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Betel Adultos – 1 Trimestre 2021- 14-03-2021 – Lição 11 – Deus apresenta salvação ao cristão

12/03/2021

Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.” Ester 8.16

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ESTER 8.1,2;7,8 

1 Naquele mesmo dia, deu o rei Assuero à rainha Ester a casa de Hamã, inimigo dos judeus; e Mardoqueu veio perante o rei, porque Ester tinha declarado o que lhe era. 

2 E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado a Hamã, e o deu a Mardoqueu. E Ester pôs a Mardoqueu sobre a casa de Hamã. 

7 Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele enforcaram numa forca, porquanto quisera pôr as mãos nos judeus. 

8 Escrevei, pois, aos judeus, como parecer bem aos vossos olhos, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque a escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não é para revogar.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Conscientizar de que Deus atua a favor do seu povo. 
  • Ensinar que existem pessoas que são exemplos para nós. 
  • Explicar que Deus tem o melhor para Seus servos.

INTRODUÇÃO

Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.

Para compreendermos este assunto, precisamos reforçar um conceito muito bem estudado no assunto principal deste estudo, que é o sofrimento dos justos.

Em nenhum momento a Bíblia nos ensina que não teremos situações ruins pelo fato de nos tornarmos cristãos e existem vários versículos sobre este tema, porém, o mais marcante sobre este assunto foi dito pelo próprio Jesus.

“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”.(Jo 16.33 – ARC)

Eu outra tradução:

“Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo”. (NTLH)

Parar compreendermos que o Senhor é poderoso para nos abençoar, nos livrar, nos proteger, nos livrar e muito mais, precisamos nos conscientizar que NINGUÉM está isento de sofrimentos.

Isto é tão importante que o apóstolo Paulo escreveu aos romanos sobre o poder que o sofrimento tem em nos aproximar de Deus.

“…também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu”. (Rm 5.3-5 – NTLH)

Quando compreendemos que a vida do cristão está nas mãos de Deus, começamos a descansar Nele e orar para viver uma vida que abunde e transborde de Sua presença.

Isto é importante, pois, nem todos os problemas serão resolvidos, ou seja, existem, situações que nos são proporcionadas para que a glória de Deus se manifeste em nós, independentemente de recebermos a cura ou não.

Para alguns, a vitória é a morte, mas, para outros, a vitória é continuar vivo na presença do Senhor, glorificando seu nome em tudo que fizermos.

Desta forma, a teoria da prosperidade cai por terra, pois nem todos serão curados, libertos ou terão riquezas neste mundo, porém, TODOS aqueles que se entregarem ao Senhor sem reservas, viverão momentos maravilhosos em sua presença.

Existe um exemplo muito marcante sobre este assunto, que foi vivenciado pelo apóstolo Paulo.

“Erasto ficou na cidade de Corinto, e eu deixei Trófimo na cidade de Mileto porque ele estava doente”. (2 Tm 4.20 – NTLH)

Porque Paulo deixou Trófimo, um de seus discípulos doente? Porque ele não o curou através da oração da fé? Será que estava sem fé ou será que Trófimo não tinha fé suficiente para receber a cura?

Não podemos afirmar, mas este texto nos mostra que algumas pessoas não são curadas pelo simples fato de que o Senhor não deseja fazê-lo.

Paulo tinha o que ele chamava de “espinho na carne” e, apesar de não sabermos exatamente o que era, temos certeza que lhe perturbava, a ponto dele orar três vezes a Deus, pedindo que o livrasse daquilo, porém, o Senhor não o livrou e ainda disse que aquela situação tinha um propósito.

“Mas, para que não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, eu recebi uma doença dolorosa, que é como um espinho no meu corpo. Ela veio como um mensageiro de Satanás para me dar bofetadas e impedir que eu ficasse orgulhoso. Três vezes orei ao Senhor, pedindo que ele me tirasse esse sofrimento. Mas ele me respondeu: “A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco. ” Portanto, eu me sinto muito feliz em me gabar das minhas fraquezas, para que assim a proteção do poder de Cristo esteja comigo”. (2 Co 12.7-9 – NTLH)

O Senhor não o curou porque tinha um propósito naquela situação, assim como pode ter propósito em uma difícil situação vivenciada por nós.

Precisamos compreender isto, para que possamos ter paz no Senhor, a paz da qual ele falou.

No caso dos judeus que habitavam na Pérsia, o Senhor tinha propósitos em livrá-los, pois a história dependia disto.

Desta forma, através da oração, do jejum e da ação de Ester, o plano do Senhor foi cumprido na íntegra e aquele povo teve o direito de se defender da terrível ofensiva que viria contra eles.

Sendo Deus, o Senhor pode fazer o que quiser, pois, como o anjo Gabriel disse a Maria, haveria alguma coisa impossível a Deus?

1 – A BONDADE DE DEUS É IMINENTE

Depender do favor de Deus é algo sublime.

O salmista Davi sabia disto e diante de terríveis situações escreve um dos salmos mais marcantes de todo o saltério.

“O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR por longos dias”. (Sl 23 – ARC) 

O teólogo inglês Myer Pearlman nos traz um rico comentário sobre este salmo.

“O Salmo 23 é, sem dúvida, o mais conhecido e mais querido de todos os salmos. Nenhum outro salmo toca tão profundamente em nossas emoções. Fala da paz e serenidade tão profundas, que nem sequer a ameaça da sombra da morte pode perturbá-las. Aqui não há lugar para dúvidas, preocupações, medo e ansiedade. Não é de se admirar que esse salmo é citado para tranqüilizar as almas tanto dos vivos como daqueles que estão morrendo. Há nesse cântico sublime o inspirado conceito da confiança nos cuidados que Deus nos dedica, ilustrado pelo relacionamento entre o pastor e as ovelhas. Além desta ilustração principal, há também a que descreve o Senhor como guia do seu povo, e como hospedeiro dos seus fiéis”.

Após declarar que o Senhor era aquele que cuidava de todos os detalhes de sua vida, Davi termina este hino; pois um salmo é um hino; afirmando que acreditava que a bondade e a misericórdia do Senhor o seguiriam por todos os dias de sua vida.

Isto pode ser traduzido como fé, confiança e regozijo.

Como servos de Deus, precisamos ter a certeza de que Ele deseja o melhor para nós, ainda que momentaneamente não compreendamos.

Ester e os demais judeus acreditaram que o Senhor poderia livrá-los e Ele os livrou, não de serem atacados, mas durante o ataque.

Algo parecido com isto aconteceu com Daniel no episódio da “cova dos leões” e com Sadraque, Mesaque e Abede nego na fornalha de fogo ardente.

Ambos foram “condenados”, porém, o Senhor não deixou que nenhum deles fosse atingido.

1.1 – Deus jamais se esquece

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A Bíblia nos apresenta Deus como um pai e isto é claro tanto no A.T. quanto no N.T. e, afirmar que o conceito de Deus com pai é algo presente somente nos ensinos de Jesus é desconhecer a Palavra de Deus.

O profeta Isaías chama Deus de pai nos capítulo 63 e 64 e, apesar de serem contextos diferentes, a aplicação a alguém que se preocupa com seus filhos pode ser utilizada em ambos os testamentos.

No A.T. o Senhor havia escolhido um homem para que, através dele, houvesse uma nação que conhecesse o Deus Todo Poderoso e, no N.T., TODOS aqueles que são salvos por Jesus, podem ser chamados de filhos de Deus.

O teólogo americano Justin Holcomb escreve sobre esta questão e nos ensina algo importante.

“Na família israelita, o pai tem autoridade quase ilimitada. Ele é o mestre da casa; os filhos são ensinados a honrá-lo e temê-lo (Malaquias 1.6). Ele controla os outros membros da família como o oleiro controla o barro (Isaías 64.7). Ainda assim, ele não é um déspota isolado, mas o centro de onde emana a força e a vontade de toda a esfera que pertence a ele e a qual ele pertence… Para o israelita, o nome do pai sempre se traduz em autoridade”. 

No N.T. a filiação está condicionada à salvação em Jesus Cristo, assim como escreve o apóstolo João.

“Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome…” (Jo 1.12 – ARC)

A figura de um pai é inesquecível, pois está intimamente ligada ao cuidado, zelo, carinho e ensino.

Por este motivo, Jesus ensina seus discípulos e as pessoas que o escutavam sobre o cuidado de Deus para com aqueles que são seus filhos.

“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre. E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem”? (Mt 7.7-11 – ARC)

O conceito de paternidade era conhecido pelos judeus, porém, o Senhor desejava ensinar-lhes algo mais profundo, pois, aparentemente eles não haviam aprendido com o cativeiro.

O teólogo alemão Fritz Rienecker explica este texto de forma brilhante.

“Nesse trecho somos orientados de que não precisamos fazer grandes reflexões, mas simplesmente pedir, procurar, bater à porta. Essa é a nossa tarefa, o mais é obra de Deus. Está-nos sendo assegurado com clareza e sem margem de erro que, quando pedimos, receberemos, quando procuramos, encontraremos, e quando batemos, a porta nos será aberta. Entretanto, pode alguém contra-argumentar: Isso não combina com as nossas experiências! Muitas vezes, apesar de todas as nossas preces, apenas percebemos um grande silêncio de Deus! Nesse caso é preciso examinar se pedimos corretamente, se procuramos corretamente e se batemos corretamente, ou se estávamos preocupados somente com o nosso querido “eu” e seus interesses terrenos. Se foi assim, nossa oração, por mais insistente que seja, jamais chegará ao trono da graça. Não obstante, quando nossa oração rompe o domínio do próprio eu, então já nos foi preparado de antemão todo o “bem” em Cristo. Todas as boas dádivas já estão prontas para nós antes de pedirmos por elas. A obra redentora está consumada. – Pelas três repetições, “pedir, buscar e bater à porta” quer ilustrar a oração persistente e sincera. A última figura, do bater à porta, ressalta singularmente a sagrada majestade de Deus. Bater à porta é expressão do respeito que tenho pelos outros. Bater à porta significa que não posso “entrar” simplesmente, como costumo fazer na minha própria moradia, em que tenho liberdade de ir de um quarto ao outro sem ter de bater à porta. Diante da porta do outro, na qual estou batendo, inicia a área de domínio da outra pessoa. Esse domínio me impõe que eu pare diante da porta e, antes de passar, escute o chamado “Entre”! Do mesmo modo, a oração também é um bater e esperar pelo “Entre!” do outro. Pois, ao orar, aproximo-me do domínio da pessoa suprema, a saber, Deus, o Senhor. Aí é preciso parar, com reverência e humildade. É preciso escutar em silêncio, aguardando até que se ouça o “Entre!” e a porta seja aberta. – E a porta de fato se abre, sempre de novo, toda vez que eu vier! Cristo é a porta para o Pai. É esse o grande e precioso milagre da salvação, que ele é a porta e que eu posso entrar e falar com o Pai com grande liberdade e total confiança. A exortação para orarmos com insistência e persistência é enfatizada ainda nos v. 9-11, com uma parábola da vida diária. A partir do comportamento do pai terreno tira-se uma conclusão sobre o Pai nos céus. Jesus diz: É verdade que o ser humano em sua maldade pode causar dano ao próximo. Mesmo assim essa maldade não destrói o poder da prece persistente, porque o amor dos pais pelos filhos, inato nas pessoas, não é capaz de dar nada de mau ao filho. Como em relação a Deus fica completamente de lado qualquer pensamento de maldade, o pedido persistente dirigido a ele pode ter tanto maior certeza de ser atendido. A frase final: Quanto mais o vosso Pai nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem, representa uma salutar correção de todas as suposições falsas de “atendimentos de oração”. Deus, com toda a certeza, atende cada oração, só que não de acordo com o programa estabelecido por nós, e sim de acordo com a sua vontade. Essa sempre é, sem exceção, boa (cf. Rm 8.28)”. 

Aprouve ao Deus que se relaciona com seus servos de uma maneira paternal desejou salvar os judeus da Pérsia da destruição iminente e, para isto, usou Mardoqueu e Ester.

1.2 – Um Deus todo poderoso

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A primeira vez que esta expressão aparece na Bíblia é no capítulo 17 do livro de Gênesis, versículo 1.

“Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito”. (ARC)

Em outra tradução:

“QUANDO ABRÃO ESTAVA com noventa e nove anos de idade, o Senhor apareceu a ele, e disse: “Eu sou o Deus Todo-poderoso. Seja obediente a mim, e viva como Eu mandar”. (BV) 

O contexto em que este versículo está inserido apresenta Deus como aquele que daria um filho a um homem de idade avançada, que possuía uma mulher estéril e, para reforçar o quanto Ele era poderoso, foi dito a Abrão que sua descendência seria numerosa.

A expressão “todo poderoso” no hebraico é “El Shaddai” e não tem um sentido exato, porém, está sempre associado a promessas direcionadas às pessoas que forem fieis ao Senhor (28.3; 35.11; 43.14; 48. 3).

Foi este Deus que livrou os judeus do massacre promovido por Hamã.

O Bispo Abner dá a entender em seu comentário que Mardoqueu havia contribuído para salvar o rei de uma conspiração e por isto deveria ser honrado, porém, o texto bíblico não coaduna com este pensamento.

Não podemos afirmar algo que o texto não diz somente pelo desfecho de uma situação, ou seja, somente pelo fato do rei ter sido bondoso com Mardoqueu por tê-lo salvo daqueles conspiradores.

Existe uma tendência social em achar que tudo o que fazemos de bom deve ser colocado em um pedestal para que todos vejam e nos aplaudam, porém, o N.T. é contrário a isto.

Após Jesus proferir o Sermão da Montanha, Ele diz uma frase que destroi este falso conceito de fazer as coisas e esperar ser honrado.

“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus”.  (Mt 5.13-16 – ARC)

Os judeus, em especial, os fariseus; que eram os religiosos da época; gostavam de orar em voz alta na praça para todos os verem, gostavam de se mostrar contristados durante o jejum para que as pessoas soubessem que estavam jejuando e, sabendo disto tudo, o Senhor diz que os verdadeiros servos de Deus deveriam ser “sal da terra e luz do mundo”, ou seja, deveriam brilhar em uma terra sedenta de luz e temperar um mundo que já estava sem graça e, além disto, deixa claro que nossas obras devem glorificar o Senhor e não a nós.

Desta forma, precisamos rever alguns conceitos sobre esta tão almejada “honra”.

Deus é todo poderoso e a glória é toda Dele.

1.3 – A lealdade ao Senhor traz recompensas positivas

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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