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13/05/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade.” Salmo 29.2
ÊXODO 15.11.
11 Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em louvores, obrando maravilhas?
ISAÍAS 6 3.
3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.
1 PEDRO 1.15,16
15 Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.
16 Porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.
Olá, irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Em primeiro lugar, precisamos conceituar a palavra santidade e verificar como este, que é um atributo comunicável de Deus aos cristãos pode ser desenvolvido.
Outro ponto importante que deve ser trazido à tona é que existe um exagero por parte das denominações pentecostais sobre tudo o que envolve os seres humanos e a santidade e, quase nada do que se fala tem base bíblica.
O Dicionário , escrito pelo teólogo americano Norman Champlim nos traz os seguintes conceitos.
“O vocábulo hebraico qodesh envolve a ideia de separação ou frescor. O termo grego agiosúne significa «separação», «santidade». A palavra raiz, agos, indica qualquer objeto que merece respeito religioso, que pode ser um sacrifício expiatório, uma maldição, uma polução, algo que transmite culpa, algo separado para uso e adoração aos deuses. A raiz verbal é adzoma que significa «ter medo», «ter respeito profundo». Agiótes é a condição da santidade. Esses são os sentidos básicos. No Hebraico: Qodesh, o substantivo, «separação», «santidade». O verbo, qadash, «separar». O adjetivo, qadosh, «santo», «sagrado». O verbo qidash, «santificar», «separar». As raízes consonantais do substantivo qdsh (vocalizadas, como qodesh) continuam sendo estudadas pelos especialistas. É palavra cognata de termos que significam «glória», «honra», «abundância» e «peso». No emprego dessa raiz temos a ideia de «separação» para uso santo ou reconhecimento como sagrado. Em suas várias formas e derivações, essa palavra é usada por mais de oitocentas e trinta vezes no Antigo Testamento, das quais trezentas e cinquenta só no Pentateuco, o que ilustra a importância desse conceito para os hebreus. Qodesh é palavra usada acerca de Deus, de lugares e de coisas. Deus é santo, um rito levítico é santo, um santuário é um lugar santo. Essas coisas e lugares eram separados para uso divino. Ver os exemplos bíblicos: Êxo. 3:5 (terra santa); Êxo. 12:16 (convocação santa); Êxo. 15:13 (habitação santa); Êxo. 16:23 (um descanso santo); Lev. 2:3,10 (oferendas santas); Núm. 4:4 (coisas santas); I Sam. 2:2 e 6:20 (Deus é santo); Sal. 99:9 (o monte santo de Sião).
“Ãgos é palavra que indica qualquer objeto ou condição que desperta o respeito e a solenidade religiosos, mas também o temor, uma maldição, um sacrifício etc. Ãgiosera um dos cinco sinônimos para «santo», no grego clássico. Os deuses eram santos, os seus santuários também eram santos. O sentido original está relacionado àquilo que desperta respeito ou temor; mas, no uso diário, a palavra algumas vezes indica coisas que são puras, castas, dedicadas ao serviço divino, coisas dignas de estarem ligadas com Deus. O próprio Deus é santo (João 17:11; I Ped. 1:15), tal como os profetas (Luc. 1:70; Atos 3:21; II Ped. 3:2). João Batista figura como um homem santo (Mar. 6:20); os apóstolos são santos (Efé. 3:6); os crentes são santos (Col. 3:12; II Tim. 1:9). Assim como Deus é santo, assim também devem ser considerados santos a adoração e o serviço que prestamos a ele (I Ped. 1:15,16).O termo grego ágios é mais ou menos equivalente, no Novo Testamento, ao vocábulo hebraico qodesh, conforme também se vê na tradução da Septuaginta”
O atributo de santidade seria exclusivo de Deus se não existisse a atuação do Espírito Santo na vida do cristão, tornando-o mais parecido com o Senhor no tocante ao comportamento.
De forma clara, a essência de Deus é santa, pois ele não possui nenhum tipo de ligação com o pecado e está completamente separado dele.
Precisamos deixar claro para os alunos que o comportamento é a expressão do caráter e da personalidade e que o Espírito Santo NÃO MUDA a personalidade e sim o caráter.
Quando o Senhor tirou os hebreus da escravidão no Egito, Ele disse que eles deveriam ser santos como o Senhor era.
“Porque eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo; e não contaminareis a vossa alma por nenhum réptil que se arrasta sobre a terra. Porque eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo”. (Lv 11.44,45 – ARC)
O povo hebreu havia sido escravo dos egípcios por mais de 400 anos, tendo assimilado inúmeros costumes daquele povo, desta forma, quando o Senhor os libertou da escravidão através de Moisés, deu-lhes um manual para viver fora daquele lugar, de uma forma que fossem preservados de todos os males existentes e isto envolvia os aspectos espirituais, emocionais e físicos. Este manual é conhecido como Pentateuco, Lei ou Torah.
Vários aspectos desta lei foram criados EXCLUSIVAMENTE para os hebreus e, não precisam ser obedecidos pelos cristãos, sendo que a guarda do sábado e a proibição de comer certos alimentos são os exemplos mais marcantes.
O propósito de maior destaque sobre a determinação dos hebreus serem santos, está associado à separação dos povos que existiam naquela época, povos estes, que praticavam o politeísmo e o sacrifício a deuses pagãos, incluindo o sacrifício de crianças.
As nações precisavam enxergar que os hebreus eram diferentes, pois tinham um manual de conduta e serviam somente um Deus.
Após o Senhor se revelar a Abrão no capítulo 12 do livro de Gênesis, ele aparece a ele por algumas vezes, sendo que, no capítulo 17, dá uma diretriz muito precisa a Abrão.
“Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”. (Gn 17.1 – ARC)
A tradução ARC utiliza incorretamente a palavra perfeito em associação a Abrão, pois, NENHUM homem na face da Terra; com exceção de Jesus; jamais foi ou será perfeito.
Em outra tradução temos:
“Quando Abrão tinha noventa e nove anos, o SENHOR Deus apareceu a ele e disse: —Eu sou o Deus Todo-Poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo e seja obediente a mim em tudo”. (NTLH)
Observemos a enorme mudança que temos nesta tradução, pois, como mencionamos, não existe perfeição em nenhum ser humano.
O que o Senhor disse a Abrão está associado a uma vida de obediência e conhecimento do Senhor.
Desta forma, como professores de EBD, precisamos ensinar o que o Senhor realmente nos deixou através de sua Palavra.
Para que este assunto seja compreendido pelos alunos e alunas, faz-se necessário relembrar-lhes como acontece a salvação e o processo de santificação.
A partir do momento em que ouvimos a Palavra de Deus, o Espírito Santo nos convence do pecado, nos arrependemos e somos salvos. Automaticamente, o Espírito Santo começa a habitar em nós e então ocorre a adoção, a justificação e então, é iniciado o PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO.
Como a santificação é um processo, ele tem início, desenvolvimento e conclusão. O início é no ato da salvação, o desenvolvimento durante a vida e a conclusão se dará quando recebermos o corpo glorificado, pois, seremos como Ele (1 Jo 3.2).
É fundamental lembrarmos que NINGUÉM pode ser santificado sem a ação do Espírito Santo exercida através da Palavra.
“Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”. (Jo 15.3 – ARC)
Existe um ar de prepotência proveniente de alguns líderes religiosos no tocante à santidade.
Em primeiro lugar, ninguém é santo em si mesmo, em segundo, todos somos pecadores; ainda que não vivamos na prática deste; em terceiro, não existe ninguém que possa dizer que não peca.
Sendo assim, a única forma de vivermos uma vida santa, é permanecermos no Senhor.
O apóstolo João deixou isto muito bem explicado na sua primeira carta.
“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. (1 Jo 1.8-10 – ARC)
A santidade de Deus está em perfeita sintonia com todos os outros atributos que Ele possui, como bondade, amor, justiça e perfeição.
A Bíblia nos mostra que no Eden, quando o pecado não havia sido deflagrado pela desobediência de Adão e Eva, o Senhor tinha uma comunhão irrestrita com os eles.
“E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim”. (Gn 3.8 – ARC)
Antes do pecado, Adão não se escondia da presença do Senhor e isto nos mostra que o pecado afetou sua comunhão de uma forma tão intensa que eles cozeram folhas de figueira para se cobrir.
Este ato, demonstra que os seres humanos sempre tentarão justificar sua condição perante Deus, porém, somente Jesus Cristo pode nos justificar, através da fé que temos Nele (Rm 5.1).
Para não os matar, compreendemos que o Senhor fez o primeiro sacrifício substitutivo e providenciou vestes criadas com o couro de um animal e permitiu que eles vivessem, porém, a consequência da desobediência foi inevitável.
O profeta Isaías nos mostra que a única coisa que afasta o homem de Deus é o pecado.
“Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”. (Is 59.1,2 – ARC)
Os judeus do A.T. só podiam ser santificados através da obediência à Lei e, como nenhum deles conseguiu cumpri-la na íntegra, os sacrifícios foram instituídos, até que o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo viesse e fosse sacrificado.
Se observarmos o capítulo onze do livro de Levítico, veremos que o Senhor exigia a observações de inúmeros mandamentos e rituais, e tudo estava associado à obediência.
Um ponto que precisa ser reforçado é que o povo era conhecido não somente pelo fato de não comerem isto ou aquilo, ou se vestirem de alguma forma, mas sim, por servirem um Deus diferente daqueles que as outras nações serviam.
Com isto, aprendemos que o importante não é somente parecer algo, mas sim, ter um relacionamento com o Deus todo poderoso.
O Senhor não precisa se esforçar para ser santo, pois, a santidade é inerente a Ele, porém, compete aos seres humanos se esforçarem para viver uma vida pautada nos ensinamentos de Deus, sendo que, só conseguiremos com a ajuda do Espírito Santo.
Quem produz o Fruto do Espírito é o Espírito e não os seres humanos.
Por isto, muitos são tidos como hipócritas, pois fingem ser algo que não são, assim como eram os fariseus.
Proibida a cópia parcial ou total deste material – Sujeito a penas legais https://ebdcomentada.com
O único que pode receber esta atribuição é o Senhor. Não existe uma única criatura na face da Terra ou acima dela que possa ser chamado de perfeito.
Champlim nos demonstra de forma interessante alguns aspectos relacionados à perfeição.
“1. A perfeição é de Deus (ver Sal. 18:32 e 138:8). 2. Todos os santos possuem a perfeição inerente, em Cristo (ver I Cor. 2:6; Fil. 3:15 e Col. 2:10). 3. A perfeição de Deus é o padrão da nossa (ver Mat. 5:48). 4. A perfeição implica em total devoção (ver Mat. 19:21). É uma interpretação má e errônea reduzir a ideia da perfeição, exposta nas páginas do N.T. à mera «maturidade» espiritual. O alvo colimado é muito mais elevado do que isso, porquanto é a perfeição absoluta, e, apesar de não poder ser alcançada nesta vida, senão imperfeitamente, no entanto, é o nosso grande alvo. E no que consiste a nossa perfeição em Cristo? Vejamos os pontos abaixo:1. Consiste em possuirmos toda a plenitude de Cristo (ver Col. 1:23). 2. Consiste em possuirmos toda a «plenitude de Deus» (ver Efé. 3:19). 3. Consiste em sermos santos como o é Deus Pai (ver Mat. 5:48). 4. Consiste em virmos a participar da imagem de Cristo, de sua natureza, em seus aspectos moral e metafísico (ver Rom. 8:29 e II Cor. 3:18). 5. Consiste em participarmos da própria divindade (ver II Ped. 1:4). Toda a atividade cristã visa a esse elevadíssimo alvo”.
Conforme mencionado acima, existem muitas pessoas que afirmam que nesta vida é possível ser perfeito através da maturidade espiritual, porém, este é uma mentira que beira a uma heresia.
O que Paulo escreveu aos efésios sobre a estatura de varão perfeito acontecerá com a glorificação do cristão.
“…até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” (Ef 4.13 – ARC)
Em outra tradução:
“até que finalmente todos creiamos do mesmo modo quanto à nossa salvação e ao nosso Salvador, o Filho de Deus, e todos nos tornemos amadurecidos no Senhor. Sim, crescermos a ponto de que Cristo ocupe completamente todo o nosso ser”. (BV)
Dizer que podemos ser perfeitos é assumir a posição de ausência de pecado e isto não é possível.
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Quando o Senhor instituiu os sacrifícios para purificação do pecado, Ele estava demonstrando aos hebreus que somente após o sacrifício, os homens poderiam se tornar aceitáveis diante do Senhor.
Isto é tão importante, que somente o sumo sacerdote; uma vez ao ano; podia entrar na presença de Deus.
A presença de Deus era simbolizada pela Arca da Aliança, que ficava atrás do véu que separava o santo do santíssimo lugar no Tabernáculo.
Se o sumo sacerdote entrasse no Santíssimo Lugar sem ter oferecido sacrifícios pela sua vida e pela vida da nação, ele morreria na hora e isto nos mostra como o pecado nos afasta de Deus.
O link abaixo mostra como criar uma dinâmica sobre o pecado e a ação purificadora de Jesus, o Cristo.
https://www.youtube.com/watch?v=h88IOHyEucY
Um atributo de Deus não pode ser neutralizado ou negativado por outro, pois isto iria ferir a perfeição de Deus.
Desta forma, sendo o Senhor justo e santo, os dois atributos coexistem perfeitamente e agem da mesma forma.
Por isto, Adão e Eva foram expulsos do Éden e nunca mais puderam retornar.
Algumas pessoas insistem em dizer que “Deus é amor” e isto é verdade, porém, junto com o amor, estão a justiça e a santidade.
O símbolo da justiça é uma mulher vendada segurando uma balança de pêndulos que simboliza a retidão em julgar sem privilegiar um dos lados.
Ainda que a justiça do homem tenha seu valor, se compararmos à justiça de Deus, ela não serve para nada e a Bíblia a chama de “trapo de imundícia”.
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam”. (Is 64.6 – ARC)
Em outra tradução:
“Somos podres e imundos por causa do pecado. As nossas boas ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de traços imundos. Nós murchamos como as folhas no outono; os nossos pecados nos levam sem destino, como o vento faz com as folhas”. (BV)
Existem muitas pessoas que conseguem “escapar” da justiça humana, porém, haverá um dia em que TODOS serão julgados pelo Senhor, no chamado Dia do Juízo.
A impunidade faz com que as pessoas não tenham medo de praticar aquilo que é errado, porém, não existe nenhuma forma de enganar o Senhor.
A história da nação do Sul (Judá) nos mostra que o Senhor permitiu que eles pecassem até um certo limite e, depois que este limite foi alcançado, o Senhor permitiu que o reino do norte destruísse a cidade, o templo e os levasse cativos.
Isto nos mostra que Deus é realmente amor, mas também justiça.
O capítulo 1 da carta de Paulo aos Romanos nos mostra que um certo grupo de pessoas, muito protegido atualmente, serão julgados por seus atos.
Podemos utilizar este exemplo em sala de aula para demonstrar o amor de Deus para com todos os seres humanos e a justiça de Deus no tocante aos atos praticados por eles.
“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou”. (Rm 118,19 – ARC)
Como Igreja, devemos amar todas as pessoas e a melhor maneira de amá-las é ensinando o verdadeiro caminho.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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