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Betel Adultos – 1º Trimestre 2024 – 17-03-2024 – Lição 11 – Relacionamento ideal entre pais e filhos

15/03/2024

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Efésios 6:2 

2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro princípio com promessa, (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Provérbios 22:6 

6 Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele. (ARCO) 

Efésios 6:1-4 

1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.

2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro princípio com promessa,

3 para que você vá bem, e viva muito tempo sobre a terra.

4 E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. (ARCO)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar as atribuições dos pais; 
  • Destacar as funções dos filhos; 
  • Explicar os deveres entre os filhos e os pais.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Nesta oportunidade estudaremos sobre o relacionamento entre pais e filhos, relacionamento este, que, em muitas famílias está corroído. Tendo em mente que a Palavra de Deus pode nos nortear a um relacionamento saudável, acredito piamente que, juntos entenderemos como corrigir, melhorar e manter nosso relacionamento familiar no mais alto padrão e vivermos as vitórias de Deus no seu familiar. Vamos em frente.

Etimologicamente, a palavra “relacionamento” deriva do latim “relationem”, que significa “ação de relacionar, estabelecer uma conexão”. Nesse sentido, o termo descreve a ligação entre duas ou mais pessoas, baseada em vínculos emocionais, sociais ou familiares.

Na visão bíblica, o relacionamento transcende a mera interação humana. É um elo espiritual, firmado no amor, respeito e compromisso mútuo, tendo Deus como alicerce fundamental. Essa relação, também é construída sobre uma base de confiança, comunicação e amor incondicional, refletindo o relacionamento entre Deus e seu povo.

É importante considerar que atualmente, os conflitos entre pais e filhos podem surgir devido a uma variedade de fatores, incluindo mudanças culturais, falta de comunicação, expectativas irrealistas e influências externas. A sociedade contemporânea muitas vezes promove valores individualistas e imediatistas, que entram em conflito com os princípios bíblicos de amor, sacrifícios e compromissos familiares. A ausência de orientação moral e espiritual levou a um aumento de comportamentos e relacionamentos fragmentados dentro das famílias, resultando em catástrofes emocionais e sociais.

A estrutura familiar baseada nos pilares do judaísmo cristão tem sido alvo de ataques de uma sociedade predominantemente progressista que desafia valores tradicionais e religiosos. No entanto, a Palavra de Deus oferece instruções atemporais e fundamentais para a construção de relacionamentos familiares duradouros e duradouros.

Os princípios de amor, perdão, humildade e respeito mútuo são fundamentais para uma relação entre pais e filhos que seja edificante e satisfatória. Ao seguir os ensinamentos bíblicos, as famílias podem resistir às pressões externas e encontrar a verdadeira felicidade e harmonia dentro de seus lares, independentemente das tendências culturais ou sociais da época.

1 – ATRIBUIÇÕES DOS PAIS

A palavra “responsabilidade” deriva do latim “responsum”, que significa “responder”. Essa origem nos remete à ideia de que ser responsável implica em responder por seus atos, decisões e obrigações.

De acordo com os dicionários, responsabilidade é a obrigação de responder pelos próprios atos ou pelas ações de outros; é também a capacidade de assumir compromissos e cumprir com deveres e obrigações. Além disso, responsabilidade também pode se referir à confiabilidade, seriedade e consciência na execução de tarefas e funções.

Exemplos práticos de responsabilidade incluem pagar contas em dia, cumprir prazos de trabalho ou estudo, entregar tarefas com qualidade, colaborar com colegas e zelar pelos recursos da empresa, cuidar de um animal de estimação, respeitar a sinalização, dirigir com prudência e atenção, zelando pela segurança de todos, cuidar da família, manter a organização do lar e contribuir para um ambiente harmonioso, assumir a responsabilidade por erros cometidos e agir de forma ética e moralmente correta em todas as situações.

O pastor Valdir Alves aponta que na relação entre pais e filhos, os pais têm responsabilidades que não podem ser repassadas para outras instituições, como a escola, igreja, creche ou sociedade. Vamos identificar as responsabilidades elencadas pelo pastor Valdir e principalmente, quais seriam as responsabilidades básicas dos pais.

Responsabilidade da Escola: Transmitir conhecimento, estimular o desenvolvimento intelectual e social, promover valores éticos.

Responsabilidade da Igreja: Complementar a educação religiosa, oferecer formação espiritual, moral e fortalecer a fé e os valores religiosos.

Responsabilidade da Creche: Cuidar das crianças enquanto os pais trabalham, proporcionando um ambiente seguro e estimulante.

Responsabilidade da Sociedade: Criar um ambiente seguro, justo e acolhedor para o desenvolvimento das crianças, promover políticas públicas que beneficiem a família e fortalecem os valores éticos.

A Responsabilidades Inalienáveis dos Pais:

Educação Moral e Espiritual: Ensinar valores éticos, princípios bíblicos e o desenvolvimento do caráter.

Amor e Afeto: Demonstrar amor incondicional, carinho e atenção aos filhos.

Orientação e Disciplina: Guiar os filhos com sabedoria, estabelecendo limites e ensinando-os a discernir o certo do errado.

Provisão e Segurança: Garantir o bem-estar físico e emocional dos filhos, suprindo suas necessidades básicas.

Baseado em Efésios 6.4b, que diz: “[…], mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”. os pais têm a responsabilidade de criar e educar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor, o que implica ensinar-lhes os princípios e valores da fé cristã, proporcionando orientação espiritual e moral em todas as áreas da vida dos filhos. Isso inclui modelar um estilo de vida que reflita os ensinamentos de Cristo e estar ativamente envolvido no crescimento espiritual e moral de seus filhos.

Ao assumirmos com compromisso e amor as responsabilidades que nos cabem, construiremos uma geração de filhos responsáveis, íntegros e abençoados por Deus.

Lembre-se: A responsabilidade é um pilar fundamental para a construção de uma sociedade justa, próspera e harmoniosa.

1.1 – Relacionamento com responsabilidade

Iniciaremos este tópico tendo em mente que educar Filhos para Deus e para a Sociedade é um Desafio com Recompensas Eternas.

O pastor Valdir Alves destaca diversas responsabilidades cruciais dos pais na criação e educação dos filhos, começando por criar os filhos de forma que sejam criados para Deus. Isso implica não apenas prover as necessidades físicas, mas também nutrir o espírito dos filhos, introduzindo-os nos caminhos do Senhor desde tenra idade. Versículos como Provérbios 22:6 instruem os pais a “ensinar a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele”.

Algumas responsabilidades cruciais que nos ensinam a criar nossos filhos para Deus:

Cultivar um ambiente de fé: Ensinar a Palavra de Deus desde a infância (Dt 6:6-9), orar juntos, frequentar a igreja e participar de atividades que fortaleçam a fé.

Ser exemplo de vida: Demonstrar amor a Deus e ao próximo através de suas ações e palavras (Mt 5:16).

Ensinar valores cristãos: Transmitir valores como honestidade, respeito, compaixão e justiça (Pv 22:6).

Corrigir com amor e sabedoria: Disciplinar com firmeza, mas sem violência, sempre buscando o crescimento do filho (Pv 13:24).

Além de criar para Deus, os pais têm a responsabilidade de educar os filhos, tanto espiritualmente quanto em relação à sociedade. Isso envolve transmitir conhecimentos e valores que promovam o crescimento moral e intelectual dos filhos. Repetindo Efésios 6:4, este texto também exorta os pais a educarem seus filhos na disciplina e admoestação do Senhor.

Citaremos algumas responsabilidades que nos ensinam a criar nossos filhos para a sociedade:

Estimular o desenvolvimento intelectual: Incentivar o aprendizado, a leitura e a busca por conhecimento (Pv 1:5).

Ensinar habilidades sociais: Respeito ao próximo, trabalho em equipe, comunicação eficaz e resolução de conflitos (Pv 15:1).

Preparar para a vida profissional: Orientar na escolha de uma carreira que honre a Deus e contribua para a sociedade (Pv 10:4).

Ser um modelo de cidadão responsável: Demonstrar como ser um membro ativo e positivo na comunidade (Rm 13:1-7).

Os pais também são responsáveis por alimentar seus filhos, não apenas com comida física, mas também com amor, afeto e ensinamentos. Mateus 4:4 nos lembra que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

Além disso, os pais têm o papel crucial de proteger seus filhos, tanto física quanto espiritualmente. Salmo 127:3 afirma que “os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão”.

Os pais são chamados a serem mentores espirituais de seus filhos, ensinando-lhes os caminhos de Deus e modelando uma vida de fé e obediência. Deuteronômio 6:7 instrui os pais a falarem dos mandamentos de Deus “quando estiverem sentados em sua casa, e quando andarem pelo caminho, e quando se deitarem, e quando se levantarem”.

Os pais também têm a responsabilidade de prover materialmente os seus filhos, garantindo suas necessidades básicas. 1 Timóteo 5:8 adverte que “se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior do que o infiel”.

Apesar de existirem diversas metodologias para a criação e educação dos filhos, não há uma fórmula mágica. No entanto, a Bíblia oferece padrões e princípios atemporais, úteis e práticos que podem orientar os pais em sua jornada de criação e educação dos filhos. Seus ensinamentos servem como base sólida para orientar os pais na árdua, mas gratificante, tarefa de formar cidadãos íntegros e tementes a Deus.

O texto de Deuteronômio 6:6-9 destaca a importância de ensinar constantemente os mandamentos de Deus aos filhos, incorporando-os à vida diária da família, desde a manhã até a noite, em todas as atividades cotidianas. Isso demonstra que a instrução na Palavra de Deus deve ser uma parte integrante da vida familiar, moldando os valores e comportamentos dos filhos desde cedo. Reforço que se trata de cuidar dos filhos, desde a infância, em todo tempo e lugar. É um chamado à constante instrução e ao diálogo sobre a fé, permeando o dia a dia da família.

Óbvio que não podemos esquecer que uma das responsabilidades dos pais para com os filhos é o exercício da disciplina. Ela desempenha um papel essencial na formação dos filhos para Deus e para a sociedade. A disciplina é fundamental para o desenvolvimento de um caráter forte e responsável.

Provérbios 23:13 adverte que a disciplina é crucial para corrigir o caminho dos filhos. Hebreus 12:7-8 compara a disciplina dos pais à disciplina de Deus, mostrando que é uma expressão de amor que visa corrigir e moldar o caráter dos filhos. Portanto, os pais devem exercer a disciplina com amor e sabedoria, guiados pelos princípios bíblicos.

Os pais que buscam criar e educar seus filhos de acordo com os princípios da Palavra de Deus podem confiar que estão cumprindo suas responsabilidades da melhor maneira possível. Eles também podem descansar na certeza de que Deus estará com eles, guiando-os e abençoando-os.

Embora possam enfrentar desafios ao longo do caminho, o investimento na vida espiritual e moral de seus filhos é um legado duradouro que trará bênçãos tanto na vida presente quanto na eternidade.

Lembre-se: A criação e educação de filhos é uma jornada desafiadora, mas com a Palavra de Deus como guia, os pais podem trilhar o caminho com sabedoria, amor e esperança.

1.2 – Relacionamento com diálogo

Etimologicamente, o termo “diálogo” vem do grego “dialogos”, que significa “conversa entre duas ou mais pessoas”.

Nos dicionários, o diálogo é definido como uma conversa entre duas ou mais pessoas, na qual cada uma expressa seus pensamentos, sentimentos ou ideias, e há uma troca de informações e opiniões. Esse processo envolve tanto falar quanto ouvir, com o objetivo de compreender e ser compreendido.

Em um diálogo ou no processo de comunicação há elementos fundamentais para construção de uma boa comunicação. Vejamos:

  • Emissor: A pessoa que transmite a mensagem.
  • Receptor: A pessoa que recebe a mensagem.
  • Mensagem: O conteúdo que está sendo transmitido.
  • Canal: O meio pelo qual a mensagem é transmitida (fala, escrita, etc.).
  • Código: O sistema de signos utilizado para codificar e decodificar a mensagem.
  • Contexto: As circunstâncias em que a comunicação ocorre.

Importante saber como explorar os elementos para um diálogo saudável e eficaz. Vejamos:

  • Emissor e Receptor: Preparar-se para o diálogo, escutar atentamente e buscar entender o ponto de vista do outro.
  • Mensagem: Ser claro, objetivo e conciso na comunicação.
  • Canal: Escolher o canal mais adequado ao contexto e à mensagem.
  • Código: Utilizar linguagem acessível ao receptor, evitando jargões e termos técnicos.
  • Contexto: Considerar o ambiente e as emoções dos envolvidos para uma comunicação mais eficaz.

Portanto, para que se estabeleça uma comunicação saudável e eficaz, é importante termos uma expressão clara de pensamentos e sentimentos, escuta ativa e empática, feedback construtivo e a busca por entendimento mútuo. É importante praticar a empatia, mostrar interesse genuíno pelo ponto de vista do outro, comunicar-se de forma clara e direta, evitar interrupções e julgamentos precipitados. Desta forma, acreditamos que iremos extrair os melhores resultado quando dialogarmos.

Tenha em mente que o diálogo desempenha um papel fundamental em qualquer relacionamento, pois promove a compreensão mútua, fortalece os laços afetivos e resolve conflitos de maneira construtiva. Na relação entre pais e filhos, o diálogo é essencial para estabelecer uma comunicação aberta e honesta, construir confiança e transmitir valores e ensinamentos importantes.

Efésios 6:4 adverte os pais a não provocarem a ira dos filhos, mas a criá-los na disciplina e admoestação do Senhor. Isso implica utilizar o diálogo de forma correta, comunicando-se com amor, respeito e verdade, para não gerar ressentimento ou hostilidade nos filhos. Esse texto bíblico nos ensina a:

Expressar amor e preocupação para com os filhos: Demonstrar aos filhos que são amados e que seus pais se importam com seu bem-estar.

Escutar com atenção e empatia nossos filhos: Entender os sentimentos e necessidades dos filhos, validando suas emoções.

Estabelecer regras e limites claros para os nossos filhos: Definir expectativas de comportamento de forma clara e compreensível.

Corrigir com amor e sabedoria os nossos filhos: Disciplinar os filhos de forma justa e proporcional à transgressão, sem humilhação ou violência.

O pastor Valdir Alves destaca a importância de dialogar de forma clara, objetiva, educada, respeitosa, amorosa e verdadeira na relação entre pais e filhos. Isso significa expressar pensamentos e sentimentos de maneira compreensível e direta, sem rodeios ou ambiguidades, mantendo uma postura calma e cortês, demonstrando consideração pelos sentimentos e opiniões do outro, agindo com cortesia e amabilidade, mostrando deferência e valorização mútua, comunicando-se com afeto e carinho, e sendo sincero e honesto em todas as interações.

O diálogo com a verdade é essencial em qualquer relacionamento, pois a mentira pode minar a confiança e corroer os vínculos afetivos. A honestidade e transparência são fundamentais para construir e manter relacionamentos saudáveis e duradouros, pois permitem uma comunicação aberta e sincera, baseada na confiança mútua.

Relacionamentos onde falta respeito e honestidade estão fadados ao fracasso, pois a falta de confiança mina os alicerces do vínculo. A linguagem corporal desempenha um papel crucial na comunicação, pois pode transmitir emoções, intenções e atitudes que complementam as palavras faladas. A tonalidade da voz, o contato visual e a postura corporal podem fazer uma grande diferença na forma como uma mensagem é recebida e interpretada pelo outro, portanto, é importante prestar atenção não apenas ao que é dito, mas também à forma como é comunicado.

O diálogo é uma ferramenta essencial para construir e fortalecer a relação entre pais e filhos. Ao cultivar um diálogo saudável e eficaz, baseado no amor, respeito e compreensão, pais e filhos podem construir um relacionamento forte, que os acompanhará por toda a vida.

Lembre-se: O diálogo é a ponte que conecta pais e filhos, permitindo a construção de um relacionamento sólido, baseado no amor, respeito e confiança.

1.3 – Relacionamento sem maus-tratos

Provérbios 23:13

13 Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. (ARC)

Provérbios 23:13 é frequentemente interpretado como um incentivo ao uso físico da vara na educação dos filhos. No entanto, uma análise mais profunda revela que o significado vai além da mera punição corporal. Na época em que o livro de Provérbios foi escrito, a vara era um instrumento comumente utilizado para diversos fins, inclusive para a correção. No entanto, a palavra “vara” não se refere apenas a um objeto físico, mas também simboliza a disciplina, a instrução e a orientação.

O texto aconselha os pais a não pouparem a correção dos filhos usando a vara. Este versículo não está promovendo a violência física contra as crianças, mas sim enfatizando a importância da disciplina e da correção na educação dos filhos. A vara é um símbolo de autoridade e disciplina, não de abuso ou espancamento. A correção mencionada neste versículo está relacionada a instruir e disciplinar os filhos de forma apropriada, de acordo com os princípios da sabedoria divina, para que cresçam e se desenvolvam corretamente.

A Lei da Palmada, também conhecida como Lei Menino Bernardo, foi elaborada e aprovada pelo Congresso Nacional em 2014, sendo sancionada pela então presidente Dilma Rousseff. Esta lei visa proteger as crianças contra qualquer forma de castigo físico ou tratamento cruel ou degradante, reconhecendo que a violência física não é uma forma adequada de correção e educação. Isso não significa que os pais devam ser desrespeitados pelos filhos ou que a correção aplicada pela vara seja totalmente proibida, mas sim que existe um limite para a forma como a disciplina é administrada, para garantir a segurança e o bem-estar das crianças.

A Lei da Palmada não significa que os pais não podem mais disciplinar seus filhos. Ela apenas estabelece limites para a aplicação da correção, proibindo o uso de violência física. A intenção é promover uma educação baseada no diálogo, no respeito e na compreensão mútua, no entanto, há exageros quando se interpreta tal lei no sentido de se extinguir a correção física e até mesmo colocar os pais nos bancos dos réus, mesmo quando aplicou a disciplina de forma moderada e coerente com os ensinos das Escrituras.

A Bíblia reconhece a necessidade da correção na educação dos filhos, mas essa correção deve ser sempre aplicada com amor, sabedoria e justiça (Provérbios 13:24). O objetivo da correção não é punir a criança, mas sim guiá-la no caminho certo e ajudá-la a desenvolver um caráter forte e responsável.

Hernandes Dias Lopes nos fornece grande contribuição sobre o tema. Leiamos:

“Esse é um tema controverso na sociedade contemporânea. Muitos educadores são contrários a qualquer forma de disciplina. Em virtude dos excessos praticados por pais truculentos, defendem a completa ausência de disciplina. Será que esse preceito das Escrituras está obsoleto? Seria esse ensino da Palavra de Deus inadequado para os nossos dias? Primeiro, precisamos deixar claro que disciplina não é a mesma coisa que espancamento. Não significa achatar a autoestima dos filhos nem os humilhar publicamente. A disciplina é um ato responsável de amor. A criança entregue a si mesma, sem regras, sem freios e sem limites, se tornará um adulto problemático. A vara da disciplina tem como propósito livrar a vida dessa criança da morte. Um indivíduo desregrado, indisciplinado, sem domínio próprio, morre precocemente e perde não apenas sua vida, mas também sua alma. A disciplina tem como propósito refrear essa tendência inata do coração humano para o que é errado. A disciplina estabelece limites, mostrando à criança, com clareza, a diferença entre o certo e o errado, entre o precioso e o vil. A disciplina é um remédio amargo, mas seu resultado é doce como o mel. No momento é motivo de choro, mas depois produz alegria e paz. Pode parecer, à primeira vista, um rigor excessivo, mas seu resultado é vida e salvação.” 

Em Provérbios 29.15 lemos:

Provérbios 29:15

15 A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe. (ARC)

O texto acima reforça a importância da disciplina na educação dos filhos. A vara, como símbolo da disciplina, quando utilizada com sabedoria, pode ajudar a criança a desenvolver sabedoria e discernimento. No entanto, a negligência na educação pode levar a consequências negativas para a criança e para a família.

Mais uma vez, Hernandes contribui conosco com suas preciosas colocações. Leiamos:

“A disciplina é um ato responsável de amor. Seu objetivo é tirar a estultícia do coração da criança e matriculá-la na escola da sabedoria. A vara, no contexto do livro de Provérbios, não é apenas um instrumento de castigo dosado, mas também um símbolo de limites. A vara não representa a agressão nem é um instrumento de violência. O ensino geral das Escrituras é firmemente contrário à violência contra os filhos. Não se educa com espancamento. Não se forja o caráter de um filho com desrespeito à sua personalidade. A vara não é uma ferramenta para ferir a honra dos filhos, mas um instrumento para lhes mostrar que toda transgressão tem uma consequência. Deve ser administrada com profundo respeito aos filhos e com acendrado amor por parte dos pais. A vara é o símbolo da disciplina, e a disciplina é o estabelecimento de limites. Os filhos que crescem sem conhecer o limite entre o certo e o errado serão adultos irresponsáveis. Os filhos que não respeitam nem obedecem aos pais cavarão sua própria ruína. Os filhos que não aprendem dentro de casa a respeitar as leis terão de aprender com muito sofrimento na rua. A vara administrada pelos pais é cheia de bondade e amor, mas a chibata aplicada pelo mundo é violenta e cheia de ódio. A vara e a disciplina dão sabedoria, mas os filhos que vivem sem limites, andando pelo caminho em que querem andar, e não no caminho em que devem andar, serão motivo de vergonha para seus pais.”

O pastor Valdir Alves destaca que os filhos devem saber ouvir e aceitar tanto o “sim” quanto o “não” com amor, pois isso ensina aos filhos sobre limites, responsabilidade e respeito à autoridade. É importante que os pais expressem suas decisões de forma amorosa e firme, para que os filhos compreendam que suas ações têm consequências e que devem aprender a lidar com elas de maneira madura e respeitosa. É também relevante que os pais expliquem aos filhos o motivo das regras e a tomada das decisões. Tudo precisa estar claro e compreendido para que não haja discussões devido a más interpretações do que foi proposto.

Reações exageradas e punitivas por parte dos pais podem afastar os filhos e até levá-los a abandonar o lar. Em um mundo cheio de tentações, como drogas, álcool e pornografia, os pais precisam ter cuidado para não afastar os filhos com suas reações. É fundamental que os pais respondam com amor, compreensão e orientação, para evitar que seus filhos se desviem do caminho certo. Se necessário for, os pais devem buscar orientação e apoio para lidar com os desafios da educação dos filhos.

Ilustração (se verídica ou não, quem saberá? Senão, Deus).

“O pai estava feliz da vida com o novo carro. Todos os dias perdia tempo, lavando e dando um brilho no veículo, que às vezes nem dava a devida atenção para a família. Indiferente ao amor que o pai sentia pelo carro, o menino passou a brincar na garagem com um pequeno prego. Desavisado e inocente, o menino passou a arriscar a lataria do automóvel. Ao ver o carro riscado, o pai disse ao filho quem havia feito aquilo. O menino então confessou, pois temia ser castigado caso mentisse. Completamente tomado pela ira, o pai, fora de si, aplicou várias palmatoradas nas mãos do menino. Tamanha foi a surra, que o garoto chegou a ficar desacordado, e teve as mãos amputadas devido à gangrena provocada pelo espancamento. Ao sair do hospital e voltar para casa, o menino lembrou que o carro de seu pai já estava com a pintura toda reformada. Inocente, a criança disse ao pai: “Fico feliz pelas raladuras na pintura do carro tiveram sumido. Pai, o senhor sabe quando minhas mãozinhas vão nascer de novo?””

A história do filho que arriscou o carro do pai para homenageá-lo é um exemplo trágico de como uma ocorrência errada pode ter consequências devastadoras. A fúria do pai o levou a punir o filho de forma cruel, causando danos irreparáveis. Essa história serve como um lembrete para que os pais sejam sempre pacientes, amorosos e compreensivos ao lidar com seus filhos. O perdão, o amor e a reconciliação são fundamentais para restaurar a confiança e reconstruir os laços familiares após um incidente tão traumático.

2 – FUNÇÕES DOS FILHOS

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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