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Betel Adultos – 1 Trimestre 2021 – 17-01-2021 – Lição 3 – Mardoqueu e sua integridade

13/01/2021

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Ester 3:2
2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ester 2:21-23
21 Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois eunucos do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram e procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.
22 E veio isso ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.
23 E inquiriu-se o negócio, e se descobriu; e ambos foram enforcados numa forca. Isso foi escrito no livro das crônicas perante o rei. (ARC) 

Ester 6:1
​1 Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Refletir sobre o valor da integridade; 
  • Apresentar a importância do discernimento; 
  • Extrair lições de Mardoqueu para os dias atuais.

NOTA

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INTRODUÇÃO

A Bíblia destaca em suas páginas mais um grande exemplo de integridade a ser imitado – Mardoqueu que em algumas traduções é também chamado de Mordecai.

O significado desse nome é incerto, embora pareça vinculado ao nome do deus pagão Marduque, que era uma das principais divindades da Babilônia, acredita-se que não seria este, o propósito do seu nome (de exaltar um falso deus).

Há dois personagens da Bíblia com esse nome. O primeiro, um homem que retornou do cativeiro babilônico em companhia de Zorobabel e Josué, tendo fixado residência em Jerusalém (Es 2.2; Ne 7.7); o outro, o primo da Rainha Ester, descrito no livro de Ester e de quem iremos abordar.

A Bíblia registra que esse Mardoqueu ou Mordecai era filho de Jair, descendente de Quis, o benjamita.

Residia em Susã, a metrópole da Pérsia, depois que fora deportado para a Babilônia, por Nabucodonosor (Et 2.5-6). Portanto, Mardoqueu, de origem judia habitava na Pérsia; era forasteiro em terras estrangeiras.

Norman Russell Champlin observa que o livro de Ester foi escrito a fim de encorajar o remanescente dos exilados judeus, lembrando-os da fidelidade de Deus, que cumpriria as Suas promessas, feitas a nação desde tempos remotos (Gn 12.1-3). O autor sacro estava descrevendo a infalível preservação, por parte de Deus, a Seu povo (grifo meu).

Deste modo, Mardoqueu se levanta como alguém confiante nas promessas divinas mesmo diante das diversas intempéries que ele e seu povo experimentavam em terras, cujo povo era de costumes estranhos aos que havia aprendido e conhecia.

1 – MARDOQUEU E SUA INTEGRIDADE

Etimologicamente, a palavra integridade procede do latim integritas para referir-se à retidão e pureza de alguém; associando-se ao adjetivo integer do latim, sobre a ideia do intacto, identificando o prefixo in-, por privar ou negar; e o verbo tangere, que indica a ação de tocar, com raiz no indo-europeu tag. Deste modo, a integridade compreende a ideia de uma pureza, que não foi influenciada ou alterada.

Sem dúvida, é uma das virtudes mais valorizadas entre os seres humanos, pois garante absoluta retidão sobre aqueles que praticam essa ação e desprendem de nossa confiança, sabendo que não nos desapontará.

A pessoa integra age com base nos princípios destinados à realização do bem e bem-estar comum e não se afasta deste caminho mesmo em contextos adversos. Exatamente o que podemos observar ao lermos sobre Mardoqueu nos textos do livro de Ester.

O íntegro faz o que lhe corresponde e não só o que lhe convém, respeita a si mesmo, aos outros e sabe dominar as emoções para que não seja traída.

O dicionário da língua portuguesa traduz integridade como sendo particularidade ou condição do que está inteiro; qualidade do que não foi alvo de diminuição; inteireza. Em sentido figurado traduz-se por:

  • Característica da pessoa que é íntegra; qualidade de quem é honesto; que é incorruptível.
  • Cujos comportamentos ou ações demonstram retidão; honestidade;
  • Atributo da pessoa inocente; qualidade de quem é puro; castidade ou inocência.

A biblioteca bíblica oferece interessante informação acerca do termo integridade no hebraico. A tradução de tōm, “simplicidade”, “solidez”, “completude”, traduziu também “vertical”, “perfeição”. Seu sentido original aparece na frase letōm (1Rs 22:34; 2Cr 18:33), “Um certo homem desenhou seu arco em um empreendimento “margem” hebraico, em sua simplicidade” (compare 2Sa 15:11 “em sua simplicidade”). É traduzido como “integridade” (Gn 20.5, 6; 1Rs 9.4; Sl 7.8; 25.21; 26.1, 11; 41.12; 78.72; Pv 19.1; Sl 20.7), em todos os lugares parece levar o significado de simplicidade, ou sinceridade de coração e intenção, veracidade, retidão. No plural (tummım) é uma das palavras no peitoral do sumo sacerdote (Êx 28.30; Dt 33.8; Es 2.63; Ne 7.65), um dos lotes sagrados, indicando, talvez, “inocência” ou “integridade” (Septuaginta alḗtheia). Outra palavra traduzida como “integridade” é tummāh, de tāmam, “completar”, “ser justo”, “perfeito”, somente em Jó 2.3, 2.1; 27.5; 31.6; Pv 11.3.

Em todas as vezes que Mardoqueu aparece na narrativa do livro de Ester, sua integridade também é apresentada, isto é, sua inteireza de coração e a incorruptibilidade estão destacadas.

1.1 – Integridade consistente em terra estranha

Devido as diversas violações da lei mosaica e principalmente a idolatria praticada, mesmo sob forte repreensão profética, o povo não se arrependeu. Desta forma, Israel (Reino do Norte) foi levado cativo pelos assírios e Judá (Reino do Sul), posteriormente, pelos babilônicos.

Explicando melhor, o reino estava dividido, assim, o reino do Norte, cuja capital era Samaria, foi primeiramente “levada” no ano 722 a.C. pelos assírios (todas as datas são aproximadas e podem divergir dependendo da fonte consultada).

A política expansionista dos assírios era diferente dos babilônicos, pois os primeiros traziam o seu povo para habitar nas terras conquistadas e junto com eles, também os costumes e a religião. A intenção era basicamente fazer o povo conquistado perder a sua identidade, os seus valores cívicos e religiosos.  Por isso nos tempos de Jesus, os judeus do Norte eram considerados um povo impuro para os judeus do Sul, pois haviam se misturado com os assírios. Essa mistura deu origem aos samaritanos.

Com a queda do império assírio, surgiu o império babilônico que no ano 605 a.C. invadiu o reino do Sul (Judá), cuja capital era Jerusalém, mas somente no ano 586 a.C. levou o povo para o cativeiro. Também foi neste ano que o general babilônico Nabusaradã, destruiu a cidade de Jerusalém ateando-lhe fogo. A política expansionista babilônica consistia em estabelecer um governador seu nas cidades conquistadas e normalmente levar cativa para as terras babilônicas a corte e seus descendentes; pessoas que eram consideradas importantes, inteligentes e aqueles que se destacavam por alguma capacidade. Lá essas pessoas serviam ao rei da babilônia, enquanto as pessoas mais fracas, idosas e sem destaques eram mantidas em seu território sob o governo estrangeiro.

No ano 536 a.C. surge um novo império que derruba o império babilônico. Trata-se do império Pérsico. No entanto, a política expansionista deste novo império era também diferente da política babilônica, pois os Persas permitiam que o povo cativo regressasse para as suas terras de origem, porém, o território conquistado, obviamente, estaria sob o seu comando.

Compreenda que o povo estava na babilônia e Ciro, o imperador Persa permite o retorno para a as terras de Israel, porém tal volta não era obrigatória, mas opcional ou voluntária. Alguns migraram para a Pérsia e outros que havia se estabelecido na babilônia preferiram permanecer no conforto de suas posses, dos relacionamentos constituídos, e dos comércios muito bem instalados e lucrativos. Voltar para Jerusalém significava recomeçar; reconstruir uma nação das cinzas; e tudo parecia muito mais difícil que manter-se onde tudo já estava organizado.

Mardoqueu permaneceu no cativeiro, porém a história do livro de Ester iria revelar que a sua permanência teria mais relação com os propósitos de Deus em preservar o seu povo do que um homem cujo coração estava inclinado as facilidades de um lugar sem grandes contratempos.

Vale ressaltar que o cativeiro babilônico foi a vara disciplinadora de Deus contra a rebeldia e a idolatria de um povo que foi chamado para servir, obedecer e cultuar ao único e verdadeiro Senhor.

A lição surtiu os efeitos esperados, pois a partir de então, os judeus mantiveram a sua fidelidade a Deus e Mardoqueu é um exemplo confiável, pois mesmo inserido em um universo pagão e completamente idólatra, ele manteve a sua integridade intacta; seu fervor espiritual não arrefeceu diante de um ambiente tão nocivo a fé em Deus.

Pastor César Roza salienta importante observação sobre a criação das sinagogas em tempos de cativeiro. O Templo, era o lugar das santas convocações, lá eram oferecidos os holocaustos, as ofertas e o culto a Deus, porém, após a invasão da Babilônia o templo foi saqueado e destruído. Desta forma, os que foram levados cativos para a Babilônia estavam longe não somente de sua pátria, mas também do lugar de adoração ao Deus verdadeiro – O TEMPLO. Para os que ficaram em Jerusalém, não houve diferença alguma, pois, o Templo estava aniquilado e seus utensílios saqueados.

O lugar era de tamanha importância para o judeu que mesmo cativo, Daniel deu mostras dessa verdade, pois o mesmo orava três vezes ao dia com as janelas de seu quarto abertas em direção a Jerusalém (Dn 6.10).

Uma vez o templo destruído e o povo distante do local de adoração, a necessidade dos piedosos judeus cativos em cultuar a Deus, os levaram a improvisar lugares para executarem os seus cultos. Desta forma então, surgiram as Sinagogas.

Strong conceitua também a palavra sinagoga da seguinte maneira: Ela vem da palavra grega συναγωγη sunagogee quer dizer:

1) Ajuntamento, recolhimento (de frutas);

2) no NT, uma assembleia de homens;

3) Sinagoga ainda seria mais detalhadamente, uma assembleia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembleia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos.

4) ainda se referia as construções onde aquelas assembleias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus (mínimo 10), tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.

Conclui-se que Sinagoga então, era um lugar separado para que o povo de Deus viesse a se reunir com o propósito de ler e explanar as Escrituras e obviamente, adorá-lo.

Este local tem uma finalidade específica e parece ter sido bem aceita por Deus, já que o próprio Jesus as frequentava (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.39; Lc 4.15,44; 13.10; Jo 18.20). Os apóstolos também costumavam estar presentes nelas (At 9.2,20; 13.5,14,43; 17.10; 18.4; 22.19; 26.11).

Imagino quantos de nós são facilmente convencidos a mudar o seu linguajar, suas atitudes quando estão no ambiente do trabalho ou da faculdade. Quantos não conseguem se manter íntegros quando estão fora da atmosfera da igreja. São como camaleões que se adaptam conforme o meio que estão inseridos.  A integridade da fé falha quando estão em “terras estranhas”.

Mardoqueu, mesmo distante da terra de Israel, dos costumes e do templo, teve a integridade da sua fé posta em prova e foi aprovado. E quanto a nós?

1.2 – Integridade na criação e acompanhamento de Ester

Do mesmo modo que Mardoqueu estava exposto aos costumes praticados pelo povo persa, Ester também, no entanto, destacamos a educação que este nobre servo do Senhor deu a sua prima a quem adotou por filha.

Mardoqueu transferiu a Ester os mesmos valores que aprendera de seus pais e o fez de maneira magistral, pois o reflexo da integridade dele pôde ser visto na vida de Ester.

Sua conduta obediente e respeitosa diante de Hegai e de outros revelava a inteireza do seu coração. Leiamos:

Ester 2:15
15 Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a tomara por filha, quando lhe chegou a vez de ir ao rei, nada pediu além do que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E Ester alcançou favor de todos quantos a viam. (Almeida Revista e Atualizada – grifo nosso)

O livro mostra-nos que Ester era bela, corajosa, diligente e engenhosa. No entanto, nenhuma dessas qualidades sobrepuja a sua integridade.

Vimos que integridade é a virtude de manter-se inteiro. Ester possuía valores inegociáveis. Nada do que fizera antes ou depois de assentar-se na cadeira de rainha da Pérsia quebrou ou fragmentou a sua fé e confiança em Deus. Ela se manteve inteira em seus princípios. Atribuímos grande parte dessa integridade demonstrada por Ester ao seu primo/pai Mardoqueu, pois como bom educador, transferiu através da educação, conceitos e fundamentos essenciais a jovem moça aspirante a rainha.

Mardoqueu é o alento e inspiração que famílias e principalmente os pais necessitam em tempos tão difíceis para educar os filhos. A boa educação criará um lastro permanente pelo qual sentiremos orgulho.

Certa vez ouvi alguém se expressar dizendo que se ensinarmos os nossos filhos a abrirem a Bíblia na sala de nossos lares hoje, não terão que abri-la em uma cela de prisão amanhã.

A sociedade como um todo investe pouco na educação que exalta os bons princípios. Falta incentivo em programas sociais que destaquem os valores familiares. Nossa cultura social está saturada de pensamentos e conceitos degenerados e pervertidos. Nossos filhos estão expostos a praticas de vida não condizente com o que a Bíblia ensina, por isso, é necessário um esforço ainda maior em educá-los nos santos e retos caminhos do Senhor (Pv 22.6).

Mardoqueu não se deixou influenciar por nada que pudesse atrapalhar ou prejudicar a educação de Ester.

O bispo Abner Ferreira afirma que Mardoqueu nos ensina que por intermédio da educação de Ester, a formação do bom caráter não é uma herança genética, mas deve ser ensinado e assimilado!

1.3 – Integridade na atitude para com o rei Assuero

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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