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Betel Adultos – 1º Trimestre 2023 – 29-01-2023 – Lição 5 – O Servo e as multidões

28/01/2023

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

” (…) E a grande multidão o ouvia de boa vontade.” Marcos 12.37b

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Marcos 3.7-11 

7- E retirou-se Jesus com os seus discípulos para o mar, a seguia-o uma grande multidão da Galiléia, a da Judéia, 

8- E de Jerusalém, e da Iduméia, e dalém do Jordão, e de perto de Tiro e de Sidom; uma grande multidão que, ouvindo quão grandes coisas fazia, vinha ter com ele. 

9- E ele disse aos seus discípulos que lhe tivessem sempre pronto um barquinho junto dele, por causa da multidão, para que o não apertasse, 

10- Porque tinha curado a muitos, de tal maneira que todos quantos tinham algum mal se arrogavam sobre ele, para lhe tocarem.

11- E os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele e clamavam, dizendo: Tu és o Filho de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar como devemos nos portar em meio à multidão. 
  • Mostrar que ninguém pode atrapalhar nossos sonhos. 
  • Falar que o Servo socorre quem vai ao Seu encontro.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos. Paz do Senhor.

De forma simples e prática, uma multidão é um conjunto de pessoas, animais ou coisas.

O filósofo inglês Thomas Hobbes diferenciou a palavra povo de multidão, associando à primeira a questão de serem organizados.

O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define a palavra da seguinte forma.

  1. Grande número de pessoas reunidas em algum lugar. 
  1. Grande quantidade de seres, coisas ou objetos. = BATELADA, MAGOTE, MONTÃO, MONTE. 
  1. Classe social mais desfavorecida. = POPULACHO, POVO, TURBA.

Existem centenas de versículos bíblicos que utilizam a palavra multidão e não observamos nada específico no tocante a estes.

Sendo assim, abordaremos tal palavra como um conjunto de pessoas, citada em ocasiões específicas, associadas a situações específicas.

Um fato importante e marcante a respeito das multidões que cercavam Jesus enquanto presente neste mundo, é que eles sempre estavam curiosos quanto ao que estava acontecendo.

Esta parece ser uma característica comum às multidões, haja vista, nem todos conseguirem interpretar corretamente o que está acontecendo.

As multidões cercavam Jesus enquanto ele andava, ministrava e orava.

Outro fato importante é que a Bíblia utiliza a expressão “grande multidão” para referir-se a algo que não era comum, mesmo entre multidões, ou seja, o número de pessoas presente naquele evento era realmente grande, ainda que não tenhamos condições de quantificar em todas as ocasiões.

O capítulo 6 do evangelho escrito por Marcos nos mostra que na multidão que foi alimentada por Jesus através do milagre da multiplicação, existiam 5 mil homens (Mc 6.44).

“E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.” (Mc 6.34 – ARC)

Aquelas pessoas nunca haviam presenciado alguém tão poderoso em palavras e atos como Jesus e dá-nos a entender que eles o acompanhavam por onde ia.

A história nos mostra grandes exemplos de pessoas que “arrebataram” multidões com seus discursos, porém, nenhum deles falou com tamanha autoridade e grande amor como Jesus.

Em se tratando do conhecimento humano sobre a arte de liderar, observamos que a capacidade de influenciar e mobilizar pessoas em prol de um objetivo comum é o que diferencia um grande líder de um chefe comum e todos aqueles que o fizeram, tinham algo a oferecer à multidão que os seguia.

Líderes como Martin Luther King, Abraham Lincoln, Mahatma Gandhi, entre outros, tiveram multidões de seguidores e todos tinham algo a oferecer ao povo.

Em contraste com os dias atuais, onde os influencers possuem milhões de seguidores nas redes sociais eu lhes pergunto: “O que tais pessoas estão oferecendo à multidão que os segue?”

Existem duas opções básicas a esta pergunta: “Pão e circo…”

No link abaixo você tem uma história sobre esta expressão.

https://www.romapravoce.com/pao-e-circo-panem-et-circenses/

1 – JESUS E A MULTIDÃO

Conforme estudado em lições anteriores, as palavras proferidas por Jesus eram completamente diferentes das que os judeus estavam acostumados a ouvir dos líderes religiosos e isto lhes chamou a atenção, despertando o desejo de seguir o Mestre.

É impressionante notarmos que é incomum o fato de 5 mil pessoas se reunirem para ouvir o que um homem está dizendo e isto nos mostra como o Evangelho é poderoso.

O apóstolo Paulo, um dos maiores líderes do cristianismo, deixou claro que as palavras que proferia eram as mesmas que Jesus proferira anos antes.

“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.” (1 Co 2.4,5 – ARC)

Jesus e Paulo não eram políticos manipuladores, nem tampouco filósofos que detiam-se a ludibriar os mais incautos, ou seja, aqueles que não possuíam o conhecimento necessário para avaliar com cautela aquilo que estava sendo dito.

O que Jesus e seus discípulos se propunham a oferecer à multidão era um alimento espiritual que lhes preenchia a alma e o espírito, a cura para suas doenças e, quando necessário, o alimento para seus corpos.

Isto deixa claro que o interesse do Senhor é genuíno e que nada do que ensina tem como pressuposto a manipulação.

Infelizmente, a história nos mostra que muitos religiosos se perderam em meio ao poder, ao dinheiro e ao sexo, criando subterfúgios para enganar a multidão, como foi o caso das indulgências.

Vendiam “pedaços” do céu e ainda concediam a escritura para os incautos…

É triste ver que a ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana) continua promovendo as indulgências, ainda que seja de forma velada.

No link abaixo você conhecerá um pouco sobre esta situação.

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45291718 

Muitas pessoas nos perguntam quais são os motivos que levaram o cristianismo a ultrapassar 2000 anos de história e a resposta é simples. O cristianismo é a vida de Cristo nas pessoas que o seguem. Como Cristo não morreu, o cristianismo não poderá morrer.

1.1 – Atento às necessidades da multidão

Jesus andava por toda a região da Judéia e Galiléia e observava o comportamento das pessoas que o seguiam, pois, além de ser um homem atento, é Deus.

O evangelista Marcos, escrevendo a respeito da segunda multiplicação de pães e peixes, escreve o seguinte.

“Naqueles dias, havendo mui grande multidão e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos e disse-lhes: Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não têm o que comer. E, se os deixar ir em jejum para casa, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.” (Mc 8.1-3 – ARC) 

Observemos que o Mestre fala sobre as necessidades físicas neste texto, deixando claro que estava atento ao que acontecia.

Se observarmos o que o evangelista escreve sobre este episódio, veremos que Jesus havia curado os enfermos que o estavam seguindo.

“E Jesus, saindo, viu uma grande multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.” (Mt 14.14 – ARC) 

Isto reforça o que ensinamos sobre o fato de Jesus prestar atenção nos detalhes. 

O ponto mais importante deste texto é que o Mestre disse aos discípulos, após estes relatarem a Ele que as pessoas estavam com fome, que eles deveriam providenciar alimento para o povo faminto, porém, conforme lemos no texto, é que não existiam condições humanas favoráveis para que isto acontece, haja vista, a multidão ser muito grande.

Jesus sabia que não havia condições humanas para que o povo fosse alimentado, porém, desejou mostrar aos discípulos que a compaixão deveria acompanha-los por onde fossem.

Em segundo lugar, Jesus ensinou aos discípulos sobre a importância da oração feita com fé e com base no poder de Jesus, mas eles só colocaram esta fé em ação, após o batismo no Espírito Santo, descrito em Atos 2.

O texto de Atos 3 nos mostra que os apóstolos aprenderam a lição de uma forma magnífica. 

“Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ele, vendo a Pedro e a João, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com João, fitando os olhos nele, disse: Olha para nós. E olhou para eles, esperando receber alguma coisa. E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.  E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus.” (At 3.1-8 – ARC)

Será que estamos atentos às necessidades da multidão que se encontra distante de Deus?

Será que temos nos colocado como servos cheios de compaixão para com os necessitados?

Será que a Igreja está colocando em prática o que Jesus ensinou?

1.2 – No meio da multidão, mas atento às necessidades

Este subtópico nos mostra que no meio da multidão existem muitos tipos de pessoas e todas tem uma história e uma situação, porém, alguns deles alcançarão as bençãos do Senhor por estarem atentos às oportunidades.

Existem duas histórias marcantes a respeito deste assunto na Bíblia Sagrada.

A primeira está descrita na lição e nos remete a um pai que estava desesperado por ver seu filho ser massacrado por um espírito imundo.

“E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo;  e este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai-se secando; e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam. E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo. E trouxeram-lho; e, quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência; e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, espumando. E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade. E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: sai dele e não entres mais nele. E ele, clamando e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.” (Mc 9.17-27 – ARC)

A Bíblia não relata que aquele “um da multidão” teve privilégios por ser da classe social mais abastada, mas pelo fato de sair do meio da multidão e apresentar-se diante de Jesus.

Não sabemos o nível de desespero vivenciado por aquele pai, mas sabemos que isto o incomodou de tal forma que lhe deu a força para sair do meio do povo para alcançar Jesus.

É importante mencionarmos que o homem teve fé em Jesus e creu que Ele poderia libertar seu filho. Isto nos fala de fé e atitude ou ação.

A segunda história é descrita por Mateus, no capítulo 8. Esta história não fala sobre uma multidão, mas demonstra uma atitude especial de alguém que resolveu indagar Jesus, indo ao seu encontro quando entrava em Cafarnaum.

“E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde. E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado sarará, pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.  E maravilhou-se Jesus, ouvindo isso, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” (Mt 8.5-10 – ARC) 

Jesus não tinha nenhuma obrigação de ouvi-lo, nem tampouco de orar por ele, porém, por causa da compaixão, o fez.

É triste reconhecer que existem pessoas capazes de negar uma oração ou um conselho a outrem e não estamos falando de novos convertidos ou pessoas sem experiência com Deus, mas, de obreiros…

O escritor aos hebreus nos traz um texto maravilhoso a respeito deste assunto.

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hb 4.15,16 – ARC)

Em outra tradução:

“Este nosso Supremo Sacerdote compreende as nossas fraquezas, visto que Ele teve as mesmas tentações que nós temos, ainda que Ele nunca cedeu a elas nem pecou. Portanto, vamos ousadamente até o próprio trono de Deus e permaneçamos lá para recebermos a sua misericórdia e acharmos a sua graça para nos ajudar em nossos tempos de necessidade.” (BV)

1.3 – Não permita que a multidão atrapalhe a sua busca por socorro

O segundo caso é descrito por Marcos como uma mulher com um fluxo de sangue ininterrupto.

“E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava. E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. Porque dizia: Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar já curada daquele mal.” (Mc 5.24-29 – ARC)

Da mesma forma que nas histórias anteriores, existia uma multidão e, entre ela, alguém que irrompeu, ou seja, agiu inesperadamente.

A Bíblia também não revela nada sobre uma posição privilegiada desta mulher, mas deixa claro que sua atitude foi de fé e ação.

O versículo 30 deste texto nos mostra que Jesus não viu a mulher, porque ela só o havia tocado, porém, fez questão de anunciar que alguma coisa havia acontecido para deixar claro que houve uma fé muito grande.

Precisamos compreender que o Cristo jamais nos abandonará e que sempre estará disposto a nos abençoar, pois sabe exatamente o que precisamos, porém, nem sempre temos a fé e a atitude correta diante de Jesus para nos achegarmos a Ele ou o tocarmos de forma espiritual.

Será que temos buscado ao Senhor da mesma forma que esta mulher fez?

Temos o hábito de orar somente por situações que não são passíveis de solução por métodos humanos, porém, o mesmo Deus que ressuscita mortos pode curar um coração partido por um relacionamento infrutífero ou uma simples dor de cabeça.

Aproveite o ensejo para conversar com os alunos sobre este assunto e pergunte se eles possuem o hábito de orar por tudo o que lhes é apresentado. Você verá que a maioria dos crentes não tem este hábito.

Se levarmos em consideração o fato de que algumas dores são causadas por opressão maligna, deveríamos orar com mais frequência.

Outro ponto importante é orarmos e obedecermos ao Senhor quanto a não estarmos ansiosos por “coisa alguma”.

Paulo escreve sobre isto em sua carta aos filipenses.

“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Fp 4.6,7 – ARC)

Em outra tradução:

“Não vivam preocupados com coisa alguma; em vez disso, orem a Deus pedindo aquilo de que precisam e agradecendo-lhe por tudo que ele já fez. Então vocês experimentarão a paz de Deus, que excede todo entendimento e que guardará seu coração e sua mente em Cristo Jesus.” (NVT) 

O ensino de Paulo é claro sobre NÃO FICARMOS ANSIOSOS, porém, ao invés de descansarmos no Senhor, começamos a nos preocupar com o que poderia acontecer, perdemos o foco e a fé e o conselho de Paulo é que paremos de dar foco a tais preocupações e comecemos a orar.

2 – AS MULTIDÕES QUE SEGUIAM JESUS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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