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10/02/2023
“Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.” (Mc 11.24)
Mc 2.1,3,5-7,10,11
1.E, alguns dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
3.E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
5.E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6.E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seu coração, dizendo:
7.Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
10.Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao paralítico),
11.a ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
O ministério terreno de Jesus foi repleto de milagres e o povo judeu pôde reviver experiências tão comuns aos Pais da fé.
O propósito principal de Jesus é buscar e salvar os que se perderam (Mt 18.11), porém, no meio destes existem muitos que precisam de soluções que somente Jesus pode oferecer.
O evangelista Lucas descreve detalhadamente quais eram os propósitos de Jesus, fazendo menção ao que o profeta Isaías dissera, 700 anos antes do nascimento do Messias.
“O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.” (Lc 4.18,19 – ARC)
Enquanto esteve neste mundo, Jesus trabalhou diuturnamente para cumprir seu propósito para com a humanidade, especialmente para com os judeus.
Sendo assim, os milagres experimentados por aquele povo foram surreais e demonstraram que Jesus é o Messias prometido.
Quando Nicodemus foi ver Jesus, as palavras que ele disse demonstraram que havia fé e que os sinais e prodígios que o Mestre fazia lhes chamara a atenção.
“E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.” (Jo 3.1,2 – ARC)
Existe um propósito específico na realização dos milagres e Jesus falou sobre isto claramente.
“Então, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e milagres, não crereis.” (Jo 4.48 – ARC)
A Bíblia revela que Jesus fez muitos milagres e 35 destes são descritos nos quatro Evangelhos.
De acordo com o escritor aos hebreus, a fé pode ser conceituada da seguinte forma:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” (Hb 11.1 – ARC)
Em outras traduções:
“A fé é a garantia do que se espera e a prova do que não se vê.” (Almeida Século 21)
“A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.” (NTLH)
“QUE É A FÉ? É a convicção segura de que alguma coisa que nós queremos vai acontecer. É a certeza de que o que nós esperamos está nos aguardando, ainda que o não possamos ver adiante de nós.” (BV)
A palavra fé, do latim “fides” é traduzida pelo Dicionário Priberam das seguintes formas:
Se analisarmos a proposta apresentada pelo escritor aos hebreus e associá-la aos conceitos do dicionário, chegaremos à conclusão que a fé é a certeza de que alguma coisa vai acontecer, ainda que não tenhamos condições para realizá-la.
Este conceito foi amplamente explicado por Jesus aos discípulos e experimentado por eles.
O teólogo americano Norman Champlim nos traz algumas informações importantes a respeito da fé.
“Em seu uso mais amplo, a palavra ‘fé’ representa pelo menos quatro ideias: 1. Pode indicar a fé pessoal em Deus. Esse é o aspecto mais comum da fé, que pode ser subdividido em três características: a. A fé salvadora, que é a confiança insuflada, nas promessas e provisões de Deus, no tocante ao Salvador, o que leva o indivíduo a estribar-se e a confiar naquele que é o único capaz de salvar, b. A fé servidora, que contempla como autêntico o fato dos dons divinamente conferidos e todos os detalhes concernentes às determinações divinas para o serviço. Essa fé é sempre uma questão pessoal, e nenhum crente deve ser o modelo para outro. A fim de que tal fé, com sua característica pessoal, possa permanecer inviolável, o apóstolo escreveu: ‘A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus’ (Rom. 14:22). Grande prejuízo resulta quando um crente tenta imitar a outro em questões de nomeação para o serviço, c. A fé santificadora ou sustentadora, que se apega ao poder de Deus quanto à vida diária. Trata-se da vida vivida em dependência a Deus, operando um novo princípio de vida. (Ver Rom. 6:4). O indivíduo justificado, que se tornou o que é, devido à fé, deve prosseguir e viver segundo o mesmo princípio de total dependência a Deus. 2. A fé também pode ser um anúncio doutrinário, na forma de credo, que algumas vezes é distinguida como ‘a fé’. Cristo fez a seguinte indagação: ‘Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará porventura fé na terra?’ (Luc. 18:7; conf. Rom. 1:5; I Cor. 16:13; II Cor. 13:5; Col. 1:23; 2:7; Tito 1:3 e Judas vs. 3). 3. A fé pode significar fidelidade, o que subentende que o crente é fiel para com Deus. Essa é uma característica insuflada por Deus, pois aparece como uma das nove graças que, juntas, compõem o fruto do Espírito (ver Gál. 5:22,23). 4. A fé pode ser também um título pertencente a Cristo, conforme se vê em Gál. 3:23,25, onde Cristo é visto como o objeto da fé. Apesar de que a fé, basicamente considerada, deve ser divinamente insuflada, sempre vai aumentando, segundo o avanço do conhecimento de Deus e a experiência da comunhão com ele. É natural que Deus não se agrade daqueles que nele não confiam (ver Heb. 11:6). De fato, a fé vindica o caráter de Deus e libera o seu braço para agir em favor daqueles que nele confiam. Assim, por causa das riquezas celestiais elevadíssimas que a dependência nos garante, esta é chamada por Pedro, em certo ponto, de ‘preciosa fé’”
Biblicamente, nossa fé deve estar focada em Jesus, pois Ele é o autor e consumador de nossa fé (Hb 12.2), ou seja, é Ele quem nos dá a fé e quem opera através dela.
Não existem condições de experimentarmos milagres se não tivermos fé e esta pode estar voltada para Deus, para pessoas ou circunstâncias.
Para compreendermos o parágrafo acima, devemos lembrar que o diabo tem condições de realizar prodígios e que a mente humana também pode fazer com que ocorram situações parecidas como milagres.
No tópico 2 falaremos com mais propriedade sobre este assunto.
Definitivamente, TODOS os seres humanos precisam de amigos e isto acontece pelo simples fato de sermos seres sociais.
Jesus teve 12 discípulos diretos e dentre estes, três estiveram presentes na vida do Mestre nas ocasiões mais especiais.
As pessoas que não sabem dar valor às relações interpessoais geralmente possuem algum tipo de transtorno neuropsiquiátrico.
O evangelista Marcos narra um acontecimento marcante envolvendo o ministério de Jesus, que é a cura de um paralítico.
A tradução ARC não diz que as pessoas que levaram o paralítico até Jesus eram seus amigos, porém, outras traduções o fazem.
“Vários dias depois Ele voltou a Cafarnaum, e a notícia da sua chegada espalhou-se depressa pela cidade. Logo a casa onde Ele se achava ficou tão cheia de visitas que não havia espaço nem para mais uma pessoa, até do lado de fora. E Jesus pregava a Palavra a eles. Chegaram quatro homens carregando um paralítico numa esteira. Eles não podiam chegar até Jesus por causa da multidão, e por isso fizeram um buraco no teto por cima de onde estava Jesus, e fizeram descer o homem doente na esteira bem na frente de Jesus. Quando Jesus viu como eles acreditavam tão intensamente que Ele socorreria o amigo deles, disse ao doente: “Filho, os seus pecados estão perdoados! ” (Mc 2.1-5 – BV)
Amigos são aqueles que se importam conosco, independentemente de terem algo a ganhar.
Os verdadeiros amigos estão dispostos a ajudar sempre que for necessário e são honestos a ponto de tecer críticas que farão as pessoas crescerem.
Diferentemente do que algumas pessoas afirmam, amigo não é aquele que não critica, mas aqueles que, se necessário, o fazem.
Um verdadeiro amigo sente falta do outro e continua sendo amigo ainda que a distância os impeça de se encontrar.
O Dicionário Priberam traz alguns conceitos interessantes sobre esta palavra.
Aqueles homens souberam que Jesus estava curando muitas pessoas e sentiram compaixão de seu amigo a ponto de carregá-lo até a presença do Mestre, porém, ao encontrá-lo, verificaram que não era possível chegar até sua presença da maneira tradicional, ou seja, através da porta.
Champlim traz um rico comentário a respeito deste assunto.
“SOMENTE MARCOS diz-nos que eram quatro-, mas, noutros aspectos, as narrativas são bem parecidas. Marcos diz-nos como esses homens chegaram à presença de Jesus, detalhes que os demais omitem, sem dúvida a propósito. Os necessitados chegavam, e continuavam chegando. Isso é elevado tributo a Jesus. Suas palavras e suas obras tinham o tom da autenticidade, e o povo via que para ele nada havia de difícil demais. Todos quantos confiam nele, aprendem isso; mas o homem é um ser decaído, que caiu tanto que sua recuperação não é fácil. Para o homem médio, é mais fácil duvidar do que crer. Outrossim, o mundo engana e desaponta, levando os homens a duvidarem. Notemos aqui, igualmente, a fé dos quatro homens e a simpatia dos mesmos. Eles compartilham de algo das atitudes de Jesus. A própria vida tem como seu propósito tornar os homens parecidos com Jesus. Somos Cristo em formação. Aqueles homens tornaram-se os «apoiadores de outros», visando-lhes o bem. Essa é a tarefa de cada indivíduo. Notemos o zelo deles. Nem multidão e nem eirado puderam fazê-los parar. Lembremo-nos de Mônica, que conduziu a Cristo seu grande filho, Agostinho. Ambrósio disse a ele; «Nenhum filho de tantas lágrimas pode ser finalmente perdido». E isso é verdade. Ela não cessou em sua persistência, até que Agostinho chegou-se a Cristo. Aqueles que levam outros a Cristo devem mostrar grande dose de zelo, porque a maioria dos homens virá apenas com relutância. O homem era um paralítico. Não podia ajudar-se a si mesmo. Ninguém busca a Deus. Primeiramente Deus deve buscar ao homem, por meio de Cristo; e então é mister que o indivíduo seja ajudado por outros, para que Cristo seja trazido com sucesso à sua vida.”
Sendo assim, subiram no telhado, arrancaram as telhas e desceram o amigo até a presença de Jesus.
De acordo com Champlim, existiam algumas características importantes nos telhados daquela região.
«OS TERRAÇOS, na Palestina, eram feitos de troncos de árvores novas, com ramos e gravetos espalhados por cima, com adobe de barro, tudo cozido ao sol. Marcos talvez tenha pensado em um terraço romano (tal como Lucas, em Luc. 5;19)». (Grant, in loc.). Lucas fala de um telhado de telhas. Talvez algumas das casas da Galiléia tivessem copiado esse estilo. Seja como for, certo trabalho teve de ser feito para que o aleijado chegasse diante de Jesus. Estavam dispostos a gastar a energia necessária para ajudar a um amigo. Nisso tudo está envolvido o amor. Essa é a virtude central, é o caminho mais rápido de volta a Deus. (Ver Gál. 5;22 quanto a notas completas sobre o « a m o r » . ) .Engenhosa persistência. Não esticamos o sentido dessa história quando paramos para admirar o engenho e a persistência daqueles homens. E nem exageramos quando vemos e sentimos nisso uma eloquente persuasão ao trabalho de evangelismo, no profundo significado daquele termo, trazer pessoas para que sejam curadas por Cristo. O engenho e a persistência são ambas qualidades necessárias. Quando descobriram que não podiam aproximar- se de Jesus por causa da multidão, não puseram o leito no chão para dizerem; ‘Bem, isso é tudo. Lamentamos, camarada, mas é difícil demais’. Pelo contrário, subiram e desmancharam eirado. Inconvencional e distintivo, para dizermos o mínimo. Mas eles tinham mentes de uma «gloriosa via única*. Resolveram levar o amigo deles a Jesus, e puseram-no diante dele. Através dos anos, a persistência engenhosa daqueles homens diz pata nós; ‘Quando um caminho está bloqueado, devemos experimentar outro’…O alvo de conduzir, uma vida até o toque curador de Cristo é tão grande que nada, nem mesmo eirados, deveria interpor-se no caminho». (Luccock, in loc.).”
Aquele ato foi sublime e demonstrou uma fé sobrenatural, pois eles fizeram o que lhes foi possível para que o impossível fosse feito por Jesus.
De forma simples, milagre é tudo aquilo que não pode ser realizados pelos meios tradicionais, nem tampouco pode ser explicado.
Foi exatamente isto que aconteceu naquela ocasião, pois, ainda que os amigos fizessem o necessário, somente Jesus poderia fazer o impossível.
Como cristãos, devemos amar as pessoas e uma das formas mais eficazes de agirmos desta forma é através da amizade.
O milagre descrito neste tópico é muito importante, pois demonstra que Jesus tem poder sobre a morte, que é a única barreira impossível para os seres humanos.
Por meio do desenvolvimento científico temos observado avanços imensuráveis nas diversas áreas, porém, nenhum ser humano conseguiu driblar a morte, que é o fim de tudo e de todos.
O texto de Marcos 5.21-43 nos conta a história da filha de Jairo, que era um judeu importante na cidade de Cafarnaum.
Aquele sincero Judeu foi até Jesus crendo que Ele poderia curar sua filha que estava muito doente (vv 23).
O texto nos mostra que ela estava a ponto de morrer (moribunda) e, ainda que Jesus tenha se prontificado a ir com Jairo até sua casa, a multidão o apertava e Ele foi parado pelo episódio da mulher do fluxo de sangue, demorando mais do que o tempo permitia.
Sabemos que Jesus é senhor de tudo e de todos e isto inclui o tempo e as circunstâncias e, ainda que aos olhos humanos parecesse que Ele havia demorado, o Senhor sempre age no momento correto.
Pouco tempo depois, uma comitiva chega até Jairo informando que sua filha havia morrido e é provável que seu semblante tenha desmoronado a ponto de Jesus nota-lo, porém, a resposta do Mestre foi direta.
Porém Jesus não fez caso dos comentários deles e disse a Jairo: “Não tenha medo. Apenas confie em Mim”. (Mc 5.36 – BV).
O que Jesus estava ensinando a todos os presentes naquele lugar é que TUDO estava sob seu controle e a menina seria salva.
O desfecho desta situação é maravilhoso e mostra que Jesus realmente tem poder sobre qualquer tipo de enfermidade, bem como sobre a morte.
Biblicamente, Jesus veio para salvar os judeus (Jo 1.11), porém, estes não lhe creram e a porta da salvação foi aberta a todos o que crerem Nele (Jo 1.12).
A mulher que incomodou Jesus não era judia, mas siro-fenícia, ou seja, alguém para quem Jesus não havia vindo a este mundo.
Além de mulher (as mulheres eram desprezadas pelos religiosos judeus), era estrangeira e as palavras de Jesus deixaram claro que seu ministério estava voltado para os judeus.
“Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” (Mc 7.27 – ARC)
Diante da fala de Jesus, aquela mulher demonstrou um nível de fé e sabedoria muito grande a ponto de impressionar o Mestre.
“Ela, porém, respondeu e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.” (Mc 7.28 – ARC)
Era como se a mulher dissesse: Eu sei que não mereço sua atenção, porém, me dá o que sobrar que eu tenho certeza que será o suficiente.
Esta atitude nos mostra que existem pessoas dispostas a tudo para seguir Jesus e isto tem um grande valor.
Outro ponto importante é que sempre existirá lugar em Jesus para as pessoas que são desprezadas pela sociedade.
Precisamos tomar o exemplo desta mulher e agir da mesma forma quando nos sentirmos desprezados, crendo que o Senhor pode nos alcançar, independentemente da situação em que estivermos.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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