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Betel Adultos – 1º Trimestre 2024 – 28-01-2024 – Lição 4 – Vida conjugal – espelho do relacionamento Cristo – Igreja

26/01/2024

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira 

TEXTO ÁUREO

“Vos, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela.” Efésios 5.25

TEXTOS DE REFERÊNCIA

EFESIOS 5.24-27,29 

24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. 

25 Vos, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 

26 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 

27 Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas Santa e irrepreensível. 

29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes, a alimenta a sustenta, como também o Senhor a igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar a simbologia da vida conjugal. 
  • Falar sobre a criação das duas instituições. 
  • Mostrar como levar a família a adorar a Deus.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Definitivamente, tudo o que Deus fez é bom e a Bíblia nos mostra isto no primeiro capítulo do livro de Gênesis.

Quando Moisés escreveu este capítulo, ele disse que a reação do Senhor ao terminar cada parte da criação era de regozijo, porém, quando Deus criou os seres humanos a reação foi mais profunda.

“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto.” (Gn 1.31 – ARC)

Os seres humanos são chamados de “coroa da criação” e “a glória de Deus”, deixando claro que são os seres mais importantes já criados pelo Senhor.

“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória e de honra o coroaste.” (Sl 8.3-5 – ARC)

A este ser, o Senhor deu a tarefa de crescer e multiplicar e isto só é possível através da união sexual entre um homem e uma mulher, através do matrimônio.

Existem pessoas que afirmam que no livro de Gênesis, o Senhor não criou o casamento, pois não existe tal palavra neste livro, porém, o texto bíblico nos mostra que a ordenança de Deus para o homem e a mulher é que iniciem uma vida juntos, deixando claro que a união se dá através do ato sexual.

“Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.21-24 – ARC)

Vamos ler o versículo 24 em outras traduções.

“É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” (NTLH) 

“Esta é a razão por que o homem deixa de viver junto com seu pai e sua mãe e se une à mulher dele. E de tal maneira se unem os dois, que se tornam uma só pessoa!” (BV) 

“Por isso o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, e os dois se tornam um só.” (NVT)

As cartas de Paulo abordam este assunto com maior clareza, não deixando dúvidas a respeito deste assunto, especialmente a primeira carta aos coríntios.

“Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido.” (1 Tm 7.1-3 – ARC)

Desta forma, a união sexual entre um homem e uma mulher tem o poder de criar uma família e esta é a instituição humana mais importante que existe.

1 – O SIMBOLISMO DA VIDA CONJUGAL

O termo símbolo, com origem no grego symbolon, designa um tipo de signo em que o significante representa algo abstrato por força de convenção, semelhança ou contiguidade semântica.

O escritor Benjamin Veschi, do site www.etimologia.com.br, traz um conceito marcante a respeito desta palavra.

“Entende-se por símbolo qualquer expressão gráfica ou visual que permite identificar algo, fazendo possível a configuração e comunicação da linguagem, bem como representar fatos, ou atuar semioticamente pela associação de signos de alcance social universal como a cruz de uma igreja ou a estrela da vida que acompanha as ambulâncias.”

A Bíblia está repleta de simbologias e quando a lemos de Gênesis a Apocalipse, isto fica bem claro, porém, é necessário lermos e estudarmos de uma forma mais profunda para conseguirmos identificar os diversos símbolos utilizados.

A Bíblia utiliza “lâmpada (Sl 119.105); fogo e martelo (Jr 23.29); semente (Lc 8.11);  e pão Mateus 4.4”, em alusão à Palavra de Deus.

Da mesma forma, existem símbolos para o Espírito Santo que nos fazem compreender seus modos de agir.

Vento (At 2.1); fogo (At 2.3); água (Jo 7.37) e pomba (Lc 3.22).

Muitas outras coisas possuem simbologia nos textos bíblicos e estes foram utilizados para uma melhor compreensão dos leitores.

1.1 – O modelo está posto para ser seguido

Com origem no termo italiano “modelo”, o conceito de modelo tem diversas acepções e significados.

De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, um modelo é um protótipo ou exemplo que se pretende reproduzir ou imitar.

Nas ações morais e nas obras de gênio, um modelo é um exemplar que se deve seguir e imitar pela sua perfeição.

Outros usos da palavra podem referir-se à representação em pequena escala de alguma coisa; ao esquema teórico de um sistema ou de uma realidade complexa; ao objeto, aparelho ou ao conjunto de ambos realizados de forma concertada com base na mesma concepção (automóvel modelo 2005, televisão último modelo etc.); ao vestido com características únicas, criado por um determinado estilista; ou ainda à figura de barro, geso ou cera, a reproduzir em madeira, mármore ou metal.

A Bíblia é um livro de modelos que demonstra como deve ser o relacionamento entre Deus e os seres humanos e o relacionamento interpessoal.

O escritor Daniel Conegero traz um comentário interessante a respeito deste assunto.

“A figura da Igreja como a “Noiva de Cristo” é uma simbologia aplicada nos textos bíblicos para se referir ao relacionamento de Cristo com o seu povo. O significado de dizer que a Igreja é a noiva de Cristo expressa a ideia de que a comunidade da fé está num compromisso inviolável com o Senhor. Como uma noiva, a Igreja é amada por Ele, protegida por Ele e pertence a Ele. Consequentemente, a Igreja deve ser fiel a Cristo e aguardar ansiosamente como uma vigem pura pelo dia das bodas de seu casamento. Inclusive, o casamento não é única figura empregada na Bíblia para falar do relacionamento entre Cristo e a Igreja. Além de ser designada como a noiva de Cristo, no Novo Testamento a Igreja também é retratada como um corpo do qual Cristo é a cabeça (1 Coríntios 12); ovelhas das quais Cristo é o Pastor (João 10:1-30); ramos ligados à Videira Verdadeira que é Cristo (João 15:1-11); etc.”

O apostolo Paulo, em sua carta aos efésios, faz uma analogia entre o homem e Cristo e como deve ser o tratamento do homem para com a esposa em simbologia com a maneira que Cristo trata a Igreja.

“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido. Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.” (Ef 5.22-28 – ARC)

Cristo é chamado de “Noivo” e a Igreja de “Noiva”, simbolizando o amor de Deus para com a humanidade, que enviou Jesus para morrer por nós.

O noivo ama a noiva, assim como Cristo ama a Igreja e a orientação de Paulo é para que os homens amem sua esposa como Cristo amou a Igreja.

Para aqueles que afirma que somente o Novo Testamento utiliza o simbolismo de um noivo para falar sobre o amor de Deus para com seu povo, vamos ler o que o profeta Ezequiel escreveu.

“E, passando eu por ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; e estendi sobre ti a ourela do meu manto e cobri a tua nudez; e dei-te juramento e entrei em concerto contigo, diz o Senhor Jeová, e tu ficaste sendo minha. Então, te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo. Também te vesti de bordadura, e te calcei com pele de texugo, e te cingi de linho fino, e te cobri de seda. E te ornei de enfeites e te pus braceletes nas mãos e um colar à roda do teu pescoço. E te pus uma joia na testa, e pendentes nas orelhas, e uma coroa de glória na cabeça. E assim foste ornada de ouro e prata, e a tua veste foi de linho fino, e de seda, e bordadura; nutriste-te de flor de farinha, e de mel, e de óleo; e foste formosa em extremo e foste próspera, até chegares a ser rainha. E correu a tua fama entre as nações, por causa da tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Jeová.” (Ez 16.8-14 – ARC)

1.2 – O amor e o respeito firmam o casamento

A Bíblia nos ensina, através da analogia a respeito da importância que cada membro do corpo tem para o ser humano, sobre a ideia de que cada membro (indivíduo) que compõe o Corpo de Cristo, que é a Igreja tem sua importância individual e que isto influencia em todo o corpo.

O Corpo de Cristo, que é a Igreja, é formado por todos os crentes existentes desde Jesus e o relacionamento entre estes crentes e Jesus é chamado de noivado.

A Igreja está sendo preparada para o dia do arrebatamento quando irá ser entregue ao noivo.

O relacionamento entre o noivo e a noiva ou o esposo e a esposa deve ser baseado no amor, pois este é capaz de moldar as relações de uma forma majestosa.

Paulo fala sobre as características do amor verdadeiro em sua primeira carta aos coríntios.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos.” (1 Co 13.4-9 – ARC)

Se observarmos o comportamento de Jesus para com os discípulos, veremos que suas ações demonstravam todas estas características e estas eram baseadas no amor.

Através da ação do Espírito Santo, através da leitura e meditação bíblica, os cristãos são transformados diuturnamente em pessoas melhores e isto é chamado de santificação.

Alguns pensadores famosos transformaram suas ideias sobre o amor em frases marcantes. Vejamos algumas:

  • Há apenas um remédio para o amor, que é amar mais. (Henry David Thoreau). 
  • O amor é formado por uma única alma habitando em dois corpos. (Aristóteles). 
  • Uma palavra nos liberta de todo o peso e da dor da vida: essa palavra é ‘amor’. (Sófocles). 
  • O amor é a única resposta sã e satisfatória ao problema da existência humana. (Erich Fromm). 
  • Ao toque do amor, todas as pessoas se tornam poetas. (Platão).

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa conceitua a palavra respeito das seguintes maneiras.

  1. Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém. 
  1. Apreço, consideração, deferência. 
  1. Acatamento, obediência, submissão. 
  1. Medo, receio, temor.

O substantivo é expresso no latim como “respectus”, proveniente do verbo “respectāre”, no sentido de considerar ou prestar atenção ao redor, composto pelo prefixo re-, em função de reiteração e ênfase apontando dedicação, e spectāre, associado a specere, indicando a ação de apreciar, olhar ou observar.

Pode significar ainda a ação ou efeito de respeitar, apreço, consideração, deferência.

Na sua origem em latim, a palavra respeito podia significar ainda “olhar outra vez”.

Assim, algo que merece um segundo olhar é algo digno de respeito.

O respeito deve pautar todas as relações conjugais e familiares, bem como todas as relações humanas.

1.3 – A sujeição se estabelece no temor do Senhor

O Dicionário Priberam para a Língua Portuguesa traduz a palavra sujeição das seguintes maneiras.

  • Ato ou efeito de sujeitar. 
  • Dependência; submissão; acatamento.

Sujeitar a Deus é estar em obediência total a Ele, em observação aos seus mandamentos.

A Bíblia nos ensina que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria ou da ciência (Pv 1.7).

O medo é uma das principais emoções humanas.

O escritor aos hebreus (2.15) reconhece quão importante é essa emoção, dentro da experiência humana, declarando que, por causa do temor da morte, os homens passam a vida inteira na escravidão ao diabo.

Existem temores benéficos e temores prejudiciais, sendo que o melhor temor de todos é o temor a Deus e das coisas que devemos evitar.

Os temores prejudiciais são desnecessários, além de demonstrarem imaturidade e falta de fé.

Ter conhecimento não consiste apenas em estar informado sobre as coisas. Antes, é conhecer as realidades espirituais e ser transformado por elas.

Para os hebreus, naturalmente, a lei era básica para alcançar tal forma de conhecimento. A lei era a primeira fonte do conhecimento.

Um homem bom tem um bom começo no empreendimento do conhecimento, quando começa com seu fundamento e inspiração, “o temor ao Senhor” .

O teólogo americano Norman Champlim traz um comentário importante a respeito deste assunto.

“Esta é uma das maiores afirmações da literatura de sabedoria, e não som ente do livro de Provérbios. É básica para compreendermos a espiritualidade do Antigo Testamento. O temor do Senhor é a “religião do homem sábio” (Rolland W. Schloerb, in loc.). Possivelmente, a base da idéia era o terror que um pobre adorador sentia perante o seu Deus, ou seus deuses ou seus ídolos. Mas o vocábulo acabou adquirindo as ideias de reverência, de profundo respeito, de uma espiritualidade em geral, conhecendo e praticando a lei mosaica, por motivo de profundo respeito ao Legislador. A expressão temor do Senhor ocorre por onze vezes no livro de Provérbios, e a forma imperativa, temei ao Senhor, por outras quatro vezes. O autor se referia a uma “piedade genuína” (Adam Clarke, in loc.). A declaração serve de “nota chave de todo o ensinamento do livro” (Ellicott, in loc.). Ver Pro, 1.29; 2.5; 3.7; 8.13; 9.10; 10.27; 14.2,26,27; 15.16,33; 16.6; 22.4; 23.17 e 24.21. A leitura desses versículos dará ao leitor uma idéia do que essa expressão significa para o autor-compilador do livro de Provérbios.” 

2 – A CRIAÇÃO DAS DUAS INSTITUIÇÕES

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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