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04/02/2021
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
“Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte virá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?” Ester 4.14
ESTER 4.4-7
4 Então vieram as moças de Ester e os seus eunucos e fizeram-lhe saber, do que a rainha muito se doeu; e mandou vestidos para vestir a Mardoqueu, e tirar-lhe o pano de saco, porém ele os não aceitou.
5 Então Ester chamou a Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e para quê.
6 E, saindo Hataque a Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7 Mardoqueu lhe fez saber tudo o quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata, que Hamã dissera que daria para os tesouros do rei, pelos judeus, para os lançar a perder.
Olá irmãos e irmãs, Paz do Senhor.
Existe uma frase que diz que o ser humano é cíclico, ou seja, vive as mesmas experiências diversas vezes.
Se observarmos a história da humanidade descrita na Bíblia, veremos que a frase está correta, pois tanto as coisas boas praticadas por nós, como as ruins, são repetidas de geração a geração.
Após o pecado, o ser humano perdeu a comunhão absoluta que tinha com o Senhor e começou a viver de acordo com suas inclinações e, se observamos com atenção os acontecimentos descritos a partir do capítulo 4; culminando no capítulo 6; confirmaremos tal situação.
Juntamente com a perda da comunhão com o Senhor, os seres humanos receberam uma dor relacionada à separação sofrida no Éden e esta dor permanece na vida de TODOS os seres humanos e só pode ser retirada, no momento em que fizermos as pazes com o Senhor, pois é Ele que traz paz à nossa vida.
O apóstolo Paulo escreveu um texto sublime sobre esta questão em sua carta aos cristãos em Roma.
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”. (Rm 5.1 – ARC)
Além da dor da separação do criador, temos as dores causadas pelo sofrimento, que podem atingir todas as áreas de nossa vida.
No mesmo capítulo citado, Paulo continua com um dos textos mais marcantes de toda a Bíblia no tocante as tribulações.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança, a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC)
Desta forma, sofrermos por causa da separação espiritual e também sofremos as intempéries desta vida, mas não podemos nos esquecer do que Paulo disse acerca das tribulações, mostrando que elas são pedagógicas e que, através delas, nos aproximamos de Deus adquirimos experiências maravilhosas.
Existem pessoas que ensinam sobre a “Teoria da Prosperidade”, chamada por alguns de “Teologia da Prosperidade”, porém, não existe na Bíblia nenhum respaldo que coaduna com tal “ensino”, sendo assim, nos limitaremos a chamá-la de TEORIA.
Teoria é algo que não tem embasamento, ou seja, não tem provas concretas de que funciona ou está certa.
Outro ponto importante, que precisa ser esclarecido é que nem sempre o bem triunfa sobre o mal e isto é claramente observado, pois, em vários casos as doenças vencem a saúde, a pobreza vence a riqueza, os maus governantes vencem a justiça e muitas outras coisas.
Entretanto, como cristãos, devemos crer que nossa vida está nas mãos de Deus, através de Jesus Cristo e que, nada acontece sem que Ele saiba, sendo que, em muitos casos, a ação do mal sobre nós é permitida por Deus para nos ensinar algo.
O próprio Jesus disse que neste mundo teríamos aflições, porém, no mesmo texto Ele diz que devemos ter bom ânimo.
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (Jo 16.33 – ARC)
Estes textos nos mostram claramente que qualquer pessoa, independentemente de serem crentes ou não, estão sujeitas ao sofrimento, corroborando com o que Salomão descobriu em vida.
“Deveras revolvi todas essas coisas no meu coração, para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras estão nas mãos de Deus, e também que o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante a sua face. Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo; que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; que há desvarios no seu coração, na sua vida, e que depois se vão aos mortos”. (Ec 9.1-3 – ARC)
Se tudo sucede igualmente a todos, e não temos garantia de que não sofreremos nesta vida, devemos descansar nos braços do Senhor e crer que Ele é o supremo regente.
A história vivenciada por Mardoqueu e Ester e todos os judeus que viviam nas terras do império persa nos mostra exatamente isto, mas deixa claro que quando clamamos ao Senhor, independentemente do problema, Ele nos ouve e peleja por nós, sendo que ele pode resolver nosso problema de uma forma miraculosa, pode enviar alguém para nos ajudar ou pode nos dar estratégias para que possamos resolvê-los.
Será que esta situação não foi uma permissão de Deus para que Ester, Mardoqueu e todos os judeus se aproximassem mais Dele?
O Dicionário Priberam da língua portuguesa conceitua a palavra equilíbrio das seguintes formas:
De uma forma simples, equilíbrio é manter-se “em pé” diante de uma força contrária.
Em nosso estudo, o equilíbrio é necessário para que não desfaleçamos diante das tribulações, mantendo o nosso nível de fé saudável, crendo que o Senhor tem o melhor para nós, independentemente do melhor não ser o que queremos.
A fé é algo que precisa ser exercitada, haja vista, de uma forma figurada, estarmos andando no cordão bambo desta vida.
A Bíblia nos explica de uma forma muito didática sobre o exercício da fé que Abraão fez quando o Senhor pediu seu filho em oferta.
“E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi”. (Gn 22.1,2 – ARC)
A expressão depois destas coisas nos mostra que após Abrão viver um bom período na presença de Isaque; o filho da promessa; o Senhor ordena que ele lhe entregue seu filho amado em sacrifício.
Pelo tempo decorrido, Isaque tinha aproximadamente 36 anos, pois, Sarah deu luz a ele aos 91 anos e morreu aos 127 anos.
Imagine a situação de Abraão, considerado o “pai da fé”, ao ouvir a voz do Senhor pedindo algo inimaginável.
Não sabemos se ele questionou a Deus, se ficou irritado ou se tentou barganhar com Ele, mas sabemos que ele obedeceu.
Existem pessoas que gostam de romancear os textos bíblicos, porém, a Bíblia não nos conta o que aconteceu, mas mostra que Abraão saiu de onde estava com seu filho e servos.
“Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera”. (Gn 22.3 – ARC)
Com toda certeza Abraão sacrificaria seu filho, pois, aprendera a confiar no Senhor, nas diversas experiências de tribulação que vivenciou e a carta aos hebreus nos mostra exatamente isto.
“Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar”. (Hb 11.17,18 – ARC)
Abraão acreditava que se ele realmente matasse seu filho, o Senhor teria que ressuscitá-lo, pois havia dito que a semente de Isaque lhe daria frutos e isto não seria possível se ele morresse.
Abraão tinha certeza que a voz era do Senhor e que a ordem fora Dele, porém, existem pessoas que tomam decisões erradas, pois afirmam que ouviram a voz de Deus ou que o Senhor lhe dera certa direção.
Precisamos agir com equilíbrio emocional para não cometermos loucuras em nome de Deus.
A história nos mostra que pessoas tidas como “espirituais” se comportaram como loucos, vendendo propriedades, pedindo dinheiro emprestado a bancos e até cometendo suicídio, em nome de uma suposta revelação de Deus.
Em 1843, o fazendeiro William Miller, depois de anos de estudo, concluiu que a destruição do mundo estava prevista na Bíblia e acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Ele arrematou vários seguidores, que decidiram que a data seria no dia 22 de outubro de 1844. Como o mundo não acabou, e vários seguidores se desfizeram de seus bens, surgiu o movimento que ficou conhecido como Grande Desapontamento, e alguns de seus ex-seguidores fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
A virada do milênio foi considerada para alguns como o dia do fim do mundo, pois, alguns acreditavam que seria o marco do juízo final, e a tecnologia teria relação com isso. Na década de 7, imaginava-se que os computadores poderiam entrar em colapso por não saber identificar a diferença entre as datas 1900 e 2000. Este erro de cálculo levaria ao caos e desencadearam teorias como apagões e holocaustos nucleares. A previsão ficou conhecida como bug do milênio.
Tal situação demonstra falta de equilíbrio e confusão mental.
Muitos dos judeus que habitavam na Pérsia; quando ouviram a notícia de que seriam mortos no dia especificado; entraram em colapso emocional e se comportaram como pessoas que não conheciam o poder de Deus.
A Bíblia nos mostra que muitos se deitaram no chão com cinzas, como se estivessem se entregando a Deus, porém, aqueles que tinham fé, buscaram ao Senhor até que ouviram a notícia de que poderiam se defender naquele dia nefasto.
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A Bíblia nos mostra que os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez, na cidade de Antioquia (At 11.26) e isto aconteceu porque tais discípulos se pareciam com Cristo no tocante ao comportamento.
Da mesma forma, todos os cristãos devem ser conhecidos por se comportarem como Cristo, que foi um homem cheio de fé e confiança no Pai.
“Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir”. (Jo 11.41-44 – ARC)
O Senhor Jesus orou ao Pai naquele momento para mostrar às pessoas que sua oração era respondida por Deus e, posteriormente ensinaria aos discípulos que eles deveriam pedir ao Pai o que desejassem em Seu nome.
O Senhor tem poder para nos ouvir sempre que orarmos de acordo com Seus planos.
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito”. (Jo 15.7 – ARC)
Notemos que existem regras para que nossa oração seja ouvida (estar em Jesus e ter as palavras Dele entronizadas em nossa vida).
Muitas orações não são respondidas pelo simples fato de não vivermos na dependência de Deus, mas sim, desejarmos realizar os nossos próprios desejos.
“Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”. (Tg 4.2,3 – ARC)
O teólogo alemão Fritz Grünzweig nos traz uma explicação muito interessante sobre este texto.
“O mau espírito do egoísmo, o espírito de baixo, deturpa até mesmo a oração (quando ainda existe), de modo que ela pode tornar-se vã: “Pedis e não recebeis, porque pedis com má intenção, para (o) consumirdes em vossos prazeres”. O ser humano, também aquele que é aparentemente cristão, encontra-se em uma posição de “ouriço”, de “defesa para todos os lados”. No fundo não se interessa pessoalmente por Deus e pelo que agrada a ele. Quando ora a Deus, espera que ele seja mero fornecedor dos meios com que possa se afirmar e reforçar sua posição. Deus somente deve prover os auxílios para a felicidade, o conforto, o prazer e a edificação do pedestal da auto exaltação dessa pessoa. Alguém pode até mesmo pedir pelos dons do Espírito, em grego charismata – pelos mais notáveis – com a intenção de se sobressair com eles, de exibi-los como distintivo de sua devoção singular. Também a intenção de celebrar vitórias nesse campo significaria “consumir em seus prazeres” o que foi pedido. – Contudo, Deus não aceita esse papel de fornecedor. Em vão se aguarda o atendimento de tais pedidos. Por esse motivo uma oração altamente efusiva não obtém resposta. Por isso, eventualmente uma pessoa torna-se receptiva para “dons” enganosos, os pseudo-charismata, “moeda falsa”, que procede de outra “casa da moeda”, de outro remetente”.
Era necessário que Ester e Mardoqueu confiassem no Senhor sem reservas e dependesse Dele para que não morressem.
É interessante que a única saída que tinham era esta e, muitas das vezes o Senhor permite que tais tipos de tribulação chegue até nós, para aprendermos a depender somente Dele.
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Paulo escreve aos Romanos mostrando que TODAS as coisas acontecem para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), desta forma, precisamos reforçar o fato de que devemos agir com a segurança de uma criança que não sabendo o que a espera na rua, segura na mão de seu pai, crendo que nada ruim lhe acontecerá.
Assim devemos agir, entregando TUDO nas mãos do Senhor.
A vida dos cegos é interessante neste ponto, pois, eles não enxergam o que está à sua frente, mas independentemente disto, saem de suas casas.
De certa forma, devemos agir como cegos, segurando nas mãos do Senhor e deixando que Ele nos guie pela trajetória da vida.
Existem informações cruciais para a sobrevivência de um cego no tocante ao uso da bengala.
O site da LANAMARA, Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual nos fornece algumas informações interessantes.
“A bengala longa funciona como uma extensão do corpo da pessoa com deficiência visual. Se bem usada, dará informações sobre as variações no relevo do terreno como buracos, aclives, declives e escadas; antecipará obstáculos que estão abaixo da linha da cintura como móveis e alguns mobiliários urbanos e sensibilizará as pessoas a ajudarem com informações do ambiente, na travessia de ruas, na identificação de um ônibus e por aí vai”.
Em determinadas situações, não conseguimos enxergar um milímetro à nossa frente e devemos confiar nossa vida nas mãos daquele que tudo vê.
Os aviões e os navios dependem de radares para navegarem, pois, em grande parte das vezes, os pilotos não enxergam nada à frente.
A bússola, para as pessoas que se embrenham pelas matas e montanhas, é um item de sobrevivência extrema, pois sem ela, estas pessoas estariam completamente perdidos.
Mardoqueu e Ester não sabiam como poderiam resolver aquela situação lastimável, mas decidiram buscar ao Senhor em oração e Jejum, para que ele fosse a bússola, o radar e a “bengala”, na condução de suas atitudes.
Assim é o Senhor em nossa vida.
Evangelista Leonardo Novais de Oliveira
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