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Betel Adultos – 1 Trimestre 2022 – 13-02-2022 – Lição 7 – Povo de Deus – ovelhas do Seu rebanho

11/02/2022

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei”. (Ezequiel 34.11)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ezequiel 34.17-20 

17 E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes. 

18 Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés? 

19 E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés. 

20 Por isso, o Senhor JEOVÁ assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Apresentar os tipos de ovelha no rebanho de Deus. 
  • Mostrar as ovelhas carentes de cuidados pessoais. 
  • Explicar o julgamento de Deus no meio do rebanho.

INTRODUÇÃO

Paz do Senhor.

A Bíblia é repleta de figuras de linguagem que são instrumentos da língua para facilitar o processo de comunicação e enriquecer o texto.

Estes recursos são expressivos e muito empregados para gerar efeitos nos discursos, ampliando a ideia que se pretende passar e que não seria possível com o uso restrito e literal das palavras.

Podem dar o efeito de exagero, ausência, similaridade, lirismo ou estranheza, priorizando a alteração da construção das sentenças ou a semântica (o significado) ou a sonoridade (a forma).

É de fundamental importância conhecer tais figuras de linguagem para que o processo de interpretação de textos seja realizado de forma correta.

Alguns exemplos de figuras de linguagem são:

Metáfora: A metáfora corre quando se faz qualquer comparação sem utilizar expressões que indiquem que uma comparação está sendo feita (“como”, “tanto quanto”, “parece”, entre outras). Exemplo:

Você tem uma pedra dentro do peito.

No exemplo, a metáfora serve para dizer que a insensibilidade de alguém é como um coração tão duro quanto uma pedra.

Metonímia: A metonímia ocorre quando se substitui um termo por outro. Essa substituição, porém, é feita pela proximidade de referências entre os dois termos.

Comeu o prato todo.

No exemplo, “prato” substitui o termo “comida”, que estava dentro do prato. A metonímia também ocorre com a omissão de termos, subentendidos por outros:

Adoro ouvir Caetano Veloso.

No exemplo, “Caetano Veloso” é o termo que equivale a: músicas do Caetano Veloso.

Hipérbole: A hipérbole corresponde ao uso intencional de expressões muito exageradas para  passar-se uma ideia.

Que demora! Estou esperando há séculos!

A expressão “há séculos” é um exagero para indicar que se estava esperando há muito tempo.

Personificação ou Prosopopeia: A personificação ocorre quando se atribui características humanas àquilo que não é humano, como objetos ou sentimentos.

Eu podia ver o cansaço rastejando-se no chão e vindo em minha direção.

Na frase, atribui-se um corpo à sensação de cansaço, que se rasteja em direção do eu-lírico.

Outro conceito importante e bastante presente na Bíblia Sagrada são as parábolas e, de forma prática, as parábolas bíblicas são histórias que podem ser reais ou fictícias que tem como objetivo explicar uma verdade espiritual.

O médico Lucas escreveu sobre a Parábola da ovelha perdida, utilizando algumas figuras de linguagem.

“E ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la? E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo; e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lc 15.3-7 – ARC) 

O evangelista Lucas conta-nos uma parábola mencionada por Jesus para explicar sobre a importância que os seres humanos têm para Deus.

A ovelha perdida é um ser humano que se perdeu (pecador) e o dono da ovelha é Deus ou Jesus.

Para compreender as parábolas bem como qualquer texto bíblico, faz-se necessário lermos todo o contexto e separar os participantes da história.

Existem uma técnica maravilhosa conhecida como 5 Ws e 2Hs, que será ensinada no curso que estamos preparando sobre O PROCESSO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS E A HERMENÊUTICA BÍBLICA, que é utilizada em vários setores com o intuito de facilitar a realização de qualquer tarefa.

Esta técnica utilizada 7 palavras em inglês, sendo 5 com W e 2 com H, conforme imagem abaixo.

Para realizar QUALQUER tarefa, fazemos as seguintes perguntas e buscamos as respostas no texto, no ambiente de trabalho ou em alguma situação.

  • What: O que é que você quer fazer? O que é o projeto? O que irá acontecer?
  • Why: Porque eu quero fazer isto? Porque eu preciso fazer isto?
  • Where: Onde será realizada esta tarefa? Onde o evento acontecerá? (Todos os dados são importantes).
  • Who: Quem é ou quem são as pessoas envolvidas neste projeto? Quem são os responsáveis.
  • When: Quando o evento acontecerá (Sempre utilizar datas completas – dia, mês, ano, hora).
  • How: Como isto acontecerá? De que forma isto acontecerá? Como será o evento?
  • How Many: Quanto isto custará (Custos totais, específicos, por tarefas, por objetivos, por setores).

Faça o teste com o texto mencionado acima e extraia o maior número de informações possíveis dele e depois repita o exercício com outra área da sua vida.

Você verá que a compreensão ficará muito mais fácil.

Outro assunto importante no tocante ao processo de interpretação de textos bíblicos são os tipos e os antítipos.

A Wikipedia traz um conceito simples e de fácil compreensão sobre a tipologia bíblica.

“A Tipologia na teologia cristã e na exegese bíblica é uma doutrina ou teoria relativa a relação entre o Antigo Testamento com o Novo Testamento. Eventos, pessoas ou declarações no Antigo Testamento são vistos como tipos pré figurados ou substituídos por antítipos, eventos ou aspectos de Cristo ou de sua revelação descritas no Novo Testamento. Por exemplo, Jonas pode ser visto como o tipo de Cristo em que emergiu da barriga do peixe e, portanto, pareceu ressurgir da morte. Na versão mais completa da teoria da tipologia, todo o propósito do Antigo Testamento é visto como meramente a provisão de tipos para Cristo, o antítipo ou cumprimento. A teoria começou na Igreja Primitiva, teve sua maior influência na Alta Idade Média e continuou a ser popular, especialmente no Calvinismo, após a Reforma Protestante, mas em períodos subsequentes lhe foi dada menor ênfase.” 

Desta forma, é preciso compreendermos as linguagens utilizadas pelos homens que escreveram a Bíblia, para que consigamos obter êxito no processo de interpretação.

O profeta Ezequiel nos mostra que o Senhor chamou os judeus de “ovelhas de seu pastoreio”, deixando claro que estava falando do povo e não de animais irracionais.

Aprenderemos mais sobre as ovelhas para que possamos compreender em que sentido somos comparados a tais animais.

1 – O POVO DE DEUS COMO REBANHO DE OVELHAS

A Bíblia mostra que as ovelhas são utilizadas como figuras de linguagem para referir-se aos seres humanos e o pastor das ovelhas ao Senhor ou aos cuidadores do povo de Deus.

Quando estudamos sobre as ovelhas (animais), aprendemos muito sobre seu comportamento e conseguimos visualizar os motivos pelos quais a Bíblia utilizada esta comparação.

O teólogo brasileiro E. Bosetti, traz uma rica contribuição sobre este assunto. 

“A Bíblia tem uma visão dinâmica de Deus como pastor que vai adiante do seu rebanho. “Ele sabe como ser pastor: é pastor no pleno sentido da palavra, porque sabe sê-lo em qualquer eventualidade. O importante na cultura bíblica não é o uso formal de um título, mas o destaque de um “comportamento”. Portanto, Deus se comporta com seu povo como o “bom pastor” com seu rebanho.”

Deus como pastor que conduz e guia, traz à mente a imagem do “bom pastor” que caminha diante das ovelhas (Jo 10.4). O uso metafórico dos verbos, “conduzir e guiar” transfere para os planos políticos, éticos e religiosos a função de guia que o pastor exerce em relação ao seu rebanho. No hebraico o verbo “nahag” tem o sentido de “conduzir ovelhas”. Já o verbo “nahal” é “guiar”, isto é dirigir no sentido pastoril. Do ponto de vista teológico e pastoral esses verbos indicam a experiência de ser guiado e conduzido por Deus. Experiência que marcou para sempre a história de Israel em sua peregrinação pelo deserto.

De acordo com Bosetti, o livro do Êxodo nos dá algumas diretrizes sobre o Deus pastor.

“No livro do Êxodo, “conduzir e guiar” estão juntos formando um conjunto em unidade “nahag-nahal”: “Com tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade (Êx 15.13)”. O entendimento de Deus como pastor que conduz e guia pode ser visto a partir dos relatos mais antigos relacionados à linhagem do patriarca Jacó (Gn 48.15 e 49.24). A primeira indicação está relacionada com o “contexto da adoção e bênção dos filhos de José” (Gn 48.1-28) e sugere o entrelaçamento de dois componentes: de um lado, a vida nômade da família de Jacó (v. 15a) e, de outro, a concepção de um Deus que se solidariza com a história e com o modelo sócio cultural do nomadismo; justamente um Deus-pastor (15b). Já o segundo texto está relacionado ao fato das “bênçãos-oráculos” “que Jacó proferiu sobre cada um de seus filhos”.

Na tradição profética pode se perceber duas posições. O profeta Oséias destaca o lado rebelde do povo que não se deixa ser guiado, portanto, só lhe resta o lamento: Como vaca rebelde, se rebelou Israel; será que o Senhor o apascenta como a um cordeiro em vasta campina? (Os 4.16).

O profeta Isaías retoma a figura  do Deus-pastor e canta com júbilo o retorno a Sião na perspectiva do povo que há de ser guiado: Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará ao seio; as que amamentam ele guiará mansamente (Is 40.11).

O profeta Ezequiel nos mostra um Deus que se preocupa tanto com as ovelhas a ponto de condenar os pastores pelos maus tratos dispensados a elas, haja vista, serem eles os responsáveis pelo cuidado.

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas”. (Ez 34.1-3 – ARC) 

Será que podemos aplicar este texto às situações vivenciadas em algumas igrejas? Será que existem “pastores” que possuem este tipo de comportamento?

“Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”. (1 Pe 5.1-3 – ARC) 

1.1 – Algumas características de uma ovelha

As ovelhas são animais bem interessantes e simples.

Além disto, são dóceis e obedientes, porém muito ingênuas, por isto, o pastor deve estar sempre prestando atenção a todas elas, pois é muito comum elas se perderem do grupo por uma distração qualquer.

A domesticação das ovelhas tem origem nos tempos longínquos do A.T. e os judeus possuíam uma grande habilidade para trabalhar com elas. Existem evidências históricas de 9000 a.C.

No link abaixo você encontrará um relato sobre este assunto.

https://meusanimais.com.br/a-domesticacao-da-ovelha/

As ovelhas são animais medrosos e, por causa da domesticação, acostumaram a ser criadas e cuidadas pelos pastores. Se não sentirem o cheiro, não verem nem ouvirem seu pastor, ficam tão assustadas que correm sem rumo podendo cair ou sair do aprisco.

É praticamente um dos únicos animais no mundo que não sabem se defender de predadores, nem lutar por suas vidas.

As ovelhas vivem infestadas de moscas e estas não as deixam se alimentar direito, como não conseguem se livrar dos insetos e vem daí a necessidade da utilização do óleo.

Ovelhas possuem mais de um estômago e comem durante o dia todo. A noite elas costumam brincar de dar cabeçadas umas nas outras e normalmente alguma cai e não consegue se levantar, se não conseguir se levantar, em poucas horas estará morta, pois seu estômago irá comprimir seus pulmões, por isso durante a noite o pastor passa algumas vezes no aprisco e levanta as ovelhas caídas.

A Bíblia compara os judeus e os cristãos a ovelhas por causa de diversos aspectos e é bom lembrarmos que não somos comparados a bodes, nem a carneiros ou cordeiros, simplesmente por causa do comportamento destes animais.

Vários profetas utilizaram a comparação com as ovelhas, porém, Ezequiel traz a visão do Deus que cuida das ovelhas e isto traduz o cuidado que o Senhor tem para com seu povo.

1.2 – A ovelha conhece seu pastor

Em uma das revelações de Deus a respeito do Messias para o profeta Isaías, é que Ele seria chamado de Emanuel.

“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Is 7.14 – ARC).

Emanuel não se refere ao nome propriamente dito, mas, a uma característica que seria marcante no Messias.

Jesus é o Deus que tabernaculou no mundo, ou seja, se tornou presente.

O apóstolo João escreve sobre isto no Evangelho que leva seu nome.

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. (Jo 1.14 – ARC)

Em outra tradução:

“Cristo tornou-Se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dEle – a glória do Filho único do Pai celeste”! (BV)

A palavra grega para habitou é “eskenosen” e significa tabernaculou, trazendo a imagem do Tabernáculo de Moisés, onde estava a Arca da Aliança e onde o Senhor se manifestava.

A ideia transmitida por João é exatamente a do Emanuel, pois, o próprio Deus “desceu” e morou entre os seres humanos e durante 3,5 anos ensinou 12 homens sobre como o Pai deseja que nos portemos diante desta sociedade.

Os judeus sempre foram individualistas e segregacionistas, ou seja, não se misturam com outros povos e nações. Por isto, eles não são povos missionários.

Porém, Jesus lhes ensinou sobre o relacionamento pessoal que Deus deseja ter com os seres humanos.

O livro de Atos nos mostra que os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez na cidade de Antioquia (At 11.26) e isto aconteceu porque aqueles homens se comportavam como o Mestre.

Quando João escreveu sobre o pastor das ovelhas no capítulo 10 do evangelho, ele demonstrou a preocupação de Jesus em se aproximar das ovelhas, ser conhecido delas e conhecê-las.

Isto demonstra mais uma vez o Emanuel em ação, sendo Deus conosco.

A ciência nos mostra que as ovelhas domésticas confiam plenamente em seu pastor e não se deixam ser levadas por outra voz, pois, sabem que estarão seguras se forem guiadas por ele.

Da mesma forma, os seguidores de Jesus sabem que Ele SEMPRE tem o melhor para suas vidas e, por isto, devem confiar.

Precisamos abrir um parêntese neste estudo para escrever algo muito importante.

“O grande problema dos cristãos não é descobrir a vontade de Deus, mas, aceitá-la”.

Se somos de Deus (1 Jo 5.19) e o conhecemos, devemos fazer como as ovelhas, segui-lo para onde ele nos guiar.

O salmista escreveu sobre isto de forma esplendorosa no Salmo 23.

“O SENHOR É O meu pastor. Ele me dá tudo de que eu preciso! Ele me leva aos pastos de grama bem verde e macia para descansar. Quando sinto sede, Ele me leva para os riachos de águas mansas. Ele me devolve a paz de espírito quando me sinto aflito. Ele me faz andar pelo caminho certo para mostrar a todos quão grande Ele é. Eu posso andar pelo vale escuro, onde a morte está bem perto; mas continuo tranquilo e não sinto medo. Tu, Senhor, me guias e proteges constantemente! Preparas uma refeição deliciosa para mim, na presença dos meus inimigos. Tu me recebes como um convidado de honra; e a minha vida fica cheia das tuas bênçãos! Eu tenho absoluta certeza de que a tua bondade e o teu amor cuidadoso me acompanharão todos os dias da minha vida, sim; eu viverei na presença do Senhor para sempre”! (Sl 23 – BV)

O escritor aos hebreus nos mostra que Jesus pode se compadecer de nós, pois, vivenciou experiências como um ser humano.

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. (Hb 4.15,16 – ARC)

1.3 – A ovelha ouve e segue o pastor

Se a ovelha conhece a voz de seu pastor e sabe que aquela voz lhe traz segurança, não existe motivo para não a seguir.

Por mais simples que estes animais sejam, seu instinto lhes mostra que existe segurança naquela voz e naquela pessoa.

Jesus disse que o ladrão vem para roubar e precisamos deixar claro que este texto NÃO fala sobre o diabo e sim, sobre os mercenários, ou seja, os falsos pastores.

Basta ler o texto para chegarmos a esta conclusão.

É bem verdade que a figura por trás de tudo isto é o diabo, mas, não podemos afirmar o que o texto não mostra.

O teólogo alemão Werner de Boor nos traz um rico comentário sobre este assunto.

“Jesus contrapõe ao verdadeiro pastor a figura oposta do mero assalariado. Estamos acostumados ao termo mercenário, que por causa de experiências dolorosas com imprestáveis e covardes pastores da igreja de Jesus possui uma conotação pejorativa e depreciativa. Jesus, porém, usa uma expressão bem neutra, e cumpre que a ouçamos como descrição objetiva. O misthotos é o assalariado, uma pessoa que por determinado salário realiza determinado trabalho. Em decorrência, ele também pode ser contratado como assalariado para pastorear as ovelhas. As ovelhas não lhe pertencem, não possui um interesse real por elas. Cuida delas como é seu dever, mas não se considera obrigado a empenhar sua vida. Quando a fera se aproxima, ele abandona as ovelhas e salva a sua vida. Quem o criticaria por isso? Deveria ele arriscar seus membros sadios ou sua vida por um parco salário diário e por animais de outros? O assalariado, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge e o lobo as arrebata e dispersa porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. É claro, embora não se possa criticar um assalariado por um comportamento desses, para as ovelhas é maléfico estar entregues meramente a um empregado contratado que as abandona no perigo. E se aquele que se deixou convocar para pastor passa a agir como mero assalariado, então o atinge com razão toda a condenação. Temos diante de nós uma autêntica parábola. Uma parábola não é uma alegoria. Por isso não é preciso explicar cada um de seus aspectos em particular. A chegada do lobo inicialmente descreve tão somente a ameaça ao rebanho. Contudo, podem estar caracterizadas por meio dele todas as ameaças externas e internas à igreja. Por isso também Paulo fala de inimigos humanos da igreja como de lobos. Por isso tampouco devemos em absoluto pensar  apenas em perseguições externas em que o assalariado foge. Ele também pode ficar observando sem reação distúrbios na igreja por heresias, porque ele teme as agruras e dores da luta e não quer arriscar seu renome teológico. Até pode realizar seu serviço na igreja a contento, mas ele não deixa de se igualar ao assalariado, que cumpre toda a sua obrigação, mas que no fundo não se importa com suas ovelhas e se esquiva da luta e do perigo. É preciso compreender a ilustração em forma bastante ampla, para que realmente nos confronte de modo ameaçador e exortador”. 

Infelizmente, muitos estão se passando por pastores nos dias atuais, enganando as ovelhas que são desprovidas de conhecimento e roubando-lhes toda a lã.

Por isto, é necessário que as ovelhas cresçam no conhecimento do supremo pastor (Os 6.3; 1 Pe 3.18).

Se algum empregado as tentar enganar, elas lembrarão que a voz pode ser parecida, mas, não é a mesma.

2 – OVELHAS DEBILITADAS

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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