rei mais importante de Israel.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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