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Betel Adultos – 1 Trimestre 2021 – 03-1-2021 – Lição 1 – O papel influenciador dos pais

30/12/2020

Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Ester 2:10
10 Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela; porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse. (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ester 2:5-7,20
5 Havia, então, um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita,
6 que fora transportado de Jerusalém com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, ao qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilônia.
7 Este criara a Hadassa (que é Ester, filha do seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era moça bela de aparência e formosa à vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha.
20 Ester, porém, não declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara. (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ressaltar que devemos vivenciar o querer de Deus; 
  • Falar sobre a importância da responsabilidade paterna; 
  • Apresentar o perfil da família de Deus.

NOTA

Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.

Findamos o ano de 2020 com experiências jamais imaginadas e o ano e 2021 que se inicia tem sido caracterizado para muitos, como uma incógnita. Porém, para os servos do Senhor há um certeza – Nosso Deus está conosco, seja no vale ou na montanha, no deserto ou no campo; as circunstâncias nunca foram impeditivas para a Sua presença e cuidado ao Seu Povo.

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INTRODUÇÃO

Vivemos tempos desafiadores. Pandemia, desempregos, moeda perdendo o seu valor de compra, crises de relacionamentos, reinvenção das relações sociais, inclusive famílias se desorganizando. O medo e a insegurança rondam corações fragilizados pelas tão grandes transformações que experimentamos.

Diante desta realidade, o livro de Ester se apresenta com uma mensagem atualizadíssima que nos servirá de bússola pedagógica que aponta o caminho de como os pais, no temor e na confiança do Senhor poderão educar os seus filhos para serem vencedores em um mundo caótico e minado pelas filosofias humanistas e um estilo de vida depravado, cujos valores éticos e morais estão distantes do que a Palavra de Deus nos orienta.

Neste momento, aprenderemos como os pais têm participação e responsabilidade ativa no processo de formação do caráter e do conhecimento que seus filhos terão de Deus.

1 – VIVENCIANDO O QUERER DE DEUS

A história de Ester é dramática. Basta um olhar atento para as páginas iniciais do livro que leva o seu nome para percebemos as dificuldades impostas pela vida.

Apesar do livro iniciar a sua narrativa contando a história de uma festa patrocinada pelo rei Assuero e o desentendimento entre ele e a sua esposa Vasti, que culminou em “vagar” o trono que posteriormente seria assumido por Ester, o capítulo seguinte do livro relata os detalhes da origem de Ester.

Ela viveu em tempos de extrema crise; seu povo havia sido levado cativos por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Leiamos:

Ester 2:5-6
5 Havia, então, um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem benjamita,
6 que fora transportado de Jerusalém com os cativos que foram levados com Jeconias, rei de Judá, ao qual transportara Nabucodonosor, rei de Babilônia. (ARC)

Quis, um dos seus antepassados de Mardoqueu (tio de Ester), foi levado de Jerusalém para a Babilônia na segunda deportação, em 597 a.C. (2 Rs 24). Ciro, o rei da Pérsia, invadiu a Babilônia em 539 a.C.

Daí, os estudiosos concluem que Ester foi mulher nascida em cativeiro e em algum momento da sua tenra idade, perdera os seus pais, se tornando órfã. Mardoqueu, seu primo, tornou-se também o seu “pai”, já que a tomou por filha e passou a educá-la (Et 2.7).

Mardoqueu transferiu para Ester o seu patriotismo judeu e ofereceu a ela uma instrução polida com a cera do judaísmo. Os princípios basilares da religião teocêntrica e monoteísta dos judeus estavam bem impregnados no coração e mente de Ester e mesmo na ausência dos verdadeiros pais, ela recebeu educação privilegiada de um primo que decidiu cria-la nos caminhos do Senhor.

Mardoqueu era homem perspicaz e conhecia ao Senhor, pois repassou a sua prima-filha aquilo que aprendera de seus pais. Ele sabia que o Senhor é Deus soberano e que mesmo em cativeiro, o seu povo seria visitado pelo Senhor.

Mardoqueu, o benjamita (Et 2.5), se preocupou em transferir a Ester aquilo que é principal para um filho. Ele transmitiu o valor da fé e da confiança em Deus. Os seus ensinamentos produziriam frutos preciosos no futuro e Ester os colheria a seu tempo.

1.1 – Ensina a criança no caminho que deve andar

Provérbios 22:6
6 Ensina a criança no caminho em que deve andar,
e, ainda quando for velho, não se desviará dele. (Almeida Revista e Atualizada)

Para o reverendo Hernandes Dias Lopes, os pais são os pedagogos dos filhos. Competem a eles o ensino e a formação do caráter dos filhos. Mas como esse processo se desenvolve?

PrimeiroOs pais não devem ensinar o caminho em que os filhos querem andar, uma vez que a estultícia está ligada ao coração da criança.

SegundoOs pais não devem ensinar o caminho em que os filhos devem andar. Isso é inadequado porque significa apenas apontar uma direção para os filhos, sem um envolvimento verdadeiro nessa caminhada. É o mesmo que impor um padrão de comportamento para os filhos, mas viver de forma contrária ao que se ensina.

Terceiro – Os pais devem ensinar no caminho em que os filhos devem andar. Ensinar no” caminho significa caminhar junto dos filhos, ser exemplo para eles, servir-lhes de modelo e paradigma.

Albert Schweitzer disse que o exemplo não é apenas uma forma de ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo.

O reverendo Hernandes conclui ao declarar que a atitude dos pais fala mais alto do que suas palavras. A vida dos pais é a vida do seu ensino. Os filhos não podem escutar a voz dos pais se a vida deles reprova aquilo que eles ensinam. O ensino estribado no exemplo tem efeitos permanentes. Até o fim da vida, o filho não se desviará desse caminho aprendido com pais.

O Bispo Abner Ferreira afirma que a psicologia contemporânea declara que a criança, já nos primeiros dias de vida começa a delinear os traços que irão dar o contorno do seu caráter por toda a vida!

Segundo o instituto MRV, dados recolhidos nos últimos 100 anos de pesquisas mostram que a primeira infância é período decisivo na formação da personalidade, caráter e modo de agir do adolescente e do adulto. Os primeiros seis anos são fundamentais para a constituição da mente futura. Acontecimentos precoces de natureza física, emocional, social e cultural permanecem inscritos por toda vida nas conexões sinápticas (processamento e transmissão de informações dos neurônios). Essas evidências foram confirmadas em achados recentes da Neurociência. 

Segundo dados de Rockey, Ron e Nancy, Chosen (Nampa, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 2001), só nos primeiros doze meses de vida, o ser humano aprende metade, ou seja, 50%, de tudo que irá absorver em toda a sua vida. No período seguinte, o segundo ano, ele obtém mais 25% de todo conhecimento que guardará ao longo dos anos. Ou seja, nos dois primeiros anos de vida, o ser humano aprende 75% de tudo que um dia virá a aprender.

Assim, pode-se dizer que o maior peso dos atributos do agir e pensar de uma pessoa encontra-se no desenvolvimento da criança. Durante essas fases do desenvolvimento infantil, consolida-se atitudes como o modo de sentar e até mesmo a maneira que a pessoa segue a sua linha de raciocínio para tomar decisões em sua vida, por exemplo.

Deste modo, ao terceiro ano de vida, grande parte do caráter já está formado e aos sete anos está concluído.

Karina Carnassale Deana afirma que nessa fase inicial do desenvolvimento grande parte do caráter e hábitos são formados, que, por sua vez, formarão o caráter do futuro adulto. Tais hábitos são aprendidos através do que alguns educadores costumam chamar de princípio: “macaco vê, macaco faz”.

Aquilo que a psicologia começou a entender recentemente, já era de conhecimento do povo judeu, cujas leis orientavam os pais a educarem os seus filhos impregnando neles, o conhecimento do Senhor e da sua vontade através de técnicas como por exemplo, entoar cânticos que enalteciam ao Criador e a Sua lei. Moisés, inspirado por Deus escreveu:

Deuteronômio 6:6-8
6 E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração;
7 e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te.
8 Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. (ARC)

Sobre o texto acima, Matthew Henry destaca:

1 – A educação religiosa das crianças. Repitam-lhes com frequência estas coisas. Sejam cuidadosos e exatos no ensino de seus filhos. Ensinem estas verdades a todos os que estejam sob seu cuidado em alguma forma. 

2 – Fala piedosa. Falem destas coisas com a devida reverência e seriedade para benefício não só de seus filhos, senão de seus servos, amigos e companheiros. Usem toda ocasião para discorrer com os que os rodeiam, não de assuntos duvidosos e discutíveis, senão das claras verdades e leis de Deus, e das coisas que correspondem a nossa paz. 

3 – Leitura frequente da Palavra. Deus mandou a seu povo que escrevesse as palavras da lei em suas paredes, e nos rolos de pergaminho que deviam levar pendurados em seus pulsos. Isto era obrigatório ao pé da letra para os judeus, como é o plano para nós, a saber, que por todos os meios devemos familiarizar-nos com a palavra de Deus para usá-la em todas as ocasiões, para prevenir o pecado e para conduzir-nos no dever. Nunca devemos envergonharmos da nossa fé, nem de reconhecer-nos sob seu controle e governo.

Parece-nos que tais cuidados foram observados por Mardoqueu na educação que concedeu a Ester. A Palavra do Senhor lhe valeu independentemente da situação, pois mesmo em tempos de crises e apuros, a fé em Deus prevaleceu!

Repousa sobre os pais a grave, difícil e importante responsabilidade de educar os seus filhos nos padrões estabelecidos pela Palavra de Deus. Não podemos descuidar ou demonstrar desinteresse de tal obrigação. Agir despreocupadamente quanto a este tema é incorrer em desobediência contra o Senhor (Dt 6.4.8) e entregar os filhos para que o mundo os eduque.

1.2 – Família em primeiro lugar

Há muitos anos aprendi com o pastor Isaias Negrão (AD Madureira de Minaçu-GO) que a mordomia cristã consistia em primeiro lugar: Deus, depois nós mesmo, após a família, trabalho, ministério e outros.

No decorrer do tempo, presenciei muitos servos de Deus piedosos perderem bons empregos ou o pior, a própria família por inverterem a ordem das prioridades. Normalmente colocam o ministério acima da família e até de Deus!

Merrill C. Tenney declara que a família foi a primeira estrutura social que Deus criou. Ele formou a primeira família juntando Adão e Eva como marido e esposa (Gn 2.18-24). O homem e a mulher tornaram-se o núcleo de uma unidade familiar.

Todo casal judeu unia-se com a ideia de ter filhos. O pai judeu assumia a liderança espiritual da família; ele funcionava como seu sacerdote (Gn 12.8; Jó 1.5). Esperava-se que ele conduzisse a família na observância dos vários ritos religiosos, tais como a Páscoa (Êx 12.3).

A tradição judaica, segundo Willian L. Coleman, valorizava muito a família. Os pais aguardavam com muita expectativa, alegria e esperança o nascimento dos filhos.

Era comum, pessoas de uma mesma família trabalharem em conjunto, celebrar a adoração a Deus em grupo, e, se as circunstâncias favorecessem, ficar conversando e rindo pela noite adentro.

Era costume os homens, como foi o caso de Zebedeu, integrarem os filhos em seu ramo de atividade (Mc 1.19-20). As mulheres, por seu lado, passavam muitas horas nos serviços caseiros, cozinhando, costurando, fazendo a limpeza, tendo sempre ao lado as filhas, por quem tinham um amor especial, a fim de ensinar-lhes as tarefas domésticas.

Juntamente com a esposa, o pai devia ensinar “a criança no caminho em que deve andar… (Pv 22.6). O pai tinha, também, de transmitir aos filhos toda a lei escrita. Ele era admoestado nos termos já vistos: “tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas” (Dt 6.7-9).

Em geral, os pais gozavam de um relacionamento muito chegado com os filhos, com boas condições de transmitir-lhes sua maneira de viver e sua fé vibrante no Criador.

Existe um ditado que diz: “pais são quem cria”. Obviamente que há pais biológicos que não demonstram qualquer tipo de afeto por seus filhos e assim os abandonam emocionalmente. A vida (mundo) se torna o seu principal tutor. No caso de Ester, judia em país estrangeiro, escrava e depois órfã. Tinha todos os ingredientes para que a sua vida desse errado, no entanto, Mardoqueu assume o papel de pai e lhe acolhe como filha, oferecendo amor, apoio, consolo, cuidado, sacrifício e instrução de maneira que a falta dos verdadeiros pais fora minimizada pela atuação de Mardoqueu que pôde glorificar a Deus posteriormente pelas atitudes de Ester.

Mesmo com tantos problemas que possam afligir nossa família, ela é um bem preciosíssimo pelo qual devemos lutar e zelar. Nossos filhos são herança do Senhor, portanto algo de inestimável valor. Dedique-se a eles, empregue parte do seu tempo em desenvolver um relacionamento de cumplicidade com eles. Fortaleça a confiança entre vocês e principalmente, viva e ensine a Palavra do Senhor junto a eles.

1.3 – Faça a diferença onde você estiver

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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