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Betel Adultos – 2 Trimestre 2021 – 23-05-2021 – Lição 8 – A justiça de Deus

21/05/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Justiça e juízo são a base do teu trono; misericórdia e verdade vão adiante do teu rosto.” Salmo 89.14

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ATOS 17.31 

31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos. 

ROMANOS 3.21-23,26 

21 Mas agora se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas, 

22 Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença. 

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.

26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Deixar claro que o Evangelho é a justiça de Deus. 
  • Mostrar características da justiça de Deus. 
  • Explicar a aplicação da justiça de Deus.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Para tratarmos deste assunto, precisamos definir o que é justiça.

De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra justiça tem os seguintes significados:

  1. Prática e exercício do que é de direito. 
  1. Conformidade com o direito. 
  1. Direito. 
  1. Retidão. 
  1. Magistrados e outros indivíduos do foro. 
  1. Poder judiciário. 
  1. Lei penal. 
  1. Punição jurídica. 
  1. Uma das quatro virtudes cardeais.

Dentre estes conceitos, nos interessam os 4 primeiros.

De forma simples, justiça é fazer o que é certo, independentemente das circunstâncias ou de quem está envolvido.

Será que somos inteiramente justos?

Se fizermos esta pergunta para alguém que é honesto ele (a) dirão que são, porém, a justiça de Deus é muito mais elevada do que isto.

Por este motivo, o Senhor disse que a justiça dos homens é como trapo de imundícia.

“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam”. (Is 64.6 – ARC)

A justiça de Deus envolve TODOS os caracteres existentes em TODAS as áreas possíveis e se demonstra corretamente.

O padrão de justiça dos seres humanos que se esforçam para serem boas pessoas é bom, porém, NUNCA conseguirão cumprir as exigências de Deus, pois, Ele é a essência da justiça, ou seja, é a justiça.

Se Adão e Eva não tivessem pecado, viveriam de forma justa, porém, o pecado os desconfigurou.

Uma forma bem interessante de explicar, isto é, comparando os seres humanos aos computadores. Quando um vírus invade a máquina, ele a desconfigura e até mesmo pode destrui-la e foi exatamente isto que aconteceu com Adão e Eva.

A atitude de Deus no Jardim do Éden revela sua justiça absoluta, pois cada parte recebeu sua sentença, independentemente de Adão ter dito que a culpada era Eva e Eva ter dito que a serpente era a culpada.

Notemos que a serpente não se pronunciou, pois definitivamente ela era culpada, sua natureza é perversa e ela foi corresponsável pelo que aconteceu.

“Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isso? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi”. (Gn 3.12,13 – ARC)

Se observarmos o julgamento do Senhor, veremos que a serpente, que prefigurava satanás, recebeu a sentença em primeiro lugar.

Então, o SENHOR Deus disse à serpente:

Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.” (Gn 3.14 – ARC)

Isto se chama justiça, pois o causador do processo foi satanás e TODO o plano de Deus se resume a livrar os seres humanos da influência, do domínio, das garras e da condenação que existe no diabo e no pecado.

“Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo”. (1 Jo 3.8 – ARC)

Precisamos orientar nossos alunos (as) a enxergar o Senhor de uma forma mais abrangente, pois, uma grande parcela daqueles que frequentam as igrejas, principalmente as pentecostais, não conseguem enxergar o Senhor além de um mero juiz, porém, Ele é muito mais do que isto.

Isto é tão sério, que a pergunta mais comum em qualquer grupo de aprendizado é: “Isto é pecado?”

1 – A JUSTIÇA DE DEUS REVELADA

Para compreendermos a revelação da justiça de Deus, precisamos associá-la à criação dos seres humanos.

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra”. (Gn 1.26 – ARC)

O Senhor criou os seres humanos de acordo com o seu padrão de justiça e nós já estudamos isto em outras lições.

A capacidade de errar existia, porém, não era conhecida, tendo sido revelada pelo diabo.

A compreensão de como a justiça de Deus funciona começou naquele episódio, conforme mencionado na introdução a este assunto.

Daí para frente, o Senhor tratou de demonstrar aos seres humanos como Ele agia.

O primeiro ato de julgamento foi feito no Éden e, em Abrão, o Senhor começa a se revelar, chegando a um ponto importante na distribuição das tábuas da Lei.

Deste ponto em diante os judeus, povo de Deus, sabiam como deveriam se portar diante dos diversos assuntos relacionados à vida.

Quando o Messias nasceu em forma do homem Jesus, a justiça de Deus se revelou à humanidade de forma visível e compreensível, pois Ele tratou de mostrar para aqueles que detinham o conhecimento de Deus, que eles haviam se perdido no caminho.

“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que devorais as casas das viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso, sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. Ai de vós, condutores cegos! Pois que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro ou o templo, que santifica o ouro?” (Mt 23.13-17 – ARC)

Imaginem a situação dos judeus, receberam das mãos de Deus; através de Moisés; a revelação de sua vontade no tocante à vida e, ao longo do caminho, a perverteram.

Será que isto não parece se repetir? Será que muitos líderes religiosos não se comportam da mesma forma, sugando até a última moeda das viúvas com a suposta intenção de garantir-lhes o céu?

Será que a obrigatoriedade de contribuição financeira, com a promessa de bens materiais não está intimamente relacionada a este assunto?

A justiça de Deus se revelou em Jesus com o mesmo propósito da Lei, porém, com o objetivo de fazer com que ela estivesse no coração dos seres humanos, aleluia.

“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”. (Rm 1.16,17 – ARC)

Diferentemente do que muitos “ensinam”, o propósito do Senhor é salvar o mundo e não o condenar, isto é evidenciado no texto áureo da Bíblia.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele”. (Jo 3.16,17 – ARC)

Como professor de EBD há 21 anos eu afirmo a vocês com propriedade que muitas pessoas servem a Deus por medo da condenação, pois lhes foi ensinado desta forma e, definitivamente não é este o propósito.

O teólogo polonês Werner de Boor, nos traz um rico comentário sobre o texto escrito pelo apóstolo João.

“Portanto, fica claro: embora Israel visse o Messias vindouro como o devastador dos ímpios, embora o Batista o tenha proclamado como o homem que varre sua eira com a pá (Mt 3.10 e 12), e embora nossa própria consciência pesada somente possa esperar por ele desse modo, temerosamente, a realidade de sua vinda atual é admiravelmente diferente: Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Em Jesus deparamo-nos agora somente com o Salvador”.

Não podemos falar sobre justiça sem falar sobre o amor, pois caminham juntos.

Você pode conversar com a sala sobre as seguintes perguntas:

QUAL É A OPINIÃO DE VOCÊS SOBRE JUSTIÇA? 

E SOBRE A JUSTIÇA DE DEUS?

Faça um exercício e verifique como eles (as) acreditam que a justiça de Deus trabalha.

Nós, da EBD comentada nos sentiríamos extremamente gratos se você compartilhasse conosco as respostas.

1.1 – A justiça de Deus se revela no Evangelho

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com 

Por que o foco é sempre na condenação e não na salvação? Já pensaram sobre isto?

Já pensaram sobre o fato das notícias se basearem nos aspectos negativos e não nos positivos?

Um estudo realizado pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, mediu o impacto das notícias e verificou que existe uma tendência de reagir mais fortemente a notícias de conteúdo negativo e isto é um fenômeno global, porém, no Brasil esta reação é mais acentuada.

Para conhecer mais sobre este assunto, acesse o link abaixo.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-49640933

O texto do capítulo 1 da carta de Paulo aos Romanos aborda o fato das pessoas que abandonam o Senhor, tendo provas infalíveis da sua existência e, por este motivo, serão julgadas.

Precisamos aprender a interpretar corretamente os textos e, a EBDCometada; em breve; trará a vocês um curso sobre “A interpretação de textos e a hermenêutica bíblica”.

Jesus veio a este mundo salvar os que se haviam perdido, isto está na Bíblia.

“E disse-lhe Jesus: Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”. (Lc 199,10 – ARC)

Vejamos que o contexto nos fala sobre Zaqueu, um judeu que conhecia a Lei, mas era rejeitado por seus “irmãos de fé”.

Pelo fato de Zaqueu ser um judeu, ele era filho de Abraão, ou seja, descendente biológico e espiritual dele, porém, os religiosos da época decidiram que ele não poderia fazer parte da sinagoga, pois era um traidor, prestando serviços de cobrança contra seu povo.

Na passagem escrita pelo Evangelista Mateus, isto fica claro.

“E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu. E aconteceu que, estando ele em casa sentado à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e seus discípulos. E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento”. (Mt 9.9-13 – ARC) 

Quem havia se perdido? O povo de Deus…

Será que não existem muitos alunos (as) perdidos nas garras da religiosidade, pensando em Deus somente como um juiz que lhes condenará por qualquer ato que, aparentemente é errado?

A justiça dos seres humanos foi considerada como trapo de imundícia por causa disto e de outras questões.

1.2 – A justiça de Deus se revela no livre arbítrio

Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com

Agostinho de Hipona; Pai da Igreja; conhecido como Santo Agostinho, com base em seus estudos sobre a Palavra de Deus escreveu vários livros e, dentre eles, o clássico “Sobre o livre arbítrio”, publicado posteriormente pela Editora Ecclesiae.

Neste ele trata sobre o conceito bíblico de livre arbítrio, fazendo uma defesa contra os maniqueístas, religiosos que defendiam a existência de duas almas nos seres humanos, presididas pelas duas forças que governavam o universo, o bem e o mal.

Agostinho escreve; com base bíblica; que Deus não é o mal e que o mal se encontra onde Deus não existe e isto é claro.

No capítulo 8 do Evangelho escrito por João, o Senhor diz que os fariseus eram filhos do diabo e a explicação deste texto deve ser encontrada no contexto do próprio, pois os fariseus diziam ser filhos de Abrão e, logo, justificados pela fé, porém, eles não praticavam as obras do patriarca, pois não eram guiados por elas, mas sim, pelo próprio diabo que mente desde o princípio.

Jesus literalmente os chamou de mentirosos, porque cometiam as obras do pai da mentira.

Desta forma, o livre arbítrio é a capacidade; dada por Deus; para que o homem escolha fazer o que desejar e, por ter a natureza corrompida e pecaminosa, NUNCA escolherá Deus, a não ser através da ação do Espírito Santo (Jo 16.8).

É interessante a forma como o pecado afetou o relacionamento entre o ser humano e Deus, pois, o vazio existente na vida das pessoas que não estão salvas e que só pode ser preenchido pelo Espírito Santo, produziu as mais diversas formas de tentar buscar a Deus.

O teólogo americano Norman Champlim nos traz algumas afirmações importantes sobre o livre arbítrio.

“As teses que passamos a enumerar são importantíssimas  em  relação  a esse assunto:  1.  O livre-arbítrio humano é um ensinamento bíblico.  2.  O livre-arbítrio é uma experiência humana. 3. Obrigação moral, sem o acompanhamento  do livre-arbítrio,  é  uma  ideia  absurda:  portanto,  não pode haver sistema ético ou moral sem o conceito básico do livre-arbítrio humano. 4. A chamada divina ao arrependimento e à fé, que nos é feita por intermédio da Bíblia, e que convida a todos os homens, seria  um  escárnio e um absurdo se o livre-arbítrio humano não fosse uma realidade. 5. Existe uma graça geral divina que permite a todos os homens se arrependerem; em outras palavras, todos os homens podem arrepender-se, se assim o quiserem fazer,  embora todos  se  tenham  distanciado  imensamente  de Deus, impossibilitando-lhes o arrependimento e a fé se quiserem fazê-lo com suas próprias forças, já que o arrependimento e a fé envolvem uma ação moral correta”.

Pela capacidade de escolher entre o bem e o mal e, considerando a ação do Espírito Santo para convencer os seres humanos que existe o mal e que o Senhor é bom e que o único caminho é Jesus, o homem será julgado.

Se o Senhor criou os seres humanos com a capacidade de raciocinar, é de suma importância que aprendamos a tomar sábias decisões e a melhor forma de fazer, isto é, pedindo sabedoria ao Senhor e estudando muito.

É de suma importância explicarmos para a sala que aqueles que são salvos não serão julgados no tocante à salvação, pois, assim que morrerem, começarão a desfrutar da presença do Senhor, aguardando o arrebatamento da Igreja para terem seus corpos glorificados.

“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. (Rm 8.29,30 – ARC)

1.3 – A justiça de Deus se revela na oportunidade de reparação

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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