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07/01/2021
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Ester 2:15b
15 […] e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam. (ARC)
Ester 2:8,16-17
8 Sucedeu, pois, que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, debaixo da mão de Hegai, também levaram Ester à casa do rei, debaixo da mão de Hegai, guarda das mulheres.
16 Assim, foi levada Ester ao rei Assuero, à casa real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti. (ARC)
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Iniciamos declarando contundentemente que a grande objeção ao Livro de Ester é que o nome de Deus é omitido. Por este fator, segundo o reverendo W. Burrows, os judeus estavam acostumados a lançar este livro para o chão, porque o nome de Deus não estava nele.
Por esta razão também, este livro foi dito para não ser canônico, no entanto, posteriormente, o livro foi considerado inspirado pelos próprios judeus, e posto na mesma prateleira da lei de Moisés.
O reverendo W. Burrows complementa que os judeus afirmavam que assim como o Pentateuco sobreviveria a qualquer destruição, o livro de Ester seria sempre preservado por uma providência especial. Esta última declaração foi a declaração profética de Maimonides (pensador judeu – médico e filósofo). Este é um fato digno de ser cuidadosamente considerado, que, enquanto muitos outros escritos passaram para o esquecimento, esta história de Ester ainda está exercendo sua influência. Ele conclui ao afirmar que as razões, também, o que pode explicar a preservação de outros escritos não será suficiente para dar conta da existência de Ester; por isso não deve ser considerado como uma obra de referência sobre a história, embora ele dê um relato mais fiel dos costumes persas. Ele não grava o avanço da ciência ou filosofia, e em suas páginas não estão impressas as imagens brilhantes de mente do poeta. Podemos concluir que esta pequena história de uma donzela judia cativa mantém seu lugar nos escritos sagrados, porque há um propósito divino em sua preservação.
Este livro é canônico, mostrando a vaidade e instabilidade da glória terrena, dando um exemplo sublime de auto sacrifício, e descrevendo para nossa instrução, uma fé ousada na direção ao verdadeiro, bem como um maravilhoso poder de paciência sob a opressão.
O Todo-Poderoso não tem necessidade de escrever o seu nome, a fim de deixar-nos saber que sua sabedoria e poder foram controlando a marcha dos acontecimentos humanos. O nome de Deus pode estar ausente, mas o seu poder está em toda parte visível. Traços deste poder divino pode ser notado no Livro de Ester. Podemos observar a onisciência divina antecipando a ameaça do mal; a onipotência de Deus frustrar os desígnios de um homem enciumado, derrotando e anulando as tramas do maligno. Podemos ver a providência especial de Deus para levar adiante seus instrumentos escolhidos para lugares altos nos reinos dos homens, como na ocasião em que Ester apareceu.
O nome de Deus não está escrito neste livro, mas isso não significa o seu silêncio, ao contrário, Deus fala muito alto nesta obra através do preparo e cuidado para que Ester galgasse o posto de rainha do grande império mundial da época e através da sua intercessão, poupasse o seu próprio povo e aniquilasse o inimigo feroz.
Os persas formaram uma importante civilização na antiguidade oriental. Apesar da nação ter alcançado o status imperial com Ciro, Dario, Artaxerxes e depois Assuero, sua moral alcançava também status mais altos de nação depravada e mergulhada em devassidão que prevalecia a sensualidade e a licenciosidade. Os costumes eram bastante inferiores aos declarados na lei mosaica.
Suas reuniões eram regadas a bastante bebedeira conforme se pode ler:
Ester 1:7-8,10
7 E dava-se de beber em vasos de ouro, e os vasos eram diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo o estado do rei.
8 E o beber era, por lei, feito sem que ninguém forçasse a outro; porque assim o tinha ordenado o rei expressamente a todos os grandes da sua casa que fizessem conforme a vontade de cada um.
10 E, ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e a Carcas, os sete eunucos que serviam na presença do rei Assuero, (ARC – grifo meu)
A embriagues pode ser observada no próprio rei (Et 1.10), imagine nos súditos! Foi tal embriaguez que o fizera obrigar a rainha Vasti a vir perante os nobres convidados (também embriagados), a fim de mostrar a sua beleza, pelo que se recusou a fazer parte de tão escandalosa petição.
O rei e sábio Salomão registrou vários conselhos que a mãe do rei Lemuel deu aos seu filho e entre eles destacamos:
Provérbios 31:4
4 Não é próprio dos reis, ó Lemuel, não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte. (ARC – grifo meu)
Assuero, rei do império Persa desconhecia tal palavra de sabedoria. Salomão ainda revela que o vinho zomba de quem o ingere e a bebida forte que entorpece domina ao homem que a bebe, fazendo-o errar em seus caminhos e decisões (Pv 20.1).
Paulo expressamente afirma que os bêbados (tal qual Assuero) não herdarão o Reino de Deus (1Co 6.10).
O historiador Tales Pinto aponta que a religião persa mais antiga é conhecida como masdeísmo; caracterizou-se principalmente pela dualidade entre o bem versus o mal, forças representadas pelos dois principais deuses: Ahura-Mazda (ou Ormuz-Mazda) e Arimã (ou Angro Mainyush). Os princípios do masdeísmo foram compilados no Zend-Avesta (ou mesmo Avesta).
A dualidade do masdeísmo colocava Ahura-Mazda como o deus do bem e da luz, sendo seu ritual de adoração conhecido como Ritual do Fogo, em que os sacerdotes entoavam hinos e mantinham acesas as chamas como representação da permanência da força de Ahura-Mazda. Esses rituais não necessitavam de templos para serem realizados.
Por outro lado, Arimã era visto como a divindade do mal e das trevas que deveria ser combatida. Os dois deuses viviam sempre em combate, e a adoração de Ahura-Mazda era o que garantia que o mal não triunfasse. Isso aconteceria caso os indivíduos não dissessem sempre a verdade e não fossem bons para com os outros.
O masdeísmo pregava ainda a existência da vida após a morte, indicando a existência de um paraíso para os justos e em um purgatório e inferno para os pecadores. Os ensinamentos do masdeísmo foram compilados pelo profeta Zoroastro (ou Zaratustra) que viveu por volta de 628 a.C. e 551 a.C. O nome do profeta levou a religião a também ser conhecida como zoroastrismo.
Zoroastro teria constituído o masdeísmo a partir da fusão de seus ensinamentos com as crenças populares das diversas localidades do Império Persa. O Imperador persa seria a representação do deus do bem na Terra, de quem recebera o poder, comandando as pessoas na luta contra o mal. No caso do mais conhecido imperador persa, Dario I, Ahura-Mazda teria dado a ele a sabedoria, o entendimento, o raciocínio, a capacidade de comandante militar e a de distinguir os bons dos maus.
Ester estava inserida neste contexto religioso e sócio cultural, no entanto, como já dito, a semelhança de Daniel, Hananias, Misael e Azarias, não se permitiu contagiar pela moral impura e a idolatria presente em seu tempo.
Concordo com o bispo Abner Ferreira, quando afirma ver uma forte equivalência entre a sociedade dos tempos de Ester e a sociedade atual.
Nossos dias são marcados pela profanação do sagrado, pela libertinagem acentuada da nossa juventude, pela ideologia que massacra os princípios judaicos/cristãos da família tradicional, pela ênfase do pecado e o escracho a obediência a Bíblia, pela inversão dos valores daqueles que chamam o mal de bem e o bem de mal (Is 5.20).
Tal qual Ester brilhou em tempos de densas trevas, devemos alumiar a negritude deste mundo, pois Jesus nos chamou para sermos Luz do Mundo (Mt 5.14).
Há quem questione ou duvide do amor de Deus para conosco. A sombra da mais leve provação, alguns colocam em avaliação o amor divino. Diante de situações complicadas e que exige fé, desconfiam de Deus e suspeitam da veracidade do Seu amor.
Os gestos de amor demonstrados por Deus são incontáveis. Eles são bíblicos e extra bíblicos, no entanto, o que a Escritura diz é suficiente para satisfazer a alma do piedoso servo do Senhor conforme Salmos 36.7; Isaías 49.15; Jeremias 31.3; João 3.1,16; João 15.13; Romanos, 5.8; 2 Coríntios 8.9; 1 João 1.10;
Destacamos os textos de Salmos 36.7:
Salmos 36:7
7 Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas. (NVI)
Outra tradução
7 Sabemos da excelência do teu amor, ó Deus!
Nossa vontade é correr para debaixo das tuas asas, (Biblia A Mensagem)
O salmista destaca uma das mais admiráveis virtudes do caráter de Deus – o amor. Deus possui o amor duradouro e imutável. Este amor deve nos levar a termos uma total e irrestrita confiança no Senhor. Norman Russel Champlin destaca que é por causa desse amor, que os homens com segurança, confiam nEle. Ela se assemelha à confiança de um filhote de pássaro, que se oculta sob as asas de sua mãe.
Ester experimentou tão sublime amor. No livro é este amor quem substitui o nome divino e guia a história narrada para o fim determinado por Deus.
Ester retribui o amor de Deus dispensado a ela, amando também ao Senhor. De que modo? Preservando os ensinamentos apreendidos de Mardoqueu. Da mesma forma que Ester, nós também podemos corresponder ao amor de Deus, guardando os seus mandamentos:
João 14:21
21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. (ARC – grifo meu)
Em dias tão difíceis, urge que alvoracemos a bandeira do conhecimento de Deus que nos manterá fiéis ao Senhor e a Sua Palavra. Muitos estão sendo tragados pelo modus operandi do mundo (Rm 12.2), foram envolvidos pela espessa nuvem dos comportamentos mundanos, assumiram uma vida dúbia, isto é, tem um papel na casa do Senhor, no entanto, o mundo e a suas concupiscências o seduz.
Não há verdadeira espiritualidade na vida daqueles que são moldados pelo sistema mundano (governado por Satanás – 1 Jo 5.19). Se confundem e não mais tem capacidade de discernir o certo do errado, o bem do mal. Desconhecem a advertência joanina que diz:
1 João 2:17
17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (ARC)
O mundo tem aliciado muitos servos de Deus e os cercados de alegria frívola temporária. Imaginamos que Ester, por ter sido rainha do maior império de então, poderia desfrutar inúmeros prazeres que a sua condição lhe proporcionava, antes optou em preservar os valores que recebeu de Mardoqueu e desta forma conservou não somente a sua própria vida como a do seu povo.
O mundo fascina, encanta! Sua vitrine cria um magnetismo naqueles que ainda não estão alicerçados em Cristo. Por não haver fundamento, são facilmente arrancados do solo fértil e plantados em outro estéril, seco, mirrado, morto!
Mesmo nos tempos bíblicos, tal atração já era conhecida e por isso o apóstolo João alertou:
1 João 2:15
15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. (ARC)
1 João 5:19
19 Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno. (ARC)
O Reverendo Hernandes Dias Lopes explica que se a marca do verdadeiro crente é conhecer a Deus, a outra marca é não amar o mundo. Esse é o amor que Deus odeia.
Warren W. Wiersbe ilustra essa verdade de forma bem simples. Um grupo de crianças da primeira série foi conhecer um grande hospital. Depois de falar sobre os cuidados e a higiene no hospital e percorrer os corredores, ao final do tour pelo hospital, a enfermeira perguntou se alguém tinha alguma pergunta. Uma criança levantou a mão e perguntou: “Por que as pessoas que trabalham aqui estão sempre lavando as mãos?” A enfermeira sorriu e respondeu: “As pessoas que trabalham no hospital estão sempre lavando as mãos por duas razões: Primeira, porque elas a amam a saúde; e segunda, porque elas odeiam os micróbios”.
Nos abstemos do mundo porque amamos a Deus e odiamos o pecado porque ele mata!
Outro ponto importante a se destacar é que a Bíblia apresenta três significados diferentes no Novo Testamento para a palavra “mundo”: Hernandes Dias Lopes explica cada um deles:
1) o mundo físico, o universo – “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe” (At 17.24);
2) o mundo humano, a humanidade – “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16);
3) o mundo sistema, inimigo de Deus – “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo…” (1 Jo 2.15).
E desse terceiro tipo de “mundo” que João está falando. Devemos amar o mundo como sinônimo de natureza e o mundo como sinônimo de pessoas; porém, o mundo como sinônimo de sistema, esse não podemos amar. O cristão deve amar a Deus (1 Jo 2.5) e a seu irmão (1 Jo 2.10), mas não deve amar o mundo (1 Jo 2.15).
O que significa este mundo sistema? William Barclay define kosmos, “mundo”, como a sociedade pagã com seus falsos valores, sua falsa maneira de viver e seus falsos deuses.
Hernandes continua… O mundo é o sistema de Satanás que se opõe à obra de Cristo na terra. Esse sistema se opõe a tudo o que é piedoso (1 Jo 2.16). João diz: “O mundo inteiro jaz no Maligno” (1 Jo 5.19). Jesus chamou o diabo de príncipe deste mundo (Jo 12.31). O diabo tem uma organização de espíritos maus trabalhando com ele e influenciando as coisas deste mundo (Ef 2.11,12).
Lloyd John Ogilvie diz que a palavra grega kosmos, “mundo”, tem aqui uma inferência moral profunda. Implica a vida à parte de Deus. O mundo é qualquer pessoa, relacionamento, estrutura social, circunstâncias ou situações que não foram redimidos pela graça de Deus. O mundo é a sociedade independente de Deus, governo sem a linha do prumo de Deus, sistemas econômicos que não têm a soberania de Deus, indústrias e corporações sem interesse pelas pessoas ou pelos propósitos divinos.
Hernandes conclui ao afirmar que as pessoas não salvas pertencem a esse sistema do mundo. Elas são filhas do mundo (Lc 16.8). Este mundo não conheceu a Cristo nem conhece a nós (3.1). Esse sistema odiou a Cristo e odeia a igreja (Jo 15.18). Este sistema do mundo não é o habitat natural do crente. Nossa cidadania está no céu (Fp 3.20). Estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 15.15). Estamos no mundo, mas o mundo não deve estar em nós, assim como a canoa está na água, mas a água não deve estar nela.
Há um processo na mundanização do homem: primeiro, ele se torna amigo do mundo (Tg 4.4). Segundo lugar, ele ama o mundo (2.15). Terceiro, ele se contamina com o mundo (Tg 1.27). Quarto, ele se conforma com o mundo (Rm 12.2). Quinto, ele é condenado com o mundo (1 Co 11.32).
As Escrituras nos ensinam a não amar o mundo (1 Jo 2.15), a não sermos amigos do mundo (Tg 4.4) nem a nos conformarmos com o mundo (Rm 12.2).
Ester tinha sua vida apoiada em Deus, como se fosse um muro de arrimo construído em um precipício (que é o mundo). Em sua volta, o terreno era escorregadio, movediço, instável e incerto, mas onde Mardoqueu fincou as bases da vida de Ester era superfície segura, estável e inabalável (Sl 18.2).
Estar em Cristo gera em nós uma confiança sólida e absoluta!
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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Postado por ebd-comentada
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