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27/05/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“As benignidades do Senhor cantarei perpetuamente; com a minha boca manifestarei a tua fidelidade de geração em geração. Salmo 89.1
SALMO 89.2,3,5,8,24,33
2 Pois disse eu: a tua benignidade será edificada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo:
3 Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:
5 E os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade também na assembleia dos santos.
8 Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é forte como tu, Senhor, com a tua fidelidade ao redor de ti?
24 E a minha fidelidade e a minha benignidade estarão com ele; e em meu nome será exaltado o seu poder.
33 Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade
Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Apesar de todos os atributos de Deus serem perfeitamente interligados, a percepção que temos deles é muito diferente.
As notícias ruins trazem maior interesse quando não estão abordando assuntos relacionados à pessoa que ouve ou vê a mesma.
Em se tratando de percepção, tudo o que é bom, tem melhor aceitação, porém, no tocante ao Senhor, TUDO é bom, ainda que não consigamos compreender.
Esta lição abordará três pontos cruciais sobre o Senhor, a fidelidade, a bondade e a verdade.
Existem vários textos no A.T. , bem como no N.T. que demonstram que o Senhor não é imprevisível, irresponsável, indeterminado, incoerente, imoral, improvável e iracundo como os seres humanos, pois ele é perfeito.
Os seres humanos foram criados à imagem e semelhança deste Deus e manifestava um caráter íntegro e puro antes da queda, porém, por causa do pecado, deixou de resplandecer tal imagem e semelhança ao ser contaminado.
Desta forma, uma das ações sobrenaturais do Espírito Santo, é transformar os cristãos de acordo com o caráter do Senhor.
Paulo escreve sobre isto em sua segunda carta aos coríntios.
“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”. (2 Co 3.17,18 – ARC)
O teólogo americano Norman Champlim nos traz um rico comentário sobre este assunto.
“Compartilhar da plenitude de Cristo é compartilhar da plenitude do próprio Deus Pai (ver Efé. 3:19), o que, uma vez mais, envolve a participação na natureza divina, com todos os seus atributos.5. Por ocasião da «parousia», primeiramente chegaremos a participar da natureza metafísica de Cristo (ver I João 3:2), mas isso não porá ponto final à questão. Pelo contrário, será um elevadíssimo estágio da glória, e desse estágio partiremos para a eternidade. Uma vez entrando na eternidade, iremos avançando de um estágio de glória para o próximo, interminavelmente. Pois visto que a glória divina é infinita, a glorificação necessariamente terá de ser também um processo interminável. O Filho compartilha da natureza do Pai. E os filhos de Deus compartilham da natureza do Filho. Portanto, os filhos compartilham da natureza do Pai (ver II Ped. 1:4).8. Isso eleva os remidos fantasticamente acima dos mais elevados arcanjos”.
Neste capítulo, o apóstolo aborda a questão da transformação que acontece na vida de TODOS os cristãos e fala sobre a manifestação do Espírito Santo em nossa vida, nos tornando pessoas melhores, de acordo com o caráter de Cristo, que é Deus.
Esta é uma das maravilhas da conversão e do processo de santificação, pois, somos transformados imediatamente em novas criaturas (2 Co 5.17) e, a partir deste momento, começa em nós um processo que só terá fim quando morrermos em Cristo.
O Fruto do Espírito, descrito por Paulo em sua carta aos gálatas, explica exatamente quais são as características que o Espírito de Deus produz em nós.
Sendo assim, os atributos de Deus que são comunicáveis, devem ser vivenciados pelos cristãos e comunicados ao mundo, para que TODOS vejam que alguma coisa sobrenatural aconteceu com cada cristão.
Fidelidade, bondade e verdade são atributos comunicáveis, porém, a essência dos mesmos só existe em Deus.
O cristão pode e deve ser fiel, bondoso e verdadeiro, pois teve sua natureza mudada, porém, o Senhor Deus não precisa de mudança, pois é perfeito.
Uma das questões que precisa ser abordada em sala de aula é exatamente a manifestação de Deus em nossa vida.
Muitos cristãos querem falar em língua estranha, profetizar, interpretar, mas deixam de lado o mais importante, ser parecido com Jesus.
Se Jesus, o Cristo é a imagem e semelhança de Deus em comportamento, eu e você precisamos manifestar ao mundo como Ele é, através do nosso comportamento.
A expressão cristão foi utilizada pela primeira vez na cidade de Antioquia, pois os discípulos de Cristo eram muito parecidos com Ele no tocante ao comportamento.
“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos”. (AT 11.26 – ARC)
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra fidelidade tem os seguintes significados:
Esta palavra vem do latim fidelitas, vocábulo oriundo do substantivo fides. A palavra fides designava, nos primórdios da língua latina, a “adesão [do devoto aos preceitos de sua religião]”. Na evolução desse idioma, o sentido da palavra se alargou, embora conservando o conceito inicial da adesão positiva a um princípio religioso, sendo ela empregada em diversos sentidos, como, por exemplo, “sinceridade”, “retidão”, “honestidade”, “responsabilidade”, “confiança”. Em latim, fidelitas significa “aquilo que possui fides”.
A palavra fé do latim também é “fides” e, sendo assim, a fidelidade está intimamente associada a um conceito que é proveniente de Deus e transmitido aos seres humanos, a capacidade de manter-se fiel aos seus princípios, independentemente das circunstâncias.
Champlin comenta sobre este assunto da seguinte forma:
“As ideias básicas da fidelidade de Deus são que o Senhor não é arbitrário e nem displicente, mas antes, é sempre confiável quanto a tudo que diz e prometeu, pois suas palavras são verazes e seguras. Deus aplica essas suas qualidades para benefício dos homens. É um ponto fundamental da fidelidade de Deus que ele é benévolo. O amor de Deus é que governa a sua Fidelidade. Ele comprometeu-se em fazer o bem para os homens; e o evangelho mostra de que m aneira. A fidelidade de Deus é grande (Lam. 3:23), é extensa (Sal. 36:5) e é permanente (Sal. 100:5). A fidelidade de Deus é demonstrada por sua lealdade aos pactos (vide). Deus é leal aos seus pactos (Deu. 7:9). Contudo, Deus esconde o rosto daqueles que não têm fidelidade, ou seja, que não correspondem à sua própria fidelidade (Deu. 32:20)”.
Quando abordamos o assunto fidelidade dos cristãos para com Deus, estamos falando de fé e ação, pois nossos atos demonstram quem somos.
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Um dos textos mais marcantes sobre a fidelidade de Deus do A,T. encontra-se no livro de Gênesis.
“E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens. Então, me lembrarei do meu concerto, que está entre mim e vós e ainda toda alma vivente de toda carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio, para destruir toda carne. E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda carne, que está sobre a terra. E disse Deus a Noé: Este é o sinal do concerto que tenho estabelecido entre mim e toda a carne que está sobre a terra”. (Gn 9.12-17 – ARC)
O Senhor havia escolhido Noé para repovoar a Terra, após destruir todos os habitantes no dilúvio e faz um acordo eterno com ele, demonstrando como sua fidelidade poderia ser provada.
Enquanto existisse o arco de Deus; conhecido de forma errônea como Arco Íris; no céu, o Senhor se lembraria do acordo de não destruir a terra novamente através de um dilúvio.
De forma científica, o sinal colorido no céu é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro contínuo quando o sol brilha sobre gotículas de água suspensas no ar. É um arco multicolorido com o vermelho em seu exterior e o violeta em seu interior, mas, de forma teológica é um sinal do acordo do Senhor com Noé.
Enquanto existir este planeta, o acordo não será quebrado, aleluia. Isto é fidelidade.
O profeta Isaías escrevendo as palavras do Senhor para seu povo, traz à memória exatamente este acordo.
“Porque isso será para mim como as águas de Noé; pois jurei que as águas de Noé não inundariam mais a terra; assim jurei que não me irarei mais contra ti, nem te repreenderei. Porque as montanhas se desviarão e os outeiros tremerão; mas a minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da minha paz não mudará, diz o SENHOR, que se compadece de ti”. (Is 54.9.10 – ARC)
Não existe ninguém mais importante do que Deus em nenhuma escala existente e o arco no céu é uma forma de demonstrar aos seres humanos de forma tangível que Ele é fiel.
Nos tempos antigos a palavra de uma pessoa tinha o mesmo valor de um contrato de escritura assinado, pois, o caráter era algo de grande valor, porém, atualmente, se um imóvel não estiver registrado em cartório, não existe comprovação da posse deste.
O Senhor não precisa provar para ninguém que é fiel, porém, como os seres humanos são seres finitos e limitados, a ação de Deus na criação do arco é poderosa para todos aqueles que sabem do que se trata.
Sabemos que os famosos tsunamis destroem tudo por onde passam, porém, eles não podem ir além do que o Senhor permitir e, da mesma forma acontece com os mares, pois foi o Senhor quem colocou os limites para eles (Jó 38.8).
O princípio da fidelidade de Deus é baseado Nele mesmo, desta forma, não existe nenhuma possibilidade de haver quebra de um princípio e logo, da fidelidade.
Será que podemos basear nossa fidelidade em nossas palavras? Será que as pessoas que estão nos “assistindo” nas ruas, escolas, empresas e outros locais confiam em nós? Será que a fidelidade de Deus está sendo refletida através de nossos atos para com a sociedade?
É de suma importância fazer estas perguntas em sala de aula e deixar o Espírito Santo trabalhar no caráter de cada um dos presentes.
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A palavra propósito vem da mesma raiz que o vocábulo «proposta», ou seja, o latim pro, «antes», e poser, «pôr». Um propósito, assim sendo, é «algo proposto», uma meta a ser alcançada, um princípio a ser posto em ação. No latim, “propositio” significava «proposição».
De forma simples, propósito é o motivo de ser e esta palavra está intimamente ligada a tudo o que o Senhor faz.
Quando o livro de Gênesis menciona o que aconteceria com os envolvidos na transgressão original, o Senhor diz que nasceria um que pisaria a cabeça da serpente (Gn 3.15) e isto aconteceu em Jesus, o Cristo e se dará na íntegra quando o diabo for lançado no inferno, junto com seus asseclas e aqueles que não se reconciliarem com o Senhor.
Os propósitos de Deus estão baseados na eternidade e não somente em períodos e, por isto, muita das vezes não são compreendidos pelos seres humanos.
O apóstolo Pedro deixou isto bem claro em uma de suas cartas.
“Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se”. (2 Pe 3.8,9 – ARC)
Pelo fato de os seres humanos serem eternos (alma e espírito), o Senhor decretou um plano de salvação para eles, pois não deseja que vivam no inferno.
O profeta Jeremias transcreveu as palavras do Senhor para seu povo.
“Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. (Jr 29.11 – ARC)
O contexto desta passagem nos mostra a profecia que o Senhor manda Jeremias entregar para a nação de Judá, deixando claro que eles seriam levados cativos para a Babilônia, mas que, após passarem 70 anos, ele os traria de volta, pois os pensamentos que tinha para eles eram pensamentos de paz e não de mal.
Ainda que sejamos obstinados a praticar o mal, o Senhor não pode ir contra seus propósitos, pois eles são imutáveis.
Por isto o livro de Números nos mostra que o Senhor não é como os homens.
“Deus não é como os homens, que mentem; não é um ser humano, que muda de ideia. Quando foi que Deus prometeu e não cumpriu? Ele diz que faz e faz mesmo”. (Nm 23.19 – NTLH)
O povo desobedeceu, pecou contra o Senhor e, por isto, Ele permitiu que fossem levados como escravos, mas a promessa que havia feito a Abrão não pode ser quebrada. Desta forma, os judeus voltaram do cativeiro exatamente após o término dos 70 anos.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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