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30/01/2018
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
TEXTO ÁUREO
Levítico 4:6
6 e o sacerdote molhará o seu dedo no sangue e daquele sangue espargirá sete vezes perante o SENHOR, diante do véu do santuário. (ARC)
TEXTO DE REFERÊNCIA
Levítico 4:3
3 se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado, que pecou, um novilho sem mancha, ao SENHOR, por expiação do pecado.
13 Mas, se toda a congregação de Israel errar, e o negócio for oculto aos olhos da congregação, e se fizerem, contra algum dos mandamentos do SENHOR, aquilo que se não deve fazer, e forem culpados,
14 e o pecado em que pecarem for notório, então, a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado, e o trará diante da tenda da congregação. (ARC)
INTRODUÇÃO
Paz do Senhor estimados professores!
Nesta lição abordaremos o quarto sacrifício registrado no livro de Levítico – o sacrifício pelo pecado!
Nos arquivos da história estão registradas inúmeras tragédias. Como por exemplo:
1 – Epidemias como a peste negra que entre 1347 e 1351, matou cerca de 50 milhões de pessoas na Europa e na Ásia;
2 – Guerras como a primeira Guerra Mundial e a mais devastadora de todas da humanidade – A Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Um conflito que deixou mais de 70 milhões de mortos. Foi a única vez que armas nucleares foram utilizadas em combate, resultando na morte de mais de 140 mil pessoas no Japão, nos bombardeios feitos pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
3 – A Segunda Guerra ainda ficou marcada pela figura de um dos maiores líderes da humanidade, o alemão Adolf Hitler. A crueldade de Hitler ficou evidente nas práticas do regime nazista, que pregava a pureza racial. Em 1941, Hitler chegou a anunciar que havia decidido, de fato, exterminar os judeus. Durante o holocausto, os judeus que viviam nos países dominados pela Alemanha foram enviados a campos de concentração, onde eram submetidos a trabalhos forçados, castigos e ficavam sujeitos ao frio, à fome e a uma série de doenças. Os que resistiam ainda podiam ser exterminados em câmaras de gás. Somente em Auschwitz, o mais conhecido campo de concentração nazista, mais de 1 milhão de judeus foram mortos, isto foi também uma grande tragédia!
4 – Terremotos como o ocorrido em janeiro de 2010; um terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti, arrasando a capital Porto Príncipe. Estima-se que 50 mil pessoas foram feridas, 1,5 milhão de habitantes ficaram desabrigados e o número de mortos tenha ultrapassado 200 mil.
5 – Tsunamis como o ocorrido em 2004, que começou com um terremoto de magnitude 9,1 no Oceano Índico, atingiu 14 países e deixou estimados 228 mil mortos, com ondas de até 20 metros de altura que avançaram sobre cidades inteiras. Foi uma das maiores tragédias da história. A Tailândia foi um dos países mais afetados, junto com Indonésia, Sri Lanka e Índia.
6 – O terrorismo mundial que ataca, destrói e mata, tendo como sua principal ocorrência o atentado na manhã do dia 11 de setembro de 2001, realizado pela al-Qaeda que sequestrou quatro aviões comerciais de passageiros e colidiram intencionalmente com dois dos aviões contra as Torres Gêmeas, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Quase três mil pessoas morreram durante os ataques;
Incêndios, chacinas, acidentes navais como o Titanic e o submarino russo Kursk, acidentes aéreos, desastres ambientais como de Chernobyl na Rússia e mais recentemente em Mariana, aqui mesmo em nosso território brasileiro.
Todas as tragédias trazem consigo a morte, a consternação, o desespero, as vezes a desesperança, sequelas terríveis do desastre que perduram por anos, décadas e mais!
Porém, nenhuma tragédia foi mais grave e causou mais problemas a humanidade do que a tragédia do pecado.
Esta tragédia é tão colossal que surte efeitos milenares e até hoje afeta o destino eterno do ser humano.
Isaías 59:2
2 Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. (ARC)
Enquanto outras tragédias separam famílias, povos, causam dor e podem trazer sequelas permanentes, a desventura do pecado separa o homem do seu Criador. O desastre do pecado coloca uma barreira entre o homem e Deus, impedindo este relacionamento!
Diante de uma tragédia desta magnitude, somente uma outra “tragédia” de mesma proporção.
A morte cruenta do Filho de Deus sob os olhos de uma plateia atônita. A crucificação do mais justo dentre todos os homens que já existiu como malfeitor com a finalidade de restaurar a comunhão do homem com Deus que estava até então perdida!
Na tragédia da cruz estava a ditosa promessa de que todas as famílias da terra seriam bem-aventuradas (Gn 12.3)!
1 – O PECADO DO SACERDOTE E DO POVO
O homem em toda a sua constituição, isto é, sua formação ou estrutura, está contaminado pelo pecado herdado de Adão. Davi bem expressa esse estado humano quando afirma:
Salmos 51:5
5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. (ARC)
Davi não estava justificando o seu pecado, ou mesmo que era filho de um relacionamento extraconjugal, mas revelando a sua natureza pecaminosa – a tendência de todos os homens a se inclinarem para o pecado.
Nossa natureza má não dormem; ela atua.
Wayne Grudem, afirma que às vezes, a doutrina do pecado herdado de Adão é chamada de a doutrina do “pecado original”. É “original” no sentido de que vem de Adão, e também é original, já que o temos desde o início de nossa existência como pessoas.
Logo este pecado é como um legado de corrupção. Além da culpa legal imputada a nós por Deus por causa do pecado de Adão, herdamos uma natureza pecaminosa por causa deste pecado originado no Éden. Somo orginalmente “poluídos” pelo pecado; ele “está presente em nosso DNA”.
Cada parte do nosso ser é afetado pelo pecado; nosso intelecto, emoções, desejos, coração (o centro dos nossos desejos e de tomada de decisão), as nossas metas e motivações e até mesmo os nossos corpos físicos.
Paulo diz: “Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18). Além disso, Jeremias nos diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jr 17.9).
Desta forma, Deus estipula as Leis para demonstrar ao homem, a sua incapacidade de obedecê-lo ou servi-lo.
1.1 – O pecado do sacerdote
O capítulo 4 de Levítico relaciona 4 pecados que deveriam ser tratados, isto é, por eles oferecer sacrifício. O primeiro é o pecado do sacerdote. Até mesmo o maior personagem nas fileiras sacerdotais é frágil e necessita ser remido.
Levítico 4:3
3 se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado, que pecou, um novilho sem mancha, ao SENHOR, por expiação do pecado. (ARC)
O texto revela a diferença e a gravidade do pecado cometido pelo sacerdote.
Vamos refrescar nosso entendimento acerca do sacerdote e seu ofício. O Dicionário Vine afirma que o termo sacerdote vem da palavra hebraica “kõhen” cujo significado é ‘sacerdote, sacerdócio’. Esta palavra é achada 741 vezes no Antigo Testamento. Mais de um terço das referências a “sacerdotes” é encontrado no Pentateuco. Levítico, que tem cerca de 185 referências, é chamado o “Manual dos Sacerdotes”.
Um sacerdote é ministro autorizado da deidade que ministra no altar e em outros ritos cultuais.
Um sacerdote cumpre deveres sacrificais, ritualistas e mediadores. Ele representa o povo diante de Deus. Enquanto o profeta era o intermediário entre Deus e o povo, isto é, trazia ao povo a mensagem de Deus, por contraste, um sacerdote fazia o caminho inverso, ou seja, era o intermediário entre o povo e Deus, levando as necessidades da congregação até a presença de Deus.
Perceba que sobre o sacerdote repousa imensa responsabilidade e por isso a lei menciona que a sua culpa ou falha era “pecar para escanda-lo” e por isso deveria sacrificar o maior animal para este tipo de sacrifício – o novilho ou boi (Lv 4.3).
Por óbvio sabemos que o pecado é prejudicial para qualquer alma, no entanto, quando o pecado é cometido por uma liderança, os prejuízos são enormes! Ele é referencial para muitas e as vezes milhares de vidas, e quando o pior acontece, o escândalo é também inevitável, pois nas entrelinhas da ocorrência está o fato de que aquele homem ensinava o que não fazer, mas acabou fazendo.
Os comentaristas da Homilética Completa do Pregador, sobre este texto de Levítico afirma que o “ungido sacerdote” era o sumo sacerdote (Lv 8.12); outros sacerdotes só foram consagrados. No entanto, embora ele era frágil como pessoas comuns, seu ofício sagrado e privilégios fez seu pecado muito maior, então ele tinha que trazer um sacrifício muito mais caro para a sua expiação. Deus faz distinção sobre a criminalidade dos pecados: os que vivem mais perto da luz tem menos desculpa para a “ignorância”.
Isaías Silva Freitas e Raimundo Ferreira de Oliveira afirmam que nossos pecados são sempre pecados, como os de qualquer outro pecador, mas seus efeitos são sempre proporcionais à posição que ocupamos. A Bíblia diz que a quem muito foi dado, muito será requerido (Lc 12.48). Este é um fato altamente solene para ser esquecido.
Um dos maiores exemplos foi o caso do pastor e tele evangelista Jimmy Swaggart que nos anos 80 e 90 se destacou pelas mensagens fundamentalistas que inspirou outros líderes do mundo inteiro; fazendo ferrenhas críticas contra o adultério de outros pastores, mas que infelizmente acabou também se envolvendo em um escândalo sexual que ficou conhecido mundialmente, trazendo detrimentos catastróficos. Ele foi apanhado em flagrante adultério com uma prostituta em motel na Luisiana – EUA.
A desventura de Jimmy na sinuosa estrada do pecado causou um estardalhaço tão grande que até bandas de rock pesado com Iron Maiden e Ozzy Osbourne fizeram músicas citando o nome de Jimmy de forma pejorativa, referenciando o escândalo e mal dizendo a igreja do Cordeiro.
Jimmy Swaggart se arrependeu e novamente está exercendo o seu ministério, porém o opróbrio traz consigo.
2 Coríntios 6:3
3 não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado. (ARC)
O sacerdote da antiga aliança ou a liderança da nova aliança, deve preservar e cuidar muito bem da sua vida espiritual, pois transmitem (seja no comportamento ou nas mensagens ministradas) a ideia de reputação e moral ilibadas, ao ponto de qualquer deslize fazer que tudo desmorone causando danos primeiramente a sua própria vida e segundo para a obra de Deus. Nestes casos o ministério foi censurado!
Paulo ainda alerta aos Romanos:
1 Coríntios 10:32
32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. (ARC)
A exortação paulina aqui se restringe unicamente a um comportamento contrário a Palavra de Deus – “Portai-vos”.
A liderança é observada em seus detalhes e muitas vezes o pecado de uma liderança será o pecado do povo que por ele é liderado (lembre-se da história do Rei Acabe e Manassés e o que ambos fizeram com o povo de Israel? A péssima gestão destes reis conduziu o povo de Deus aos porões mais sombrios da espiritualidade.
Apesar de toda a gravidade, é gracioso saber que o Senhor não abandona o pecador ainda que ele esteja a frente de um povo, ainda que tenha sido um líder de grande influência. Enquanto muitos descartam, e rotulam como imprestável, a Palavra menciona que para ele havia perdão, havia sacrifício que pudesse remi-lo e colocá-lo novamente no altar de Deus (Lv 4.26). Isso aconteceu com Jimmy! Glórias a Deus!
1.2 – O pecado da congregação
Imagine toda uma congregação cultuar a Deus sem atentar para os requisitos desta aproximação. Não daria certo. Seria algo vazio, murcho, seco e pior, sem a presença de Deus, o objeto da adoração!
Levítico 4:13
13 Mas, se toda a congregação de Israel errar, e o negócio for oculto aos olhos da congregação, e se fizerem, contra algum dos mandamentos do SENHOR, aquilo que se não deve fazer, e forem culpados, (ARC)
O pecado da congregação era o pecado sem intensão, ou seja, pecados cometidos por ignorância.
No coração de muitos há disposição para pensar que pecados de ignorância, seria como se não tivesse pecados; e ignorância é tratado como sinônimo de inculpabilidade.
Levítico 4:14
14 e o pecado em que pecarem for notório, então, a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado, e o trará diante da tenda da congregação. (ARC)
Deus contemplou essa ocasião oferecendo ao homem que assim transgredisse, uma forma de que uma vez esclarecidos (“notório”) sobre a realidade de determinado pecado, a congregação deveria providenciar a oferta para a sua remissão.
O propósito do sacrifício era de santifica-los e assim adorar a Deus sem as restrições do pecado.
Um dos princípios do culto a Deus é a santidade daquele que se aproxima com a sua adoração.
Ser santo é estar separado de tudo aquilo que possa contaminar o homem em seu espírito, alma e corpo (1 Ts 4.5.23).
Perceba que a ordem mencionada por Paulo é do interior (espírito) para o exterior (corpo).
Não se pode enganar a Deus, oferecendo a Ele um culto de fachada, onde tudo pode parecer espiritual, os trajes, o linguajar, os cânticos, a mensagem, a aparência, TUDO! Mas se não houver santidade não passou de um teatro.
Deus não queria isso jamais e assim estabeleceu o sacrifício pelo pecado da congregação.
Desta forma, quando fossem apresentar o seu culto a Deus, através do sacrifício pelo pecado, estariam aptos, puros e santificados.
Hebreus 9:11-12
11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,
12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (ARC)
No sacrifício de Jesus, Aquele que se ofereceu de uma vez por todas como oblação objetivando a nossa redenção, temos agora a condição de nos reunir como “… igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5.27).
Salmos 89:7
7 Deus deve ser em extremo tremendo na assembleia dos santos e grandemente reverenciado por todos os que o cercam. (ARC)
O culto é agora aceitável e a reunião dos santos alcança o objetivo de adorar ao Único e Verdadeiro Deus.
Por Cláudio Roberto
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