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Betel Adultos – 2 Trimestre 2021 – 25-04-2021 – Lição 4 – O amor de Deus

21/04/2021

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3.16

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 João 4.7-10,16

7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 

8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. 

9 Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. 

10 Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. 

16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor, está em Deus, e Deus, nele.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostrar a essência do amor de Deus. 
  • Falar que o amor de Deus se revelou por meio de Jesus. 
  • Ressaltar que o amor de Deus é único.

INTRODUÇÃO

Paz do Senhor a todos(as).

Em caráter de exceção, escrevo o esboço desta semana. Espero de coração que todos(as) professores(as) e vocacionados(as) estejam vigorosos na lida de aprender e ensinar a Palavra de Deus.

Neste estudo estaremos diante do maior amor revelado e conhecido ao homem. O mais excelso, o mais puro e o mais perfeito amor que se possa conhecer – o amor de Deus.

Trata-se de um amor sublime e incomparável. Diferente dos amores experimentados pela humanidade que de fato pode haver um sentimento genuíno entre as partes, o amor de Deus não é um mero sentimento, mas parte integrante da sua própria essência. É profundo e intrínseco a Sua Pessoa. Nada pode fazê-lo desistir de amar, nada pode diminuir este amor. Trata-se de um amor permanente, constante e elevado acima de qualquer compreensão humana.

1 – O AMOR É A ESSÊNCIA DA NATUREZA DE DEUS

Por óbvio, Deus é um ser divino cuja natureza difere das dos homens por Ele criado. As peculiaridades apropriadas de Deus e conhecidas pelos homens através da Sua Palavra são chamadas de atributos de Deus, tais quais já foram dissertadas pelo Evangelista Leonardo Novais em estudos anteriores.

O que vale ressaltar neste ponto é que o amor de Deus, como atributo, é tão importante como os outros. Se pudéssemos colocar todos os atributos divinos em uma estante, eles ficariam sempre no mesmo nível, isto é, na mesma prateleira. A ênfase é afirmar que na qualidade de Deus, não há qualidade maior ou melhor que outra, mas que nEle tudo é perfeito, notável e maravilhosamente primoroso!

1.1 – Deus é o próprio amor

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Essência é o substantivo feminino com origem no latim essentia e que indica a natureza, substância ou característica essencial de uma pessoa ou coisa. A essência representa as manifestações fundamentais ou a substância do ser, sendo que a essência pode ser algo em comum ou que distingue alguns elementos dos outros.

Destaquei no dicionário da língua portuguesa os principais conceitos da palavra “essência” aplicáveis para o estudo em questão:

  • O que constitui o ser e a natureza das coisas;
  • Qualidade predominante de algo;
  • O que há de mais puro e sutil (nos corpos);
  • Ser; existência;
  • Caráter distintivo;
  • Ideia principal;

Nota-se claramente que Deus e o amor são inseparáveis, pois o amor é parte constituinte da plenitude do seu Ser. Enquanto o homem pode ser seletivo quanto a quem deseja amar ou não, Deus, não pode negar a sua essência, pois o amor o distingue. O teólogo Harvey J. S. Blaney complementa ao afirmar que esse amor não depende da qualidade dos seus objetos.

O discípulo João, provavelmente por ter sido o que mais discorreu sobre este tema na Bíblia, é comumente conhecido entre os cristãos como “o apóstolo do amor”. Ele escreveu o texto abaixo: 

1 João 4:7-8
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
8 Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. (ARC)

Há três afirmações categóricas de Deus no Novo Testamento:

1 – “Deus é espírito.” – João 4.24.

2 – “Deus é luz.” – I João 1.5.

3 – “Deus é amor.” – I João 4.8.

Não é questão de adjetivo – Deus é amoroso.

Nem de verbo – Deus ama.

É substantivo – “Deus é amor.”

O teólogo Blaney afirma que a sentença: “Deus é amor” não expressa uma qualidade que Ele possui, mas uma que envolve tudo que Ele é. Isso não é o mesmo que dizer: “amor é Deus”, pois Ele é a própria essência do amor; não é meramente amoroso, mas o próprio amor em sua estrutura mais elementar (grifo nosso).

O pastor e teólogo John MacArthur afirma que Deus, por natureza, é o amor, e por isso Ele define o amor; e o amor não o define. Pessoas impõe constantemente em Deus uma visão humana do amor, mas Ele transcende quaisquer compreensões e limitações humanas acerca deste tema.

Norman Russel Champlin assim descreve: “O amor de Deus é mais abundante que a atmosfera. O ar se eleva em camada sobre a terra até à altura de cerca de cinquenta quilômetros, enquanto o amor de Deus atinge o próprio Céu e preenche o universo.”

Portanto, Deus é o próprio amor em sua mais pura essência.

1.2 – Deus é a fonte inesgotável de amor

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Nossa língua portuguesa dá apenas um significado para a palavra amor, no entanto o grego diferencia o termo em pelo menos quatro palavras.

Amor Eros – Aparece com frequência na literatura grega secular, mas não na Bíblia. Amor totalmente humano carnal, físico. O amor que tem a necessidade de satisfazer a si próprio. Sua melhor declaração seria: “Eu amo você porque você me faz feliz”. Por seu temperamento alegre (você me diverte), por sua beleza e sensualidade (você me dá prazer), porém quando uma dessas características desaparece, o amor morre. Esse tipo de amor só quer receber. É o “amor” mais raso!

Amor Phileo – Representa o afeto terno. Usado para referir-se a uma amizade e que ao menor desentendimento pode ruir. Depende da reciprocidade é menos egoísta que o amor Eros. Desenvolvemos amizades com aqueles que temos algo em comum. É uma relação de troca. Meio a meio. É um amor pouco melhor que anterior, mas deficiente e enfermo pelas diferenças!

Amor Storge – Um amor mais relacionado à família, parentes, etc. (II Sm 21.10,11). É um amor que possuí laços mais fortes, porém, que também podem ser rompidos!

Amor Ágape – Expressa à natureza essencial de Deus. Amor incondicional. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade, mas a do outro a qualquer preço. Não dá 50 para receber 50, mas dá 100 e não espera nada em troca. O homem natural jamais poderá possuir esse amor, pois trata-se do amor de Deus. É o amor perfeito, o amor de Deus que foi derramado em nossos corações (Rm 5.5)!

Em Deus encontramos a fonte deste amor superior, o amor Ágape. Não há absolutamente nada que o homem possa fazer a fim de diminuir ou extinguir este amor, pois tal amor é parte da Sua natureza. Trata-se de um amor espantoso, surpreendente, revelado principalmente em sua graça e misericórdia para com os homens.

Como exemplo e demonstração da Sua graça e misericórdia, este amor é quem move o próprio Deus em direção ao homem com o propósito único de redimi-lo, salvá-lo, dar a ele a oportunidade de reconciliação com o Seu Criador. Nada disso seria possível se o amor de Deus não fosse manifesto. Este amor é a mola mestra que impulsiona o Senhor a buscar o homem perdido em seus pecados e delitos.

Sobre o assunto, o salmista questiona a Deus:

Salmos 130:3-4
3 Se tu, SENHOR, observares as iniquidades, Senhor, quem subsistirá?
4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. (ARC)

Esta fonte de amor explica o plano divino da redenção. Se Deus operasse apenas com base na Sua lei, todos nós estaríamos fadados a condenação e passaríamos a eternidade no inferno, pois não subsistiríamos diante dEle. No entanto, o Seu perdão está próximo e ao nosso alcance por causa do amor revelado em Sua graça e misericórdia.

O amor de Deus explica o motivo que não sermos condenados com o mundo.

Este amor pode ser descrito como:

Amor que liberta

Deuteronômio 7:8
8 mas porque o SENHOR vos amava; e, para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito. (ARC)

Efésios 2:4-5
4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), (ARC)

Sofonias 3:17
17 O SENHOR, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo. (ARC)

Isaías 38:17
17 Eis que, para minha paz, eu estive em grande amargura; tu, porém, tão amorosamente abraçaste a minha alma, que não caiu na cova da corrupção, porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados. (ARC)

Amor que atrai

Jeremias 31:3
3 Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí. (ARC)

Oséias 11:4
4 Atraí-os com cordas humanas, com cordas de amor; e fui para eles como os que tiram o jugo de sobre as suas queixadas; e lhes dei mantimento. (ARC)

Este amor foi demonstrado a:

A humanidade

João 3:16
16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (ARC)

Aos discípulos

João 17:23
23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim. (ARC)

Aos estrangeiros e desfavorecidos

Deuteronômio 10:18
18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e veste. (ARC)

Este amor foi apresentado como:

Amor que nos filia a Deus

1 João 3:1
1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. (ARC)

Amor que nos permite viver para Cristo

1 João 4:9
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. (ARC)

Amor que tem mais alto valor

Isaías 43:3
Porque eu sou o SENHOR, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sebá, por ti. (ARC)

1 Coríntios 7:23
23 Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens. (ARC)

Amor abençoador

Deuteronômio 7:13
13 e amar-te-á, e abençoar-te-á, e te fará multiplicar, e abençoará o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o teu cereal, e o teu mosto, e o teu azeite, e a criação das tuas vacas, e o rebanho do teu gado miúdo, na terra que jurou a teus pais dar-te. (ARC)

Amor compartilhado

Romanos 5:5
5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. (ARC) 

1.3 – Modos de Deus demonstrar seu amor

A Bíblia apresenta uma variedade de textos que testemunham favoravelmente que o Senhor nos ama. O pastor Valdir Alves de Oliveira exemplifica com um texto bíblico bastante interessante. Leiamos:

João 15:13
13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (ARC)

Champlin explica que ninguém pode levar seu amor por um amigo seu além desse ponto; pois, quando alguém entrega a sua própria vida, entrega tudo quanto possui. A prova do amor de Jesus pelos seus discípulos seria dada dentro de poucas horas; e a doutrina que Ele ensinou e recomendou obediência, era que eles deveriam amar-se mutuamente (Jo 15.17), pois de fato o Senhor Jesus estava prestes a exemplificar tal amor pessoalmente através da sua crucificação, isto é, dando a sua vida pelos seus amigos!

Elicott afirma que o clímax do amor é o auto sacrifício, que não poupa nem a própria vida.

John Gill exalta a vida que desse modo foi dada, o que ilustra a profundeza do amor de Deus e de Cristo, porquanto essa foi a vida de um homem inocente, que morreu pelos ímpios; não era uma vida qualquer, e, sim, a vida do próprio Filho de Deus, o Senhor da glória, o Príncipe da vida.

Champlin declara que essa mais exaltada de todas as vidas humanas, essa vida mais pura, mais digna e valiosa que jamais existiu e apareceu entre os homens, foi justamente a vida que foi sacrificada em prol da humanidade. Ora, todas essas considerações elevam ainda mais extraordinariamente o supremo exemplo de amor que foi assim exemplificado. Se o Senhor da Glória pôde sacrificar-se desse modo em favor dos homens, então os seus discípulos, que lhe são infinitamente inferiores, devem dispor-se a um sacrifício mais profundo ainda; mas, por lhe serem comparativamente tão inferiores, por mais que sacrifiquem tudo quanto possuem, esse sacrifício terá importância infinitamente menor. Nem por isso, entretanto, devem deixar de sacrificar-se uns pelos outros, motivados pelo amor que deve caracterizar os Verdadeiros seguidores do Senhor Jesus Cristo.

MacArthur explica que o amor de Deus é aplicado a toda a humanidade e se manifesta de várias maneiras. Leiamos:

Ele expressa seu amor e bondade a todos através da graça comum. O salmista escreveu: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras” (Sl 145.9; cf. Mt 5.45.). Como parte deste, Deus revela o Seu amor através de sua compaixão, principalmente no que Ele retarda Sua sentença definitiva contra os pecadores impenitentes (Gn 15.16; At 17.30-31; Rm 3.25; cf. Gn 18.20-33). Essa compaixão é ainda expressa em Sua miríade de advertências aos pecadores (Jr 7.13-15,23-25; 25.4-6; Ez 33.7-8; Sf 2.1-3; Lc 3.7-9; 1 Co 10.6-11; Ap 3:1-3). Ele não encontra prazer na condenação de ninguém (Ez 18:23,32; 2 Pe 3.9). Acompanhado de suas advertências, Deus estende seu amor para todas as partes do mundo através de Sua oferta geral do evangelho (Mt 11.28; Jo 7:37; 1 Tm 2.4; Tt 2.11).

Tal amor é manifesto também através da sua providência, pois Ele orquestra todas as circunstâncias da vida, em toda a sua maravilha, beleza, e até mesmo dificuldade, para revelar muitas evidências de Seu amor (Sl. 36.6; 145.9; Rm 8.28).

O pastor Geziel Nunes Gomes pergunta e ele mesmo responde apoiado nas Escrituras: “Como Deus nos ama?

1 – Eternamente – Jeremias 31.3 – “Com amor eterno te amei.”

2 – Soberanamente – Deuteronômio 8.5 – “Confessa, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim te castiga o Senhor, teu Deus.”

3 – Sempre – João 13.1 – “…como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.” 

Aleluia! Em todo o tempo experimentamos as diversas formas deste tão grande amor sobre nossas vidas.

2 – O AMOR DE DEUS SE REVELOU NO FILHO

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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