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12/02/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificaras”. Salmo 50.15
ESTER 4.13-16
13 Então disse Mardoqueu que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
14 Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 Vai, ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia e nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Quanto mais caminhamos rumo ao fim do livro de Ester, mais aprendemos que verdadeiramente eles serviam um Deus poderoso e que nós também temos este privilégio.
As maravilhas vivenciadas pelos judeus começaram a acontecer logo no princípio do propósito de Deus, envolvendo Abrão.
O Senhor o tira; juntamente com Sarai; do meio de sua parentela e os envia para um lugar desconhecido, lhes prometendo prosperidade e uma grande descendência, porém, Sarai não podia ter filhos, mas o mundo antigo foi povoado em grande parte pelos descendentes de Abrão, que se tornaram como areia da praia.
É interessante que além de Sarai, outras mulheres também tiverem seu ventre “aberto”, como Rebeca (Gn 25); Raquel (Gn 30); Ana (1 Sm 1), dentre outras.
Todas estas vivenciaram um poderoso milagre quando engravidaram e geraram uma descendência poderosa.
Alguns pessoas descrentes e com pouco conhecimento da história, afirmam que Sarai não era estéril, mas que só estava com problemas que lhe impediam de ter filhos, porém, a verdade é que já haviam se passado quase noventa anos e nada.
O Senhor é o maior interventor, ou seja, aquele que promove uma intervenção, de toda a história.
Os milagres vivenciados por Isaque, Jacó, José, Moisés, Josué e outras centenas de servos de Deus foram maravilhosos e demonstraram às gerações futuras que o Senhor verdadeiramente era Deus.
Quando o Senhor levantou Ciro da Pérsia para fazer com que os judeus voltassem do cativeiro, demonstrando que tudo aquilo já estava predito, o rei ficou perplexo.
“1. O Senhor ungiu Ciro como rei. Ele o pegou pela mão direita e lhe deu poder para conquistar nações e derrotar reis. 4. Eu o estou chamando para que você ajude o povo de Israel, o meu povo escolhido. E, embora você não me conheça, eu lhe dou um título de honra”. (Is 45.1,4 – NTLH)
“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia ( para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias ), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá”. (Ed 1.1,2 – ARC)
Desta forma, uma parte do povo voltou para Jerusalém e outra parte ficou na Pérsia, onde a história de Mardoqueu e Ester acontece.
Eles conheciam as obras de Deus, bem como o Deus das obras.
Alegria, diferentemente do que muitos pensam é uma emoção é não um sentimento.
De acordo com o dicionário VINE, a palavra alegria; no hebraico; deriva-se da palavra “simhãh” de diz respeito a uma emoção espontânea ou felicidade extrema que é expressa de maneira visível e/ou externa. Não representa um estado permanente de bem-estar ou sentimento. Esta emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de casamento, de colheita, a derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes. É encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo “simhãh” é termo técnico para designar a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11) e é uma representação do sentimento ou conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro uso técnico, este substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante Deus: “Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas [literalmente. “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).
A neurocientista Carla Tieppo discorre sobre este assunto em seu livro “Uma Viagem Pelo Cérebro: A Via Rápida Para Entender Neurociência”, demonstrando que as emoções são comportamentos expressados mediante acontecimentos externos.
O site diferenca.com nos traz um resumo destes conceitos.
“Uma emoção é uma reação a um estímulo ambiental. Neste sentido, podem causar experiências subjetivas e até mesmo alterações neurobiológicas. Elas ocorrem em uma região subcortical do cérebro e podem gerar mudanças no corpo. Ao ser exposto à alguma emoção, o cérebro libera hormônios que alteram o estado emocional da pessoa. Isto quer dizer que podem ocorrer reações físicas, como palpitações, choro, suor e até mesmo dores inexplicáveis. No entanto, diferente dos sentimentos, gerados a partir das emoções, essas reações são automáticas. Ou seja, perante algum acontecimento, cada pessoa passará por uma emoção distinta, que será desenvolvida no cérebro instantaneamente. Por isso, são geralmente relacionadas à comunicação, pois são perceptíveis por outros indivíduos ao redor da pessoa emotiva. Logo, é possível identificar a origem da emoção caso seja analisada no momento, pois são geradas por fatos. Apesar disso, uma pessoa pode ter uma emoção diferente da outra em um caso idêntico. Isto porque também dependem da experiência de vida de cada um, suas crenças e sentimentos, que são bem mais complexos que as emoções”.
O escritor e criador da “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman, nos diz que as pessoas que possuem inteligência emocional conseguem reagir de uma melhor forma às pressões do ambiente, ou seja, ou seja, conseguem lidar melhor com os problemas.
O personagem Hamã do livro de Ester foi um agente que imprimiu uma ação violenta a Mardoqueu, Ester e a todos os judeus; quando resolveu colocar para fora em um plano macabro; todo ódio que tinha dos judeus. Ele foi o ladrão da alegria.
A reação de Ester demonstrou que ela possuía o que hoje conhecemos como “inteligência emocional”, pois soube se comportar diante de uma terrível situação.
Ester teve tal comportamento, pois não colocava sua esperança nas pessoas e sim em seu Deus.
Infelizmente existem pessoas que se desesperam por uma simples unha quebrada e isto acontece mesmo entre os cristãos.
A Bíblia nos mostra no Evangelho segundo João, algumas ações do ladrão.
“Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância”. (Jo 10.8-10 – ARC)
Notem que EM NENHUMA PARTE a Bíblia diz que o ladrão é o diabo, mas isto é ensinado em quase todos os lugares…
Se lermos o contexto, compreenderemos que o ladrão eram aqueles que se apresentaram como o Messias, pois Jesus o era.
A verdade é que podemos conhecer as pessoas pelos frutos que produzem e os frutos são as ações e comportamentos.
Será que somos crentes?
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O livro de Jó nos descreve algo importante a respeito das adversidades, através de uma pergunta.
“Por que o que eu temia me veio, e o que receava me aconteceu”? (Jó 3.25 – ARC)
Apesar do patriarca seu justo, íntegro e temer a Deus, as adversidades o cercaram. Apesar dele orar ao Senhor e fazer sacrifícios contínuos, a desgraça o alcançou.
Toda a proteção que Jó tinha através da bondade do Senhor agora havia se transformado em uma vida de sofrimento e, naquele momento ele não compreendeu isto, pois fez a pergunta para Deus sobre o porquê tudo aquilo lhe havia acontecido.
O teólogo e escritor canadense D.A. Carson nos traz um rico comentário sobre este assunto.
“Jó é uma questão mais ampla. Agora, não só pergunta por que, desde que nasceu, ele tem que continuar a viver, mas também por que as pessoas em geral não pode simplesmente morrer quando eles estão prontos ( 20-23 ). Nos versos finais ( 24-26 ) novamente fala diretamente de si mesmo. O poema termina com a nota que repercutiu em todo o mesmo: Ao contrário do resto do mundo subterrâneo, que é o que você deseja, a vida de Jó tem tranquilidade, quietude e paz, mas apenas desespero. Anteriormente, a cerca de proteção em torno de sua vida a Deus ( cf. 01:10 ) tinha assegurado seu bem-estar; mas agora ele quer morrer, acho que a preservação da vida de Deus apenas como uma extensão de sua miséria; o muro tornou-se uma prisão, em vez de uma muralha defensiva. O temor anterior Jó para futuros desastres explica a sua grande cuidado para garantir que nenhum pecado não é atribuído a sua família ( 1: 5 ; cf. 15 : 20-26 )”.
Todas as pessoas que já viveram e vivem atualmente tem medo do sofrimento, pois quase todas as culturas, filosofias e religiões, ensinam que o sofrimento é causa de algo ruim que fizemos, porém, nos parece que o Senhor deixou o livro de Jó entrar no cânon sagrado para demonstrar a todos os leitores que NINGÚEM está isento do sofrimento e que este é uma maneira de se revelar aos seres humanos, haja vista, muitos estarem com os olhos fechados e os ouvidos tampados.
Tanto Salomão, quanto Jesus deixou claro que o sofrimento acomete o ímpio e o justo, o que sacrifica e o que não sacrifica e que a chuva; sinônimo da provisão de Deus; nasce para todos, da mesma forma.
A questão mais importante não é porque sofremos, mas como reagiremos diante do sofrimento.
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A alegria da salvação no A.T. tem um conceito parecido com aquele expresso no N.T., pois ambos se referem ao Senhor como o responsável pela verdadeira alegria.
Como já aprendemos, a alegria é uma emoção, que reflete algo externo, ou seja, os seres humanos reagem com alegria diante de alguma situação vivenciada e os exemplos descritos no A.T. estão intimamente ligados à presença ou às bênçãos do Senhor.
O livro de Neemias nos mostra a reação do povo que havia voltado do cativeiro após verem que os muros de Jerusalém haviam sido reconstruídos.
“E Neemias (que era o tirsata), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei. Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força”. (Ne 8.9,10 – ARC)
Após reconstruírem os muros os judeus provavelmente se lembraram das histórias que seus pais contavam sobre a grande Jerusalém e de quão gloriosa era a cidade e, provavelmente se entristeceram por terem sido levados cativos para a Babilônia, porém, o responsável por terem chegado até aquele ponto lembrou-lhes que aquele era um momento de se alegrar-se, pois o Senhor os havia libertado e devolvido à sua terra.
Nem sempre a Bíblia associa a alegria a estados de bonança, mas sim à esperança de dias melhores.
Paulo, escrevendo aos romanos deixa isto bem claro.
“…alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12.12 – ARC)
Em outra tradução:
“Fiquem alegres com tudo quanto Deus está planejando para vocês. Sejam pacientes na dificuldade e sempre perseverantes na oração”. (BV)
A exortação de Paulo neste texto está associado ao fato do cristão dever estar alegre ainda que esteja sobre profunda tribulação, pois nossa esperança vem do Senhor e não das circunstâncias, da mesma forma que nossa paz.
Ester demonstrou esta esperança, ainda que a previsão de futuro fosse trágico.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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